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Êxodo

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Êxodo

 Capítulo 1

1. Eis os nomes dos filhos de Israel que vieram para o Egito com Jacó, cada um com sua família:
2. Rubem, Simeão, Levi, Judá,
3. Issacar, Zabulon, Benjamim,
4. Dã, Neftali, Gad e Aser.
5. Todas as pessoas saídas de Jacó eram em número de setenta. José estava já no Egito.
6. E, morto José, assim como todos os seus irmãos e toda aquela geração,
7. os israelitas foram fecundos e multiplicaram-se; tornaram-se tão numerosos e tão fortes, que a terra ficou cheia deles.
8. Entretanto, subiu ao trono do Egito um novo rei, que não tinha conhecido José.
9. Ele disse ao seu povo: Vede: os israelitas tornaram-se numerosos e fortes demais para nós.
10. Vamos! É preciso tomar precaução contra eles e impedir que se multipliquem, para não acontecer que, sobrevindo uma guerra, se unam com os nossos inimigos e combatam contra nós, e se retirem do país.
11. Estabeleceu, pois, sobre eles, feitores para acabrunhá-los com trabalhos penosos: eles construíram para o faraó as cidades de Pitom e Ramsés, que deviam servir de entreposto.
12. Quanto mais os acabrunhavam, porém, tanto mais eles se multiplicavam e se espalhavam, a ponto de os egípcios os aborrecerem.
13. Impunham-lhes a mais dura servidão,
14. e amarguravam-lhes a vida com duros trabalhos na argamassa e na fabricação de tijolos, bem como com toda sorte de trabalhos nos campos e todas as tarefas que se lhes impunham tiranicamente.
15. O rei do Egito dirigiu-se, igualmente, às parteiras dos hebreus uma se chamava Séfora e a outra, Fua),
16. e disse-lhes: Quando assistirdes às mulheres dos hebreus, e as virdes sobre o leito, se for um filho, atá-lo-eis; mas se for uma filha, deixá-la-eis viver.
17. Mas as parteiras temiam a Deus, e não executaram as ordens do rei do Egito, deixando viver os meninos.
18. O rei mandou-as chamar então e disse-lhes: Por que agistes assim, e deixastes viver os meninos?
19. Porque, responderam elas ao faraó, as mulheres dos hebreus não são como as dos egípcios: elas são vigorosas, e já dão à luz antes que chegue a parteira.
20. Deus beneficiou as parteiras: o povo continuou a multiplicar-se e a espalhar-se.
21. Porque elas haviam temido a Deus, ele fez prosperar suas famílias.
22. Então o faraó deu esta ordem a todo o seu povo: Todo menino que nascer, atirá-lo-eis ao Nilo. Deixareis, porém, viver todas as meninas.

 
Capítulo 2

1. Um homem da casa de Levi tinha tomado por mulher uma filha de Levi,
2. que ficou em breve grávida, e deu à luz um filho. Vendo que era formoso, escondeu-o durante três meses.
3. Mas, não podendo guardá-lo oculto por mais tempo, tomou uma cesta de junco, untou-a de betume e pez, colocou dentro o menino e depô-la à beira do rio, no meio dos caniços.
4. A irmã do menino colocara-se a alguma distância para ver o que lhe havia de acontecer.
5. Ora, a filha do faraó desceu ao rio para se banhar, enquanto suas criadas passeavam à beira do rio. Ela viu a cesta no meio dos juncos e mandou uma de suas criadas buscá-la.
6. Abriu-a e viu dentro o menino que chorava. E compadeceu-se: “É um filho dos hebreus”, disse ela.
7. Veio então a irmã do menino e disse à filha do faraó: “Queres que vá procurar entre as mulheres dos hebreus uma ama de leite para amamentar o menino?”
8. “Sim”, disse a filha do faraó. E a moça correu a buscar a mãe do menino.
9. “Toma este menino, disse-lhe a filha do faraó, amamenta-o; dar-te-ei o teu salário”. A mulher tomou o menino e o amamentou.
10. Quando o menino cresceu, ela o conduziu à filha do faraó, que o adotou como seu filho e deu-lhe o nome de Moisés, “porque, disse ela, eu o salvei das águas”.
11. Moisés cresceu. Um dia em que saíra por acaso para ir ter com os seus irmãos, foi testemunha de seus duros trabalhos, e viu um egípcio ferindo um hebreu dentre seus irmãos.
12. Moisés, voltando-se para um e outro lado e vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio e ocultou-o na areia.
13. Saindo de novo no dia seguinte, viu dois hebreus que estavam brigando. E disse ao culpado: “Por que feres o teu companheiro?”
14. Mas o homem respondeu-lhe: “Quem te constituiu chefe e juiz sobre nós? Queres, por ventura, matar-me como mataste o egípcio?” Moisés teve medo e pensou: “Certamente a coisa já é conhecida.”
15. O faraó, sabendo do ocorrido, procurou matar Moisés, mas este fugiu para longe do faraó. Retirou-se para a terra de Madiã, e sentou-se junto de um poço.
16. Ora, as sete filhas do sacerdote de Madiã vieram tirar água do poço e encher as gamelas para dar de beber às ovelhas de seu pai.
17. Sobrevindo então alguns pastores, as expulsavam. Moisés, porém, tomou sua defesa e deu de beber ao seu rebanho.
18. E, voltando elas para junto de Raguel, seu pai, este disse-lhes: “Por que voltais hoje tão cedo?”
19. Elas responderam: “Um egípcio nos protegeu contra alguns pastores e, além disso, tirou água ele mesmo e deu de beber aos animais”.
20. “Onde está ele? perguntou às suas filhas. Porque o deixastes partir? Chamai-o para que coma alguma coisa”.
21. Moisés aceitou ficar em casa desse homem, o qual lhe deu por mulher sua filha Séfora.
22. Ela teve um filho, que Moisés chamou de Gérson, “porque, disse ele, sou apenas um hóspede em terra estrangeira”.
23. Muito tempo depois morreu o rei do Egito. Os israelitas, que gemiam ainda sob o peso da servidão, clamaram, e, do fundo de sua escravidão, subiu o seu clamor até Deus.
24. Deus ouviu seus gemidos e lembrou-se de sua aliança com Abraão, Isaac e Jacó.
25. Olhou para os israelitas e reconheceu-os.

 
Capítulo 3

1. Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Um dia em que conduzira o rebanho para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb.
2. O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia.
3. “Vou me aproximar, disse ele consigo, para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber porque a sarça não se consome.”
4. Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver, chamou-o do meio da sarça: “Moisés, Moisés!” “Eis-me aqui!” respondeu ele.
5. E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa.
6. Eu sou, ajuntou ele, o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus.
7. O Senhor disse: “Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos.
8. E desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir do Egito para uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel, lá onde habitam os cananeus, os hiteus, os amorreus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus.
9. Agora, eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios.
10. Vai, eu te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo”.
11. Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir ter com o faraó e tirar do Egito os israelitas?”
12. “Eu estarei contigo, respondeu Deus; e eis aqui um sinal de que sou eu que te envio: quando tiveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus sobre esta montanha”.
13. Moisés disse a Deus: “Quando eu for para junto dos israelitas e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?”
14. Deus respondeu a Moisés: “EU SOU AQUELE QUE SOU”. E ajuntou: “Eis como responderás aos israelitas: (Aquele que se chama) EU SOU envia-me junto de vós.”
15. Deus disse ainda a Moisés: “Assim falarás aos israelitas: É JAVÉ, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, quem me envia junto de vós. Este é o meu nome para sempre, e é assim que me chamarão de geração em geração”.
16. “Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: o Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó apareceu-me. E disse-me: eu vos visitei, e vi o que se vos faz no Egito,
17. e disse: tirar-vos-ei do Egito onde sois oprimidos, para fazer-vos subir para a terra dos cananeus, dos hiteus, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, terra que mana leite e mel.
18. Eles ouvirão a tua voz. Irás então com os anciãos de Israel à presença do rei do Egito e lhe direis: o Senhor, o Deus dos hebreus, nos apareceu. Deixa-nos, pois, ir para o deserto, a três dias de caminho, para oferecer sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.
19. Eu sei que o rei do Egito não vos deixará partir, se ele não for obrigado pela força.
20. Mas estenderei a mão e ferirei o Egito com toda sorte de prodígios que farei no meio deles. Depois disso, o faraó vos deixará partir.
21. Farei com que esse povo ganhe as boas graças dos egípcios, e, quando partirdes, não ireis com as mãos vazias:
22. cada mulher pedirá à sua vizinha e àquela que mora em sua casa objetos de prata e de ouro, e vestidos que poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas. Assim despojareis os egípcios.”

 
Capítulo 4

1. Moisés respondeu: “Eles não me crerão, nem me ouvirão, e vão dizer que o Senhor não me apareceu”.
2. O Senhor disse-lhe: “O que tens na mão?” “Uma vara.”
3. “Joga-a por terra”. Ele jogou-a por terra; e a vara transformou-se numa serpente, de modo que Moisés recuou.
4. O Senhor disse-lhe: “Estende tua mão e toma-a pela cauda – ele estendeu a mão e tomou-a, e a serpente tornou-se de novo uma vara em sua mão–;
5. é para que creiam que o Senhor, o Deus de seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, realmente te apareceu”.
6. O Senhor continuou: “Mete a tua mão no teu seio”. Ele meteu a mão em seu seio e, quando a retirou, sua mão estava leprosa, tão branca como a neve.
7. O Senhor disse-lhe: “Mete de novo a mão em teu seio”. Ele meteu de novo a mão em seu seio e, retirando-a, eis que ela se tornara como o restante de sua carne.
8. “Se não te crerem, nem obedecerem à voz do primeiro prodígio, crerão à voz do segundo.
9. Se ainda permanecerem incrédulos diante desses dois prodígios, nem te ouvirem, tomarás da água do Nilo e derramá-la-ás por terra; a água tirada do rio tornar-se-á sangue sobre a terra”.
10. Moisés disse ao Senhor: “Ah, Senhor! Eu não tenho o dom da palavra; nunca o tive, nem mesmo depois que falastes ao vosso servo; tenho a boca e a língua pesadas”.
11. O Senhor disse-lhe: “Quem deu uma boca ao homem? Quem o faz mudo ou surdo, o faz ver ou cego? Não sou eu o Senhor?
12. Vai, pois, eu estarei contigo quando falares, e ensinar-te-ei o que terás de dizer.”
13. “Ah, Senhor! disse Moisés, mandai quem quiserdes!”
14. Então o Senhor irritou-se contra Moisés: “Não tens Aarão, disse ele, teu irmão, o levita? Eu sei que ele fala bem. Ei-lo justamente que vem ao teu encontro e, vendo-te, alegrar-se-á o seu coração.
15. Tu lhe falarás, pôr-lhe-ás as palavras na boca. E, quando falardes, eu estarei contigo e com ele, e vos ensinarei o que tereis a fazer.
16. É ele quem falará ao povo em teu lugar: ele te servirá de boca e tu lhe servirás de Deus.
17. Toma em tua mão esta vara, com a qual operarás prodígios”.
18. Moisés partiu. De volta para junto de Jetro, seu sogro, disse-lhe: “Rogo-te que me deixes partir, e voltar para junto de meus irmãos no Egito; vou ver se ainda vivem.” Jetro disse a Moisés: “Vai em paz”. Volta de Moisés ao Egito
19. O Senhor disse a Moisés em Madiã: “Vai, volta ao Egito, porque todos aqueles que atentavam contra a tua vida estão mortos”.
20. Moisés tomou consigo sua mulher e seus filhos, fê-los montar em jumentos e voltou para o Egito. Levava na mão a vara de Deus.
21. O Senhor disse a Moisés: “Agora que voltas ao Egito, cuida para que todos os prodígios, que te concedi o poder de operar, tu os faças na presença do faraó. Mas endurecerei o seu coração e ele não deixará partir o povo.
22. Tu lhe dirás: assim fala o Senhor: Israel é meu filho primogênito.
23. Eu te digo: deixa ir o meu filho, para que ele me preste um culto. Se te recusas a deixá-lo partir, farei perecer teu filho primogênito”.
24. Estando Moisés a caminho, numa estalagem, atacou o Senhor Moisés procurando matá-lo.
25. Séfora tomou então uma pedra afiada, cortou o prepúcio de seu filho e atirou-o aos pés de Moisés, dizendo: “Tu me és um esposo de sangue!”
26. Assim o Senhor o deixou. Séfora havia dito: “esposo de sangue”, por causa da circuncisão.
27. O Senhor disse a Aarão: “Vai ao encontro de Moisés no deserto.” Aarão foi e, encontrando seu irmão na montanha de Deus, beijou-o.
28. Moisés contou-lhe tudo o que lhe tinha dito o Senhor ao enviá-lo, e todos os prodígios que lhe tinha ordenado fazer.
29. Moisés e Aarão continuaram seu caminho e reuniram todos os anciãos de Israel.
30. Aarão repetiu todas as palavras que o Senhor tinha dito a Moisés, e este fez os prodígios em presença do povo.
31. O povo acreditou. E, tendo ouvido que o Senhor viera visitar os filhos de Israel, e que vira sua aflição, inclinaram-se e prostraram-se.

 
Capítulo 5

1. Depois disso, Moisés e Aarão dirigiram-se ao faraó e disseram-lhe: “Assim fala o Senhor, o Deus de Israel: deixa ir o meu povo, para que me faça uma festa no deserto”.
2. O faraó respondeu: “Quem é esse Senhor, para que eu lhe deva obedecer, deixando partir Israel? Não conheço o Senhor, e não deixarei partir Israel”.
3. Eles prosseguiram: “O Deus dos hebreus nos apareceu. Deixa-nos ir ao deserto, a três dias de caminho, para oferecer sacrifícios ao Senhor, para que não nos fira ele pela peste ou pela espada”.
4. O rei do Egito disse-lhes: “Moisés e Aarão, por que quereis desviar o povo do seu trabalho? Ide às vossas ocupações”.
5. E ajuntou: “O povo é, atualmente, numeroso, e vós o faríeis interromper seus trabalhos!”
6. Naquele mesmo dia, deu o faraó ao inspetor do povo e aos vigias esta ordem:
7. “Não fornecereis mais, como dantes, a palha ao povo para fazer os tijolos: irão eles mesmos procurá-la.
8. Entretanto, exigi deles a mesma quantidade de tijolos que antes, sem nada diminuir. São uns preguiçosos. É por isso que clamam: queremos ir oferecer sacrifícios ao nosso Deus.
9. Que sejam sobrecarregados de trabalhos ocupem-se eles de suas tarefas e não dêem ouvidos às mentiras que se lhes contam!”
10. Os inspetores e os vigias do povo foram dizer-lhes:
11. “o faraó manda-vos dizer que já não vos fornecerá palha; e que vós mesmos devereis procurá-la onde houver, mas nada se diminuirá de vosso trabalho”.
12. Espalhou-se, pois, o povo por todo o Egito para ajuntar restolhos em lugar de palha.
13. Os inspetores instavam com eles, dizendo: “Aprontai vossa tarefa diária, como quando se vos fornecia palha.”
14. Açoitavam até os vigias israelitas que os inspetores do faraó tinham estabelecido sobre eles. Diziam-lhes: “Por que não terminastes, ontem e hoje, como antes, o que se vos havia fixado de tijolos a fazer?”
15. Os vigias israelitas foram queixar-se ao faraó: “Por que, perguntaram eles, procedes desse modo com os teus servos?
16. Não se nos fornece mais a palha e se nos diz: fazei tijolos. E chegam até a nos açoitar (como se) teu povo estivesse em falta”.
17. O faraó respondeu: “Vós sois uns preguiçosos, sim, uns preguiçosos! É por isso que dizeis: queremos ir oferecer sacrifícios ao Senhor.
18. E agora, ao trabalho! Não se vos fornecerá a palha, mas deveis entregar a mesma quantidade de tijolos.”
19. Os vigias israelitas aos quais diziam: “Nada diminuireis da entrega diária de tijolos”, viram-se em um cruel embaraço.
20. Saindo da casa do faraó, encontraram Moisés e Aarão que os esperavam.
21. Disseram-lhes: “Que o Senhor vos veja e vos julgue, vós, que atraístes sobre nós a aversão do faraó e de sua gente, e pusestes em suas mãos a espada para nos matar”.
22. Moisés voltou-se de novo para o Senhor: “Ó Senhor, disse-lhe ele, por que fizestes mal a este povo? Por que me enviastes?
23. Desde que fui falar ao faraó em vosso nome, ele maltrata o povo, e vós não o livrastes de maneira alguma.”

 
Capítulo 6

1. O Senhor respondeu: “Verás o que vou fazer ao faraó: forçado por uma mão poderosa, ele os deixará partir; forçado por uma mão poderosa, ele os expulsará de sua terra”.
2. Deus disse a Moisés: “Eu sou o Senhor.
3. Apareci a Abraão, a Isaac e a Jacó como o Deus todo-poderoso, mas não me dei a conhecer a eles pelo meu nome de Javé.
4. Eu me comprometi com eles a lhes dar a terra de Canaã, a terra onde levaram uma vida errante e habitaram como estrangeiros.
5. Ouvi o clamor dos israelitas oprimidos pêlos egípcios, e lembrei-me de minha aliança.
6. Por isso, dize aos israelitas: eu sou o Senhor; vou libertar-vos do jugo dos egípcios e livrar-vos de sua servidão. Estenderei o braço para essa libertação e manifestarei uma terrível justiça.
7. Tomar-vos-ei para meu povo e serei o vosso Deus, e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos terei libertado do jugo dos egípcios.
8. Introduzir-vos-ei na terra que jurei dar a Abraão, a Isaac e a Jacó: e vos darei a possessão dessa terra, eu, o Senhor”.
9. Moisés repetiu essas palavras aos israelitas, mas estes não o ouviram, tão grande era o abatimento de sua alma e penosa a sua servidão.
10. O Senhor disse então a Moisés:
11. “Vai pedir ao faraó, ao rei do Egito, que deixe sair de sua terra os israelitas”.
12. Moisés respondeu ao Senhor: “Os israelitas não me ouviram; como me ouvirá o faraó, a mim que não tenho o dom da palavra?”
13. O Senhor falou a Moisés e a Aarão, e deu-lhes a ordem de irem ter com o faraó, o rei do Egito, a fim de tirarem da terra do Egito os filhos de Israel.
14. Eis os chefes das famílias dos israelitas: filhos de Rubem, primogênito de Israel: Henoc, Falu, Hesron e Carmi. Estas são as famílias de Rubem.
15. Filhos de Simeão: Jamuel, Jamim, Aod, Jaquim, Soar e Saul, filho da cananéia. Estas são as famílias de Simeão.
16. Eis os nomes dos filhos de Levi, por ordem de gerações: Gerson, Caat e Merari. A duração da vida de Levi foi de cento e trinta e sete anos.
17. Filhos de Gerson: Lobni e Semei, e suas famílias.
18. Filhos de Caat: Amrão, Isaar, Hebron e Oziel. A duração da vida de Caat foi de cento e trinta e três anos.
19. Filhos de Merari: Mooli e Musi. Tais são as famílias de Levi por ordem de gerações.
20. Amrão desposou Jocabed, sua tia, que lhe deu Aarão e Moisés. A duração da vida de Amrão foi de cento e trinta e sete anos.
21. Filhos de Isaar: Coré, Nefeg e Zecri.
22. Filhos de Oziel: Misael, Elisafã e Setri.
23. Aarão desposou Elisabet, filha de Aminadab, irmã de Naasson; ela lhe deu Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar.
24. Filhos de Coré: Aser, Elcana e Abiasaf; estas são as famílias dos coreítas.
25. Eleazar, filho de Aarão, desposou uma das filhas de Futiel, que lhe deu Finéas. Tais são os chefes das famílias dos levitas, com suas famílias.
26. Estes são Aarão e Moisés, a quem o Senhor disse: “Fazei sair do Egito os israelitas, segundo os seus exércitos”.
27. Foram eles que falaram ao faraó, rei do Egito, para tirar do Egito os israelitas. São estes Moisés e Aarão.
28. Quando o Senhor falou a Moisés no Egito,
29. ele o fez nestes termos: “Eu sou o Senhor. Repete ao faraó, o rei do Egito, tudo o que te digo”.
30. E Moisés respondeu-lhe: “Eu não tenho o dom da palavra; como me ouvirá o faraó?”

 
Capítulo 7

1. O Senhor disse a Moisés: “Vê: vou fazer de ti um deus para o faraó, e teu irmão Aarão será teu profeta.
2. Dirás tudo o que eu te mandar, e teu irmão Aarão falará ao rei para que ele deixe sair de sua terra os israelitas.
3. Mas eu endurecerei o coração do faraó, e multiplicarei meus sinais e meus prodígios no Egito.
4. Ele não vos ouvirá. Então estenderei minha mão sobre o Egito e farei sair dele os meus exércitos, meu povo, os israelitas, com uma grandiosa manifestação de justiça.
5. Os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu estender a mão sobre o Egito e fizer sair dele os israelitas.”
6. Moisés e Aarão fizeram o que o Senhor tinha ordenado, e obedeceram.
7. Moisés tinha oitenta anos e Aarão oitenta e três, quando falaram ao faraó.
8. O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
9. “Se o faraó vos pedir um prodígio, tu dirás a Aarão: toma tua vara e joga-a diante do faraó; ela se tornará uma serpente”.
10. Tendo Moisés e Aarão chegado à presença do faraó, fizeram o que o Senhor tinha ordenado. Aarão jogou sua vara diante do rei e de sua gente, e ela se tornou uma serpente.
11. Mas o faraó, mandando vir os sábios, os encantadores e os mágicos, estes fizeram o mesmo com os seus encantamentos:
12. jogaram cada um suas varas, que se transformaram em serpentes. Mas a vara de Aarão engoliu as deles.
13. Entretanto, como o Senhor o havia anunciado, endureceu-se o coração do faraó e ele não quis ouvi-los.
14. O Senhor disse a Moisés: “O faraó endureceu o coração: ele se obstina em não querer deixar partir o povo.
15. Vai procurá-lo amanhã cedo, no momento em que ele sair para ir à margem do rio; esperá-lo-ás à beira do Nilo, tomarás na mão a vara que se mudou em serpente,
16. e dir-lhe-ás: o Senhor, o Deus dos hebreus, mandou-me a ti para dizer-te: deixa ir o meu povo, para que me preste culto no deserto. Até agora não me escutaste.
17. Eis o que diz o Senhor: nisto reconhecerás que eu sou o Senhor: vou ferir as águas do Nilo com a vara que tenho na mão e elas se mudarão em sangue.
18. Os peixes do Nilo morrerão, o rio tornar-se-á infecto e os egípcios terão nojo insuportável de beber suas águas.”
19. O Senhor disse a Moisés: “Dize a Aarão: toma a tua vara e estende a mão sobre as águas do Egito, sobre os seus rios e seus canais, sobre seus lagos e seus reservatórios, para que essas águas se tornem sangue. Haverá sangue em todo o Egito, assim nos recipientes de madeira como nos de pedra”.
20. Moisés e Aarão obedeceram à ordem do Senhor. Sob os olhos do faraó e de sua gente, Aarão levantou sua vara e feriu a água do Nilo, que se mudou toda em sangue.
21. Morreram os peixes do Nilo, e o rio tornou-se tão infecto que os egípcios não podiam beber de suas águas. Houve sangue em todo o Egito.
22. Mas os mágicos do Egito, fizeram outro tanto com seus encantamentos; o coração do faraó permaneceu endurecido e, como o Senhor havia predito, ele não ouviu Moisés e Aarão.
23. Voltou e entrou em sua casa sem mais se cuidar do acontecido.
24. Todos os egípcios cavaram o solo nas proximidades do Nilo procurando água potável, porque não se podia beber a água do rio.
25. Sete dias se passaram depois que o Senhor feriu o Nilo.

 
Capítulo 8

1. O Senhor disse a Moisés: “Vai procurar o faraó e dize-lhe: eis o que diz o Senhor: deixa ir o meu povo, para que ele me preste um culto.
2. Se recusas, infestarei de rãs todo o teu território.
3. O Nilo ferverá de rãs que subirão para invadir tua habitação, teu quarto, teu leito, as casas de teu povo, os teus fornos e tuas amassadeiras.
4. As rãs subirão sobre ti, sobre teu povo e sobre todos os teus servos”.
5. O Senhor disse a Moisés: “Dize a Aarão: estende a tua mão com a tua vara sobre os rios, os canais e os lagos, e faze subir as rãs sobre a terra do Egito.”
6. Aarão levantou a mão sobre as águas do Egito, e as rãs subiram e cobriram a terra.
7. Os mágicos, porém, fizeram outro tanto com seus encantamentos: fizeram subir as rãs sobre a terra do Egito.
8. O faraó mandou chamar Moisés e Aarão: “Intercedei, disse-lhes ele, junto do Senhor, a fim de que afaste as rãs de mim e de meu povo, e deixarei partir o vosso povo para que ofereça sacrifícios ao Senhor”.
9. Moisés respondeu-lhe: “Digna-te dizer-me quando é que devo interceder por ti, por teus servos e por teu povo, a fim de que o Senhor afaste as rãs de tua pessoa e de tuas casas, de sorte que fiquem somente no rio”.
10. “Seja amanhã”, disse ele. Moisés replicou: “Será feito segundo o teu desejo, para que saibas que não há ninguém como o Senhor, nosso Deus.
11. As rãs afastar-se-ão de tua pessoa, de tuas habitações, de teus servos e de teu povo; e ficarão somente no Nilo”.
12. Moisés e Aarão saíram da casa do rei e Moisés invocou o Senhor a respeito das rãs que enviara contra o faraó.
13. Fez o Senhor o que pedia Moisés: morreram as rãs nas casas, nas praças e nos campos.
14. Ajuntaram-nas em montões e o país ficou infeccionado com isso.
15. Mas, vendo o faraó que havia descanso, endureceu o coração; e, como o Senhor havia predito, não ouviu Moisés e Aarão.
16. O Senhor disse a Moisés: “Dize a Aarão: levanta a tua vara e fere o pó da terra: ele se converterá em mosquitos em todo o Egito.”
17. Fizeram assim: Aarão estendeu a mão com sua vara, e feriu o p da terra: houve mosquitos sobre os homens e os animais. Toda a poeira da terra se transformou em mosquitos em todo o Egito.
18. Os mágicos, usando de seus encantamentos, tentaram produzir mosquitos, mas não o puderam. Os mosquitos ficavam sobre os homens e os animais.
19. Então os mágicos disseram ao fara: “Isso é o dedo de Deus”. Mas o coração do fara permaneceu endurecido e, como o Senhor havia predito, não ouviu Moisés e Aarão.
20. O Senhor disse a Moisés: “Irás amanhã de manhã apresentar-te diante do fara, quando ele sair para ir à margem do rio, e dir-lhe-ás: eis o que diz o Senhor: deixa partir o meu povo, para me prestar culto.
21. Se recusares, mandarei moscas sobre tua pessoa, tua gente, teu povo, tuas casas: as casas dos egípcios serão todas invadidas por elas, bem como a terra em que moram.
22. Farei, porém uma exceção naquele dia para a terra a de Gessém, onde habita o meu povo. Ali não haverá moscas, para que saibas que eu, o Senhor, estou no meio da terra.
23. Farei, pois, uma distinção entre o meu povo e o teu. Amanhã terá lugar esse prodígio.”
24. Assim fez o Senhor: surgiu na casa do fara, e na de sua gente, uma multidão de moscas, e todo o Egito foi devastado pelas moscas.
25. Mandou então o fara chamar Moisés e Aarão: “Ide, disse-lhes ele, oferecer sacrifícios ao vosso Deus, (mas) no país.”
26. Moisés respondeu: “Não convém que seja assim: os sacrifícios que oferecemos ao Senhor, nosso Deus, seriam uma abominação para os egípcios. Se oferecermos, sob os seus olhos, sacrifícios que lhes são abomináveis, não nos apedrejerão eles?
27. Havemos de ir ao deserto, a três dias de caminho, e ofereceremos (lá) sacrifícios ao Senhor, nosso Deus, conforme ele nos ordenou.”
28. “Consinto, replicou o fara, em vos deixar partir: oferecereis sacrifícios ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente não ireis muito longe. Rogai por mim”.
29. Moisés respondeu: “Logo que eu sair de tua casa, intercederei junto ao Senhor, e amanhã as moscas se afastarão do fara, de seus servos e de seu povo. Somente não continue o fara a nos enganar, recusando-se deixar ir o povo para oferecer sacrifícios ao Senhor”.
30. Moisés saiu da casa do fara. Rogou ao Senhor,
31. e fez o Senhor o que lhe era pedido: as moscas afastaram-se do fara, de sua gente, de seu povo e não restou uma sequer.
32. Mas ainda esta vez endureceu o fara o seu coração, e não deixou ir o povo.

 
Capítulo 9

1. O Senhor disse a Moisés: “Vai procurar o faraó e dize-lhe: eis o que diz o Senhor, Deus dos hebreus: deixa ir o meu povo, para que ele me preste um culto.
2. Se recusas, se persistes em retê-lo,
3. a mão do Senhor vai pesar sobre os teus animais que estão nos campos, sobre os cavalos, os jumentos, os camelos, os bois e as ovelhas: haverá uma peste terrível.
4. Entretanto, o Senhor fará uma distinção entre os animais dos israelitas e os dos egípcios, e nada perecerá de tudo o que pertence aos israelitas.”
5. O Senhor fixou o prazo nestes termos: “Amanhã, o Senhor fará isso na terra”.
6. No dia seguinte, o Senhor cumpriu sua palavra: todos os animais dos egípcios pereceram, mas não morreu um animal sequer dos rebanhos dos israelistas.
7. Tendo o faraó mandado examinar, verificou que não morrera nem um só animal dos rebanhos dos israelistas. Mas o coração do faraó ficou endurecido, e ele não deixou ir o povo.
8. O Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Tomai vossas duas mãos cheias de cinza do forno, e Moisés a lance para o céu diante dos olhos do faraó.
9. Ela tornar-se-á uma poeira que se espalhará por todo o Egito, e haverá em todo o Egito, sobre os homens e sobre os animais, tumores que se arrebatarão em úlceras”.
10. Tomaram, pois, da cinza do forno e apresentaram-se diante do faraó. Moisés atirou-a para o céu e produziram-se, sobre os homens e sobre os animais, tumores que se arrebataram em úlceras.
11. Os mágicos não puderam aparecer diante de Moisés por causa das úlceras, porque foram atingidos como todos os egípcios.
12. O Senhor endureceu o coração do faraó, que, como o Senhor havia predito, não ouviu Moisés e Aarão.
13. O Senhor disse a Moisés: “Tu te apresentarás amanhã cedo diante do faraó, e dir-lhe-ás: eis o que diz o Senhor, Deus dos hebreus: deixa partir meu povo para que me preste um culto,
14. porque desta vez vou descarregar todos os meus flagelos sobre tua pessoa, tua gente e teu povo, a fim de que saibas que não há ninguém semelhante a mim em toda a terra.
15. Eu poderia, num instante, estendendo a minha mão, ferir-te de peste, tu e o teu povo; e tu já terias desaparecido da terra.
16. Mas, se te deixo incólume, é para que vejas o meu poder, e que o meu nome seja glorificado por toda a terra.
17. Se te obstinas em impedir a partida de meu povo,
18. amanhã, a esta mesma hora, farei cair uma chuva de pedras tão violenta como nunca houve outra igual no Egito, desde sua origem até o dia de hoje.
19. Mete, pois, ao abrigo, teus animais e tudo o que tens nos campos, porque todos os homens e todos os animais, que se encontrarem fora de casa nos campos, serão atingidos pela saraiva e morrerão.
20. Aqueles dentre a gente do faraó, que temem a palavra do Senhor, porão seus servos e seus rebanhos ao abrigo nas casas.
21. Mas os que não fazem caso da palavra do Senhor, deixarão nos campos seus escravos e seus rebanhos.
22. O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão para o céu, para que caia uma chuva de granizo em todo o Egito sobre os homens, os animais e sobre toda a erva dos campos.”
23. Moisés estendeu sua vara para o céu, e o Senhor enviou trovões e chuva de pedras, e o fogo do céu caiu sobre a terra. O Senhor fez chover granizo sobre o Egito.
24. Caiu granizo misturado com fogo; e caiu com tanta violência como nunca houve semelhante em todo o Egito, desde que veio a ser uma nação.
25. Em todo o Egito a chuva de pedras feriu tudo o que estava nos campos, homens e animais, e feriu toda a erva dos campos e quebrou todas as árvores dos campos.
26. Só a terra de Gessém, onde se encontravam os israelitas, foi poupada.
27. O rei mandou chamar Moisés e Aarão e disse-lhes: “Desta vez eu pequei. O Senhor é justo; eu e meu povo fomos culpados.
28. Rogai ao Senhor para que cessem os trovões e o granizo. Eu vos deixarei ir, e não vos reterei mais.”
29. Moisés disse-lhe: “Logo que eu tiver saído da cidade, levantarei minhas mãos para o Senhor: os trovões cessarão e não haverá mais granizo, para que saibas que a terra pertence ao Senhor.
30. Mas sei que tu e tua gente não temeis ainda o Senhor Deus.”
31. (O linho e a cevada foram destruídos, porque a cevada estava espigando e o linho estava em flor;
32. o trigo, porém, e a espelta se salvaram, porque são tardios.)
33. Moisés partiu da casa do faraó e deixou a cidade. E levantou as mãos para o Senhor: cessaram os trovões e o granizo, e a chuva cessou de cair sobre a terra.
34. Vendo o faraó que cessara a chuva, assim como o granizo e os trovões, continuou a pecar e endureceu seu coração, ele e sua gente.
35. E, tendo-se obstinado o coração do faraó, não deixou partir os israelitas, assim como o Senhor havia predito pela voz de Moisés.

 
Capítulo 10

1. O Senhor disse a Moisés: “Vai procurar o faraó, porque lhe endureci o coração e o de sua gente para manifestar os meus prodígios no meio deles,
2. para que contes aos teus filhos e aos teus netos as maravilhas que fiz no Egito e os prodígios que operei no meio deles, e para que saibais que eu sou o Senhor.”
3. Moisés e Aarão foram procurar o rei e disseram-lhe: “Eis o que diz o Senhor, Deus dos hebreus: até quando recusarás humilhar-te diante de mim? Deixa ir o meu povo para que ele me preste o seu culto.
4. Se recusares, farei vir amanhã gafanhotos sobre o teu território.
5. Cobrirão a superfície da terra de tal modo que se não poderá mais ver o solo. Devorarão o resto das colheitas que escapou ao granizo, e devorarão todas as árvores de vossos campos.
6. Encherão tuas casas, as casas de todos os teus servos e a de todos os egípcios. Será uma calamidade tão grande como nunca viram teus pais nem os pais de teus pais, desde sua chegada ao país até o dia de hoje.” Voltou-se, pois, Moisés e retirou-se da casa do faraó.
7. Os servos do faraó disseram-lhe: “Até quando nos servirá de laço este homem? Deixa partir essa gente para que preste seu culto ao Senhor seu Deus. Não compreendeste ainda que o Egito vai ser arruinado?”
8. Mandaram então vir Moisés e Aarão à presença do rei que lhes disse: “Ide fazer vossas devoções ao Senhor, vosso Deus. Quem são os que hão de partir?”
9. “Iremos, respondeu Moisés, com nossos jovens e nossos velhos, nossos filhos e nossas filhas. Iremos com nossas ovelhas e nossos bois, porque temos de celebrar uma festa em honra do Senhor.”
10. O faraó replicou: “O Senhor esteja convosco, do mesmo modo como vos deixarei partir com vossos filhos! Tomai cuidado, porque tendes más intenções.
11. Não há de ser assim. Ide vós, os homens, e prestai o vosso culto ao Senhor, pois é isso o que desejais.” E foram expulsos da presença do faraó.
12. O Senhor disse a Moisés: “Estende tua mão sobre o Egito para que venham gafanhotos sobre ele, e invadam o Egito, e devorem toda a erva da terra, tudo o que o granizo deixou.”
13. Moisés estendeu sua vara sobre o Egito, e o Senhor fez soprar sobre o país, todo aquele dia e toda aquela noite, um vento do oriente. E, chegando a manhã, o vento do oriente tinha trazido os gafanhotos.
14. Espalharam-se eles sobre todo o Egito, e invadiram todo o território egípcio em tão grande quantidade como nunca houve nem haverá jamais invasão semelhante:
15. eles cobriram toda a superfície do solo em todo o país, de modo que a terra se escureceu. Devoraram toda a verdura da terra e todos os frutos das árvores que tinha poupado o granizo. Nada de verde ficou nas árvores, nem nas plantas do campo, em toda a extensão do Egito.
16. O rei mandou imediatamente chamar Moisés e Aarão e disse-lhes: “Pequei contra o Senhor, vosso Deus, e contra vós.
17. Mas perdoa ainda esta vez o meu pecado, e roga ao Senhor, vosso Deus, que afaste ao menos de mim este flagelo mortal.”
18. Moisés saiu da casa do faraó e intercedeu junto ao Senhor.
19. O Senhor fez soprar do ocidente um vento fortíssimo que levou os gafanhotos e os precipitou no mar Vermelho, sem que ficasse um só em todo o território do Egito.
20. Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, que não deixou partir os israelitas.
21. O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão para o céu, e que se formem sobre todo o Egito trevas (tão espessas) que se possam apalpar.”
22. Moisés estendeu a mão para o céu, e durante três dias espessas trevas cobriram todo o Egito.
23. Durante esses três dias, não se via um ao outro, e ninguém se levantou do lugar onde estava. Ao passo que todos os israelitas tinham luz nos lugares onde habitavam.
24. O faraó mandou chamar Moisés e disse-lhe: “Ide fazer vossas devoções ao Senhor. Somente vossas ovelhas e vossos bois ficarão neste lugar; podeis levar convosco vossos filhinhos.”
25. Moisés respondeu: “Tu mesmo nos porás nas mãos o que precisamos para oferecermos sacrifícios e holocaustos ao Senhor, nosso Deus.
26. Além disso, nossos animais virão conosco; nem uma unha ficará, porque é deles que devemos tomar o que precisamos para fazer nosso culto ao Senhor, nosso Deus. Enquanto não tivermos chegado lá, não sabemos de que nos serviremos para prestar nosso culto ao Senhor.”
27. Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, que não quis deixá-los partir.
28. O faraó disse a Moisés: “Fora de minha casa! Guarda-te de me rever, porque no dia em que vires o meu rosto morrerás!”
29. “Tu o disseste, replicou Moisés, já não verei o teu rosto.”

 
Capítulo 11

1. O Senhor disse a Moisés: “Mandarei ainda uma outra praga sobre o faraó e sobre o Egito, e em conseqüência dela vos deixará partir daqui. Quando vos deixar partir, será definitivamente, será mesmo expulsando-vos daqui.
2. Dirás ao povo que cada homem peça ao seu vizinho, cada mulher à sua vizinha, objetos de prata e de ouro”.
3. O Senhor fez que o povo ganhasse o favor dos egípcios. Moisés mesmo era muito considerado no Egito pelos servos do faraó e por todo o povo.
4. Moisés disse: “Eis o que diz o Senhor: pela meia-noite passarei através do Egito,
5. e morrerá todo primogênito na terra do Egito, desde o primogênito do faraó, que deveria assentar-se no seu trono, até o primogênito do escravo que faz girar a mó, assim como todo primogênito dos animais.
6. Haverá em toda a terra do Egito um clamor tal como nunca houve nem haverá jamais.
7. Quanto aos israelitas, porém, desde os homens até os animais, ninguém, nem mesmo um cão moverá a sua língua. Sabereis assim como o Senhor fez distinção entre os egípcios e os israelitas.
8. Então todos esses teus servos virão procurar-me e prostrar-se-ão diante de mim, dizendo: vai-te, tu e todo o povo que te acompanha! E depois disso partirei”. Moisés, grandemente irado, saiu da casa do faraó.
9. O Senhor disse a Moisés: “o faraó não vos ouvirá, a fim de que meus prodígios se multipliquem no Egito”.
10. Moisés e Aarão tinham operado todos esses prodígios em presença do faraó. Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, que não permitiu aos israelitas partirem de sua terra.

 
Capítulo 12

1. O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2. “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano.
3. Dizei a toda a assembléia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa.
4. Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer.
5. O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito.
6. E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembléia de Israel o imolará no crepúsculo.
7. Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem.
8. Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
9. Nada comereis dele que seja cru, ou cozido, mas será assado no fogo completamente com a cabeça, as pernas e as entranhas.
10. Nada deixareis dele até pela manhã; se sobrar alguma coisa, queimá-la-eis no fogo.
11. Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.
12. “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
13. O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito.
14. Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
15. “Comereis pão sem fermento durante sete dias. Logo ao primeiro dia tirareis de vossas casas o fermento, pois todo o que comer pão fermentado, desde o primeiro dia até o sétimo, será cortado de Israel.
16. No primeiro dia, assim como no sétimo, tereis uma santa assembléia. Durante esses dias não se fará trabalho algum, exceto a preparação da comida para todos.
17. Guardareis (a festa) dos ázimos, porque foi naquele dia que tirei do Egito vossos exércitos. Guardareis aquele dia de geração em geração: é uma instituição perpétua.
18. No primeiro mês, desde a tarde do décimo quarto dia do mês até a tarde do vigésimo primeiro, comereis pães sem fermento.
19. Durante sete dias não haverá fermento em vossas casas: se alguém comer pão fermentado, será cortado da assembléia de Israel, quer se trate de estrangeiro ou natural do país.
20. Não comereis pão fermentado: em todas as vossas casas comereis ázimos”.
21. Moisés convocou todos os anciãos de Israel e disse-lhes: “Ide e escolhei um cordeiro por família, e imolai a Páscoa.
22. Depois disso, tomareis um feixe de hissopo, ensopá-lo-eis no sangue que estiver na bacia e aspergireis com esse sangue a verga e as duas ombreiras da porta. Nenhum de vós transporá o limiar de sua casa até pela manhã.
23. Quando o Senhor passar para ferir o Egito, vendo o sangue sobre a verga e sobre as duas ombreiras da porta, passará adiante e não permitirá ao destruidor entrar em vossas casas para ferir.
24. Observareis esse costume como uma instituição perpétua para vós e vossos filhos.
25. Quando tiverdes penetrado na terra que o Senhor vos dará, como prometeu, observareis esse rito.
26. E quando vossos filhos vos disserem: que significa esse rito? respondereis:
27. é o sacrifício da Páscoa, em honra do Senhor que, ferindo os egípcios, passou por cima das casas dos israelitas no Egito e preservou nossas casas.” O povo inclinou-se e prostrou-se.
28. Em seguida, retiraram-se os israelitas para fazerem o que o Senhor tinha ordenado a Moisés e a Aarão. Assim o fizeram.
29. Pelo meio da noite, o Senhor feriu todos os primogênitos no Egito, desde o primogênito do faraó, que devia assentar-se no trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.
30. O faraó levantou-se durante a noite, assim como todos os seus servos e todos os egípcios e fez-se um grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.
31. Naquela mesma noite, o rei mandou chamar Moisés e Aarão e disse-lhes: “Ide! Saí do meio do meu povo, vós e os israelitas. Ide prestar um culto ao Senhor, como o dissestes.
32. Tomai vossas ovelhas e vossos bois, como o pedistes. Ide e abençoai-me”.
33. Os egípcios instavam com o povo para que saísse o quanto antes do país. “Vamos morrer todos”, diziam eles.
34. O povo tomou a sua massa antes que fosse levedada; cada um carregava em seus ombros a cesta embrulhada em seu manto.
35. Os israelitas, segundo a ordem de Moisés, tinham pedido aos egípcios objetos de prata, objetos de ouro e vestes.
36. O Senhor lhes fizera ganhar o favor dos egípcios, que atenderam ao seu pedido. Foi assim que despojaram os egípcios.
37. Os israelitas partiram de Ramsés para Socot, em número de seiscentos mil homens, aproximadamente, sem contar os meninos.
38. Além disso, acompanhava-os uma numerosa multidão, bem como rebanhos consideráveis de ovelhas e de bois.
39. Cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, pois esta não se tinha fermentado, porque tinham sido lançados fora do país e não puderam deter-se nem fazer provisões.
40. A permanência dos israelitas no Egito durara quatrocentos e trinta anos.
41. Exatamente no fim desses quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do Senhor saíram do Egito:
42. Foi uma noite de vigília para o Senhor, a fim de tirá-los do Egito: essa mesma noite é uma vigília a ser celebrada de geração em geração por todos os israelitas, em honra do Senhor.
43. O Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Eis a regra relativa à Páscoa: nenhum estrangeiro comerá dela;
44. todo escravo adquirido a preço de dinheiro, e que tiver sido circuncidado, comerá dela,
45. mas nem o estrangeiro nem o mercenário comerão dela.
46. O cordeiro será comido em uma mesma casa: tu não levarás nada de sua carne para fora da casa e não lhe quebrarás osso algum.
47. Toda a assembléia de Israel celebrará a Páscoa.
48. Se um estrangeiro, habitando em tua casa, quiser celebrar a Páscoa em honra do Senhor, que primeiro seja circuncidado todo varão de sua casa e somente depois poderá fazê-lo e será tratado com a mesma igualdade que o natural do país; mas nenhum incircunciso comerá a Páscoa.
49. Haverá uma mesma lei para o natural e o estrangeiro que peregrina entre vós”.
50. Todos os israelitas fizeram o que o Senhor havia ordenado a Moisés e a Aarão. Obedeceram-lhes.
51. Naquele mesmo dia, o Senhor fez sair do Egito os israelitas, como fileiras de um exército.

 
Capítulo 13

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Consagrar-me-ás todo primogênito entre os israelitas, tanto homem como animal: ele será meu.”
3. Moisés disse ao povo: “Conservareis a memória deste dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão, porque foi pelo poder de sua mão que o Senhor vos fez sair deste lugar; não comereis pão fermentado.
4. Vós saís hoje do Egito, no mês das espigas.
5. Assim, pois, quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, dos hiteus, dos amorreus, dos heveus e dos jebuseus, que jurou a teus pais te dar, terra que mana leite e mel, observarás este rito neste mesmo mês.
6. Durante sete dias comerás pães sem fermento, e no sétimo dia haverá uma festa em honra do Senhor.
7. Comer-se-ão pães sem fermento durante sete dias. Não se verão em tua casa, em toda a extensão do território, nem pães fermentados nem fermento.
8. Explicarás então a teu filho: isso é em memória do que o Senhor fez por mim, quando saí do Egito.
9. Será isso para ti como um sinal sobre tua mão, como uma marca entre os teus olhos, a fim de que tenhas na boca a lei do Senhor, porque foi graças à sua poderosa mão que o Senhor te fez sair do Egito.
10. Observarás a cada ano essa prescrição no tempo prescrito.
11. “Quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, como ele jurou a ti e a teus pais, e te houver dado essa terra,
12. consagrarás ao Senhor todo primogênito; mesmo os primogênitos de teus animais, os machos, serão do Senhor.
13. Entretanto, resgatarás com um cordeiro todo primogênito do jumento; do contrário, quebrar-lhe-ás a nuca. Todo primogênito dos homens entre teus filhos, resgatá-lo-ás igualmente.
14. E, quando teu filho te perguntar um dia o que isso significa, dir-lhe-ás: é que o Senhor nos tirou do Egito com sua mão poderosa, da casa da servidão.
15. E, como o faraó se obstinasse em não nos deixar partir, o Senhor matou todos os primogênitos do Egito, desde os primogênitos dos homens até os dos animais. Eis por que sacrifico ao Senhor todos os primogênitos machos dos animais, e devo resgatar todo primogênito entre meus filhos.
16. Isso será como um sinal sobre tua mão e como uma marca entre teus olhos, porque foi pelo poder de sua mão que o Senhor nos tirou do Egito”.
17. Tendo o faraó deixado partir o povo, Deus não o conduziu pelo caminho da terra dos filisteus, que é, no entanto, o mais curto, pois disse: “Talvez o povo possa arrepender-se, no momento em que tiver de enfrentar um combate e voltar para o Egito”.
18. Por isso, Deus fez com que o povo desse uma volta pelo deserto, para o lado do mar Vermelho. Os israelitas partiram do Egito em boa ordem.
19. Moisés levou consigo os ossos de José, porque este fizera os filhos de Israel jurarem: “Quando Deus vos visitar, levareis daqui os meus ossos convosco”.
20. Tendo partido de Socot, acamparam em Etão, na extremidade do deserto.
21. O Senhor ia adiante deles: de dia numa coluna de nuvens para guiá-los pelo caminho; e de noite numa coluna de fogo para alumiá-los; de sorte que podiam marchar de dia e de noite.
22. Nunca a coluna de nuvens deixou de preceder o povo durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.

 
Capítulo 14

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Dize aos israelitas que mudem de direção e venham acampar diante de Fiairot, entre Magdalum e o mar, defronte de Beelsefon: acampareis defronte desse lugar, perto do mar.
3. O faraó vai pensar: os israelitas perderam-se no país, e o deserto os encerrou.
4. Endurecerei o coração do faraó, e ele os perseguirá; mas eu triunfarei gloriosamente sobre o faraó e sobre todo o seu exército, e os egípcios saberão que eu sou o Senhor.” Os israelitas obedeceram.
5. Quando se anunciou ao rei do Egito que o povo tinha fugido, o coração do faraó e de seus servos voltou-se contra o povo: “Que fizemos, disseram eles, deixando partir Israel e renunciando assim ao seu serviço!”
6. O faraó mandou preparar seu carro e levou com ele suas tropas.
7. Escolheu seiscentos carros dos melhores e todos os carros egípcios com homens de guerra em cada um deles.
8. O Senhor endureceu o coração do faraó, rei do Egito, e este se pôs a perseguir os filhos de Israel. Eles haviam partido de cabeça erguida.
9. Puseram-se os egípcios a persegui-los e alcançaram-nos em seu acampamento à beira do mar: todos os cavalos dos carros do faraó, seus cavaleiros e seu exército alcançaram-nos perto de Fiairot, defronte de Beelsefon.
10. Aproximando-se o faraó, os israelitas, ao levantarem os olhos, viram os egípcios que vinham ao seu encalço. Foram tomados de espanto e invocaram o Senhor, clamando em alta voz.
11. E disseram a Moisés: “Não havia, porventura, túmulos no Egito, para que nos conduzisses a morrer no deserto? Por que nos fizeste isso, tirando-nos do Egito?
12. Não te dizíamos no Egito: deixa-nos servir os egípcios! É melhor ser escravos dos egípcios do que morrer no deserto.”
13. Moisés respondeu ao povo: “Não temais! Tende ânimo, e vereis a libertação que o Senhor vai operar hoje em vosso favor. Os egípcios que hoje vedes, não os tornareis a ver jamais.
14. O Senhor combaterá por vós; quanto a vós, nada tereis a fazer.”
15. O Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que se ponham a caminho.
16. E tu, levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e fere-o, para que os israelitas possam atravessá-lo a pé enxuto.
17. Vou endurecer o coração dos egípcios, para que se ponham ao teu encalço, e triunfarei gloriosamente sobre o faraó e sobre todo o seu exército, seus carros e seus cavaleiros.
18. Os egípcios saberão que eu sou o Senhor quando tiver alcançado esse glorioso triunfo sobre o faraó, seus carros e seus cavaleiros.”
19. O anjo de Deus, que marchava à frente do exército dos israelitas, mudou de lugar e passou para trás; a coluna de nuvens que os precedia pôs-se detrás deles,
20. entre o acampamento dos egípcios e o de Israel. Era obscura, e alumiava a noite. E não puderam aproximar-se um do outro, durante a noite inteira.
21. Moisés estendeu a mão sobre o mar. O Senhor fê-lo recuar com um vento impetuoso vindo do oriente, que soprou toda a noite. E pôs o mar a seco. As águas dividiram-se
22. e os israelitas desceram a pé enxuto no meio do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e à esquerda.
23. Os egípcios os perseguiram: todos os cavalos do faraó, seus carros e seus cavaleiros internaram-se após eles no leito do mar.
24. À vigília da manhã, o Senhor, do alto da coluna de fogo e da de nuvens, olhou para o acampamento dos egípcios e semeou o pânico no meio deles.
25. Embaraçou-lhes as rodas dos carros de tal sorte que, só dificilmente, conseguiam avançar. Disseram então os egípcios: “Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egito.”
26. O Senhor disse a Moisés: “Estende tua mão sobre o mar, e as águas voltar-se-ão sobre os egípcios, seus carros e seus cavaleiros.”
27. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e este, ao romper da manhã, voltou ao seu nível habitual. Os egípcios que fugiam foram de encontro a ele, e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar.
28. As águas voltaram e cobriram os carros, os cavaleiros e todo o exército do faraó que havia descido no mar ao encalço dos israelitas. Não ficou um sequer.
29. Mas os israelitas tinham andado a pé enxuto no leito do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e à esquerda.
30. Foi assim que naquele dia o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios. E Israel viu os cadáveres dos egípcios na praia do mar.
31. Viu Israel o grande poder que o Senhor tinha exercido contra os egípcios. Por isso, o povo temeu o Senhor e confiou nele e em seu servo Moisés.

 
Capítulo 15

1. Então Moisés e os israelitas entoaram em honra do Senhor o seguinte cântico: “Cantarei ao Senhor, porque ele manifestou sua glória. Precipitou no mar cavalos e cavaleiros.
2. O Senhor é a minha força e o objeto do meu cântico; foi ele quem me salvou. Ele é o meu Deus – eu o celebrarei; o Deus de meu pai – eu o exaltarei.
3. O Senhor é o herói dos combates, seu nome é Javé.
4. Lançou no mar os carros do faraó e o seu exército; a elite de seus combatentes afogou-se no mar Vermelho;
5. o abismo os cobriu; afundaram-se nas águas como pedra.
6. A vossa (mão) direita, ó Senhor, manifestou sua força. Vossa direita aniquilou o inimigo.
7. Por vossa soberana majestade derrotais vossos adversários; desencadeais vossa cólera, e ela os consome como palha.
8. Ao sopro de vosso furor amontoaram-se as águas; levantaram-se as ondas como muralha, solidificaram-se as vagas no coração do mar.
9. Dizia o inimigo: perseguirei, alcançarei, repartirei o despojo, satisfarei meu desejo de vingança, desembainharei a espada, minha mão os destruirá.
10. Ao sopro de vosso hálito o mar os sepultou; submergiram como chumbo na vastidão das águas.
11. Quem entre os deuses é semelhante a vós, Senhor? Quem é semelhante a vós, glorioso por vossa santidade, temível por vossos feitos dignos de louvor, e que operais prodígios?
12. Apenas estendestes a mão, e a terra os tragou.
13. Conduzistes com bondade esse povo, que libertastes; e com vosso poder o guiastes à vossa morada santa.
14. Ao ouvir isso, estremeceram os povos. Um pavor imenso apoderou-se dos filisteus;
15. os chefes de Edom ficaram aterrados; a angústia tomou conta dos valentes de Moab; tremeram de medo todos os habitantes de Canaã.
16. Caíram sobre eles o terror e a angústia, o poder do vosso braço os petrificou, até que tivesse passado o vosso povo, Senhor até que tivesse passado o povo que adquiristes para vós.
17. Conduzi-lo-eis e o plantareis na montanha que vos pertence, no lugar que preparastes para vossa habitação, Senhor, no santuário, Senhor, que vossas mãos fundaram.
18. O Senhor é rei para sempre, sem fim!”
19. Os cavalos do faraó, com efeito, entraram no mar com seus carros e seus cavaleiros, e o Senhor os envolveu nas águas, enquanto os israelitas passaram a pé enxuto o leito do mar.
20. A profetisa Maria, irmã de Aarão, tomou seu tamborim na mão, e todas as mulheres seguiram-na dançando com tamborins.
21. Maria as acompanhava entoando: “Cantai ao Senhor, porque fez brilhar a sua glória, precipitou no mar cavalos e cavaleiros!”
22. Moisés fez partir os israelitas do mar Vermelho e os dirigiu para o deserto de Sur. Caminharam três dias no deserto, sem encontrar água.
23. Chegaram a Mara, onde não puderam beber de sua água, porque era amarga, de onde o nome de Mara que deram a esse lugar.
24. Então o povo murmurou contra Moisés: “Que havemos de beber?”
25. Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor indicou-lhe um madeiro que ele jogou na água. E esta tornou-se doce. Foi nesse lugar que o Senhor deu ao povo preceitos e leis, e ali o provou.
26. Disse-lhe: “Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto aos seus olhos, se inclinares os ouvidos às suas ordens e observares todas as suas leis, não mandarei sobre ti nenhum dos males com que acabrunhei o Egito, porque eu sou o Senhor que te cura.”
27. E chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali acamparam junto das águas.

 
Capítulo 16

1. Toda a assembléia dos israelitas partiu de Elim e foi para o deserto de Sin, situado entre Elim e o Sinai. Era o décimo quinto dia do segundo mês após sua saída do Egito.
2. Toda a assembléia dos israelitas pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão no deserto.
3. Disseram-lhes: “Oxalá tivéssemos sido mortos pela mão do Senhor no Egito, quando nos assentávamos diante das panelas de carne e tínhamos pão em abundância! Vós nos conduzistes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.”
4. O Senhor disse a Moisés: “Vou fazer chover pão do alto do céu. Sairá o povo e colherá diariamente a porção de cada dia. Pô-lo-ei desse modo à prova, para ver se andará ou não segundo minhas ordens.
5. No sexto dia, quando prepararem o que tiverem ajuntado haverá o dobro do que recolhem cada dia.”
6. Moisés e Aarão disseram a todos os israelitas: “Esta tarde, sabereis que foi o Senhor quem vos tirou do Egito,
7. e amanhã pela manhã vereis a sua glória, porque ele ouviu as vossas murmurações contra ele. Nós, porém, quem somos nós para que murmureis contra nós?”
8. Moisés disse: “Isso acontecerá quando o Senhor vos der, esta tarde, carne para comerdes e, amanhã pela manhã, pão em abundância, porque ele ouviu as murmurações que proferistes contra ele. Nós, porém, quem somos? Não é contra nós que murmurastes, mas contra o Senhor.”
9. Moisés disse a Aarão: “Dize a toda a assembléia dos israelitas: apresentai-vos diante do Senhor, porque ele ouviu vossas murmurações”.
10. Enquanto Aarão falava a toda a assembléia dos israelitas, olharam para o deserto e eis que apareceu na nuvem a glória do Senhor!
11. E o Senhor disse a Moisés:
12. “Ouvi as murmurações dos israelitas. Dize-lhes: esta tarde, antes que escureça, comereis carne e, amanhã de manhã, vos fartareis de pão; e sabereis que sou o Senhor, vosso Deus”.
13. À tarde, com efeito, subiram codornizes (do horizonte) e cobriram o acampamento; e, no dia seguinte pela manhã, havia uma camada de orvalho em torno de todo o acampamento.
14. E, tendo evaporado esse orvalho, eis que sobre a superfície do deserto estava uma coisa miúda, granulosa, miúda como a geada sobre a terra!
15. Vendo isso, disseram os filhos de Israel uns aos outros: “Que é isso?”, pois não sabiam o que era. Moisés disse-lhes: “Este é o pão que o Senhor vos manda para comer.
16. Eis o que vos ordena o Senhor: ajunte cada um o quanto lhe for necessário para comer; para aqueles que estão em sua tenda, um gomor por cabeça, segundo o número das pessoas.”
17. Assim fizeram os israelitas: ajuntaram uns mais, outros menos.
18. Mas, quando se media com o gomor, aconteceu que o que tinha ajuntado muito não tinha demais e, ao que tinha ajuntado pouco, não lhe faltava: cada um havia recolhido segundo a sua necessidade.
19. Moisés disse-lhes: “Ninguém reserve dele para o dia seguinte.”
20. Alguns não o ouviram e guardaram dele até pela manhã; mas criou vermes e cheirou mal. Moisés irritou-se contra eles.
21. Todas as manhãs fizeram a sua provisão, cada um segundo suas necessidades. E, quando vinha o calor do sol, derretia-se.
22. No sexto dia, recolheram uma dupla quantidade de alimento, dois gomores para cada um. Vieram todos os chefes da assembléia e contaram-no a Moisés.
23. Este lhes disse: “É isso o que o Senhor ordenou. Amanhã é um dia de repouso, o sábado consagrado ao Senhor. Por isso, o que tendes a cozer no forno, cozei-o, e o que tendes a cozer em água, cozei-o; e o que sobrar, ponde-o de lado até pela manhã.”
24. Guardaram-no até o dia seguinte, segundo a ordem de Moisés; e não cheirou mal, nem se acharam vermes nele.
25. “Comei-o hoje, disse Moisés, porque é o dia do sábado do Senhor; hoje não o achareis no campo.
26. Durante seis dias o ajuntareis; mas o sétimo é o sábado: nele não haverá.
27. (No sétimo dia alguns saíram para fazer sua provisão, mas nada encontraram.
28. Então o Senhor disse a Moisés: ‘Até quando vos recusareis a observar meus mandamentos e minhas leis?’)
29. Considerai que, se o Senhor vos deu o sábado, vos dá ele no sexto dia alimento para dois dias. Fique cada um onde está, e ninguém saia de sua habitação no sétimo dia”.
30. Assim o povo repousou no sétimo dia.
31. Os israelitas deram a esse alimento o nome de maná. Assemelhava-se à semente de coentro: era branco e tinha o sabor de uma torta de mel.
32. Moisés disse: “Eis o que ordena o Senhor: que se encha dele um gomor para ser conservado para vossas gerações futuras, a fim de que vejam o pão com que vos sustentei no deserto, depois de vos ter tirado do Egito”.
33. E Moisés disse a Aarão: “Toma uma vasilha e põe nela a quantia de um gomor de maná, e deposita-o diante do Senhor, a fim de conservá-lo para vossos descendentes”.
34. Aarão, segundo a ordem do Senhor a Moisés, depositou-o diante do Testemunho para ser conservado.
35. Os israelitas comeram o maná durante quarenta anos, até a sua chegada a uma terra habitada. Comeram o maná até que chegaram aos confins da terra de Canaã.
36. (O gomor é a décima parte do efá.)

 
Capítulo 17

1. Segundo uma ordem do Senhor, toda a assembléia dos israelitas partiu, por etapas, do deserto de Sin. Acamparam em Rafidim, onde não havia água para o povo beber.
2. E vieram então contender com Moisés: “Dá-nos água para beber” disseram eles. Moisés respondeu-lhes: “Por que procurais contendas comigo? Por que provocais o Senhor?”
3. Entretanto, o povo que ali estava privado de água e devorado pela sede, murmurava contra Moisés: “Por que nos fizeste sair do Egito? Para nos fazer morrer de sede com nossos filhinhos e nossos rebanhos?”
4. Então dirigiu Moisés esta prece ao Senhor: “Que farei a este povo? Mais um pouco e irão apedrejar-me.”
5. O Senhor respondeu a Moisés: “Passa adiante do povo, e leva contigo alguns dos anciãos de Israel; toma na mão tua vara, com que feriste o Nilo, e vai.
6. Eis que estarei ali diante de ti, sobre o rochedo do monte Horeb ferirás o rochedo e a água jorrará dele: assim o povo poderá beber.” Isso fez Moisés em presença dos anciãos de Israel.
7. Chamaram esse lugar Massá e Meribá, por causa da contenda que os israelitas tiveram com ele, e porque tinham provocado o Senhor, dizendo: “O Senhor está ou não no meio de nós?”
8. Amalec veio atacar Israel em Rafidim.
9. Moisés disse a Josué: “Escolhe-nos homens e vai combater Amalec. Amanhã estarei no alto da colina com a vara de Deus na mão.”
10. Josué obedeceu Moisés e foi combater Amalec, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiam ao alto da colina.
11. E, quando Moisés tinha a mão levantada, Israel vencia, mas logo que a abaixava, Amalec triunfava.
12. Mas como se fatigassem os braços de Moisés, puseram-lhe uma pedra por baixo e ele assentou-se nela, enquanto Aarão e Hur lhe sustentavam as mãos de cada lado: suas mãos puderam assim conservar-se levantadas até o pôr-do-sol,
13. e Josué derrotou Amalec e seu povo ao fio da espada.
14. O Senhor disse a Moisés: “Escreve isto para lembrar, e dize a Josué que eu apagarei a memória de Amalec de debaixo dos céus”.
15. Moisés construiu um altar que chamou de Javé-Nessi.
16. “Já que a mão, disse ele, foi levantada contra o trono do Senhor, o Senhor está em guerra perpétua contra Amalec”.

 
Capítulo 18

1. Jetro, sacerdote de Madiã, sogro de Moisés, soube de tudo o que Deus tinha feito por Moisés e por Israel, seu povo; e soube que o Senhor tinha feito sair Israel do Egito.
2. Jetro, sogro de Moisés, tomou consigo Séfora, mulher de Moisés, que tinha sido mandada para casa,
3. assim como seus dois filhos, dos quais um se chamava Gerson, porque Moisés tinha dito: “Sou um peregrino em uma terra estrangeira.”
4. e o outro chamava-se Eliezer, porque ele tinha dito: “O Deus de meu pai socorreu-me e fez-me escapar à espada do faraó.”
5. Jetro, sogro de Moisés, com os dois filhos e a mulher deste, veio procurá-lo no deserto, onde estava acampado, perto da montanha de Deus.
6. E mandou-lhe dizer: “Teu sogro Jetro vem te ver, acompanhado de tua mulher e de teus dois filhos”.
7. Moisés saiu ao encontro de seu sogro, prostrou-se e beijou-o. Informaram-se mutuamente sobre a sua saúde e entraram na tenda.
8. Moisés contou ao seu sogro tudo o que o Senhor tinha feito ao faraó e aos egípcios por causa de Israel, todas as tribulações que lhes tinham sobrevindo no caminho, e das quais o Senhor os livrara.
9. Jetro alegrou-se com todo o bem que o Senhor tinha feito aos israelitas, livrando-os da mão dos egípcios.
10. “Bendito seja o Senhor, disse Jetro, que vos livrou da mão dos egípcios e da mão do faraó; que livrou o povo da mão dos egípcios!
11. Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses, porque o demonstrou quando (seu povo) era tiranizado”.
12. Em seguida Jetro, sogro de Moisés, ofereceu a Deus um holocausto e sacrifícios. Aarão e todos os anciãos de Israel vieram ter com o sogro de Moisés para tomar parte no banquete em presença de Deus.
13. No dia seguinte, Moisés assentou-se para fazer justiça ao povo, que se conservou de pé diante dele desde a manhã até a tarde.
14. O sogro de Moisés, vendo todo o trabalho a que ele se dava pelo povo, disse-lhe: “Que é isso que fazes com o povo? Por que te sentas só no tribunal com toda essa gente que se conserva em torno de ti da manhã à tarde?”
15. “É que, respondeu Moisés, o povo vem a mim para consultar Deus.
16. Quando têm alguma questão, vêm procurar-me para que eu julgue entre eles, fazendo-lhes saber as ordens de Deus e suas leis”.
17. O sogro de Moisés disse-lhe: “Não está certo o que fazes!
18. Tu te esgotarás seguramente, assim como todo esse povo que está contigo, porque o fardo é pesado demais para ti, e não poderás levá-lo sozinho.
19. Escuta-me: vou dar-te um conselho, e que Deus esteja contigo! Tu serás o representante do povo junto de Deus, e levarás as questões diante de Deus:
20. ensinar-lhes-ás suas ordens e suas leis, e lhes mostrarás o caminho a seguir e como terão de comportar-se.
21. Mas escolherás do meio do povo homens prudentes, tementes a Deus, íntegros, desinteressados, e os porás à frente do povo, como chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dezenas.
22. Eles julgarão o povo todo o tempo. Levarão a ti as causas importantes, mas resolverão por si mesmos as causas de menor importância. Assim aliviarão a tua carga, levando-a consigo.
23. Se fizeres isso, e Deus o ordenar, poderás dar conta do trabalho, e toda esta gente voltará em paz para suas habitações.
24. Moisés ouviu o conselho de seu sogro e fez tudo o que ele lhe tinha dito.
25. Escolheu em todo o Israel homens prudentes e os pôs à frente do povo como chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dezenas.
26. Eles julgavam o povo todo o tempo, levando diante de Moisés as questões difíceis e resolvendo por si mesmos os litígios menores.
27. Depois disso, Moisés despediu-se de seu sogro, e este voltou para sua terra.

 
Capítulo 19

1. No terceiro mês depois de sua saída do Egito, naquele dia, os israelitas entraram no deserto do Sinai.
2. Tendo partido de Rafidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Ali se estabeleceu Israel em frente ao monte.
3. Moisés subiu em direção a Deus, e o Senhor o chamou do alto da montanha nestes termos: “Eis o que dirás à família de Jacó, eis o que anunciarás aos filhos de Israel:
4. vistes o que fiz aos egípcios, e como vos tenho trazido sobre asas de águia para junto de mim.
5. Agora, pois, se obedecerdes à minha voz, e guardardes minha aliança, sereis o meu povo particular entre todos os povos. Toda a terra é minha,
6. mas vós me sereis um reino de sacerdotes e uma nação consagrada. Tais são as palavras que dirás aos israelitas.”
7. Veio Moisés e, convocando os anciãos do povo, comunicou-lhes as palavras que o Senhor lhe ordenara repetir.
8. E todo o povo respondeu a uma voz: “Faremos tudo o que o Senhor disse.” Moisés referiu ao Senhor as palavras do povo.
9. Então o Senhor lhe disse: “Eis que me vou aproximar de ti na obscuridade de uma nuvem, a fim de que o povo ouça quando eu te falar, e para que também confie em ti para sempre.” E Moisés referiu as palavras do povo ao Senhor,
10. o qual lhe disse: “Vai ter com o povo, e santifica-o hoje e amanhã. Que lavem as suas vestes
11. e estejam prontos para o terceiro dia, porque, depois de amanhã, o Senhor descerá à vista de todo o povo sobre o monte Sinai.
12. Fixarás ao redor limites ao povo, e dir-lhe-ás: guardai-vos de subir o monte ou de tocar a sua base! Se alguém tocar o monte, será morto.
13. Não se lhe tocará com a mão, mas ele será apedrejado ou perecerá pelas flechas: homem ou animal, não ficará vivo. Quando soar a trombeta, (somente então) subirão eles ao monte”.
14. Moisés desceu do monte para junto do povo e o santificou; e lavaram as suas vestes.
15. Em seguida, disse-lhes: “Estai prontos para depois de amanhã, não vos aproximeis de mulher alguma”.
16. Na manhã do terceiro dia, houve um estrondo de trovões e de relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e o som da trombeta soou com força. Toda a multidão que estava no acampamento tremia.
17. Moisés levou o povo para fora do acampamento ao encontro de Deus, e pararam ao pé do monte.
18. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor tinha descido sobre ele no meio de chamas; o fumo que subia do monte era como a fumaça de uma fornalha, e toda a montanha tremia com violência.
19. O som da trombeta soava ainda mais forte; Moisés falava e os trovões divinos respondiam-lhe.
20. O Senhor desceu sobre o cume do monte Sinai; e chamou Moisés ao cume do monte. Moisés subiu,
21. e o Senhor lhe disse: “Desce e proíbe expressamente o povo de precipitar-se para ver o Senhor, para que não morra um grande número deles.
22. Também os sacerdotes, que são autorizados e se aproximar do Senhor, santifiquem-se, para que o Senhor não os fira.”
23. Moisés respondeu ao Senhor: “O povo não poderia subir o monte Sinai, pois vós no-lo ordenastes expressamente, dizendo: fixa limites ao redor do monte, e declara-o sagrado.”
24. “Vai, disse-lhe o Senhor, desce. Subirás em seguida com Aarão; porém, não ultrapassem os limites os sacerdotes e o povo ao subir junto do Senhor, para não acontecer que ele os fira.”
25. Moisés desceu então ao povo e falou-lhe.

 
Capítulo 20

1. Então Deus pronunciou todas estas palavras:
2. “Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão.
3. Não terás outros deuses diante de minha face.
4. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra.
5. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam,
6. mas uso de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
7. “Não pronunciarás o nome de Javé, teu Deus, em prova de falsidade, porque o Senhor não deixa impune aquele que pronuncia o seu nome em favor do erro.
8. Lembra-te de santificar o dia de sábado.
9. Trabalharás durante seis dias, e farás toda a tua obra.
10. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o estrangeiro que está dentro de teus muros.
11. Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que contêm, e repousou no sétimo dia; e por isso. o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou.
12. Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus.
13. Não matarás.
14. Não cometerás adultério.
15. Não furtarás.
16. Não levantarás falso testemunho contra teu próximo.
17. Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence.”
18. Diante dos trovões, das chamas, da voz da trombeta e do monte que fumegava, o povo tremia e conservava-se à distância.
19. E disseram a Moisés: “Fala-nos tu mesmo, e te ouviremos; mas não nos fale Deus, para que não morramos.”
20. Moisés respondeu-lhes: “Não temais, porque é para vos provar que Deus veio e para que o seu temor, sempre presente aos vossos olhos, vos preserve de pecar”.
21. E o povo conservou-se à distância, enquanto Moisés se aproximava da nuvem onde se encontrava Deus.
22. O Senhor disse a Moisés: “Eis o que dirás aos israelitas: vistes que vos falei dos céus.
23. Não fareis deuses de prata, nem deuses de ouro para pôr ao meu lado.
24. Tu me levantarás um altar de terra, sobre o qual oferecerás teus holocaustos e teus sacrifícios pacíficos, tuas ovelhas e teus bois. Em todo lugar onde eu fizer recordar o meu nome, virei a ti para te abençoar.
25. Se me levantares um altar de pedra, não o construirás de pedras talhadas, pois levantando o cinzel sobre a pedra, tê-la-ás profanado.
26. Não subirás ao meu altar por degraus, para que se não descubra a tua nudez.”

 
Capítulo 21

1. “Estas são as leis que exporás (aos israelitas):
2. quando comprares um escravo hebreu, ele servirá seis anos; no sétimo sairá livre, sem pagar nada.
3. Se entrou sozinho, sozinho sairá; se tiver mulher, sua mulher partirá com ele.
4. Mas, se foi o seu senhor que lhe deu uma mulher, e esta deu à luz filhos e filhas, a mulher e seus filhos serão propriedade do senhor, e ele partirá sozinho.
5. Porém, se o escravo disser: ‘Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos; não quero ser alforriado’,
6. seu senhor o levará então diante de Deus e o fará aproximar-se do batente ou da ombreira da porta, e furar-lhe-á a orelha com uma sovela; desta sorte o escravo estará para sempre a seu serviço.
7. Se um homem tiver vendido sua filha para ser escrava, ela não sairá em liberdade nas mesmas condições que o escravo.
8. Se desagradar ao seu senhor, que a havia destinado para si, ele a fará resgatar; mas não poderá vendê-la a estrangeiros depois de lhe ter sido infiel.
9. Se a destinar ao seu filho, tratá-la-á segundo o direito das filhas.
10. Se tomar outra mulher, não diminuirá nada à primeira, quanto à alimentação, aos vestidos e ao direito conjugal.
11. Se lhe recusar uma destas três coisas, ela poderá partir livre, gratuitamente, sem pagar nada.”
12. “Aquele que ferir mortalmente um homem, será morto.
13. Porém, se nada premeditou, e Deus o fez cair em suas mãos, eu lhe fixarei um lugar onde possa refugiar-se.
14. Mas, se alguém, por maldade, armar ciladas para matar o seu próximo, tirá-lo-ás até mesmo do meu altar, para matá-lo.
15. Aquele que ferir seu pai ou sua mãe, será morto.
16. Aquele que furtar um homem, e o tiver vendido, ou se este for encontrado em suas mãos, será morto.
17. Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe, será punido de morte.
18. Quando, em uma contenda entre dois homens, um dos dois ferir o outro com uma pedra ou com o punho, sem matá-lo, mas o obrigar a ficar de cama,
19. aquele que feriu não será punido, se o outro se levantar e puder passear fora com seu bastão. Mas indenizá-lo-á pelo tempo que perdeu e os remédios que gastou.
20. Se um homem ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão, de modo que ele morra sob sua mão, será punido.
21. Se o escravo, porém, sobreviver um dia ou dois, não será punido, porque ele é propriedade do seu senhor.
22. Se homens brigarem, e acontecer que venham a ferir uma mulher grávida, e esta der à luz sem nenhum dano, eles serão passíveis de uma indenização imposta pelo marido da mulher, e que pagarão diante dos juízes.
23. Mas, se houver outros danos, urge dar vida por vida,
24. olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé,
25. queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.
26. Se um homem, ferindo seu escravo ou sua escrava, atinge-lhe o olho e o faz perdê-lo, deixá-lo-á ir livre em compensação de seu olho.
27. E, se lhe deitar fora um dente, deixá-lo-á ir livre em compensação do dente.
28. Se um boi ferir mortalmente um homem ou uma mulher com as pontas dos chifres, será apedrejado e não se comerá a sua carne; mas o dono do boi não será punido.
29. Porém, se o boi era já acostumado a dar chifradas, e o dono, tendo sido avisado, não o vigiou, o boi será apedrejado, se matar um homem ou uma mulher, e seu dono também morrerá.
30. Se, para resgatar sua vida, lhe for imposta uma quitação, ele deverá dar todo o preço que lhe tiver sido imposto.
31. Se o boi ferir um filho ou uma filha, aplicar-se-á a mesma lei.
32. Mas, se ferir um escravo ou uma escrava, pagar-se-á ao seu senhor trinta siclos de prata, e o boi será apedrejado.
33. Se alguém deixar uma cisterna aberta ou cavar uma sem cobri-la, e nela cair um boi ou um jumento, o proprietário da cisterna pagará uma indenização:
34. reembolsará em dinheiro o proprietário do animal morto, e este será seu.
35. Se o boi de alguém der uma chifrada no boi de um outro, e este vier a morrer, venderão o boi vivo e repartirão o valor: repartirão igualmente o boi morto.
36. Mas, se o boi era já acostumado a dar chifradas, seu dono, que não o vigiou, pagará boi por boi, e receberá o animal morto.”

 
Capítulo 22

1. “Se um homem furtar um boi ou um carneiro, e o matar ou vender, pagará cinco bois pelo boi, e quatro carneiros pelo carneiro.
2. (Se o ladrão, surpreendido de noite em flagrante delito de arrombamento, for ferido de morte, não haverá homicídio;
3. mas se o sol já se tiver levantado, haverá homicídio.) Ele fará a restituição: se não tiver nada, será vendido em compensação do seu roubo.
4. Se o que ele roubou, boi, jumento ou ovelha, estiver ainda vivo em suas mãos, restituirá o dobro.
5. Se um homem fizer estragos num campo ou numa vinha, ou deixar seus animais pastarem no campo de outro, compensará o dano com o melhor de seu campo e de sua vinha.
6. Se um fogo se acender, alastrar-se pelos espinheiros e consumir o trigo enfeixado ou de pé, ou então todo o campo, o autor do incêndio indenizará (os danos).
7. Se um homem confiar dinheiro ou objetos à guarda de outro, e estes forem roubados na casa deste último, o ladrão, uma vez descoberto, restituirá o dobro.
8. Se o ladrão não for descoberto, o dono da casa apresentar-se-á diante de Deus (para jurar) que ele não pôs a mão sobre os bens do seu próximo.
9. Em toda questão fraudulenta, quer se trate de um boi, de um jumento, de uma ovelha, de uma veste, quer se trate de qualquer outro objeto perdido, do qual se dirá: esta é a coisa, o litígio entre as duas partes irá diante de Deus, e aquele que Deus declarar culpado restituirá o dobro ao seu próximo.
10. Se um homem confiar à guarda de outro um boi, uma ovelha ou um animal qualquer, e este morrer, ou quebrar um membro, ou for roubado sem que haja testemunha,
11. o juramento do Senhor intervirá entre as duas partes para que se saiba se o responsável pela guarda do animal não pôs a mão sobre o bem do seu próximo. O proprietário aceitará esse juramento, sem que haja restituição.
12. Se o animal foi roubado de sua casa, ele indenizará o proprietário.
13. Se foi dilacerado (por uma fera), trá-la-á como testemunho e não terá de pagar pelo animal dilacerado.
14. Se um homem emprestar a outro um animal, e este quebrar um membro ou morrer na ausência do seu proprietário, terá de haver indenização.
15. Se o proprietário estiver presente, não haverá indenização. Se o animal tiver sido alugado, o preço do aluguel bastará.”
16. “Se um homem seduzir uma virgem que não é noiva, e dormir com ela, pagará o seu dote e a desposará.
17. Se o pai recusar ceder-lha, pagará em dinheiro o valor do dote das virgens.
18. Não deixarás viver uma feiticeira.
19. Quem tiver comércio com um animal, será morto.
20. Aquele que oferecer sacrifícios a outros deuses fora do Senhor, será votado ao interdito.
21. Não maltratarás o estrangeiro e não o oprimirás, porque foste estrangeiro no Egito.
22. Não prejudicareis a viúva e o órfão.
23. Se os prejudicardes, eles clamarão a mim e eu os ouvirei;
24. minha cólera se inflamará e vos farei perecer pela espada; vossas mulheres ficarão viúvas e vossos filhos, órfãos.
25. Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, ao pobre que está contigo, não lhe serás como um credor: não lhe exigirás juros.
26. Se tomares como penhor o manto de teu próximo, devolver-lho-ás antes do pôr-do-sol,
27. porque é a sua única cobertura, é a veste com que cobre sua nudez; com que dormirá ele? Se me invocasse, eu o ouviria, porque sou misericordioso.
28. Não amaldiçoarás Deus; não amaldiçoarás um príncipe de teu povo.
29. Não tardarás a oferecer-me as primícias de tua colheita e de tua vindima. Tu me darás o primogênito de teus filhos.
30. Da mesma forma, farás com o primogênito de tua vaca e de tua ovelha: ficará sete dias com sua mãe e no oitavo dia mo darás.
31. “Vós sereis para mim homens consagrados. Não comereis carne de um animal dilacerado no campo: jogá-lo-eis aos cães.

 
Capítulo 23

1. “Não levantarás um boato falso; não darás tua mão ao perverso para levantar um falso testemunho.
2. Não seguirás o mau exemplo da multidão. Não deporás num processo, metendo-te do lado da maioria de maneira a perverter a justiça.
3. Não favorecerás tampouco o pobre em seu processo.
4. Se encontrares o boi de teu inimigo ou o seu jumento desgarrado, tu lho reconduzirás.
5. Se vires o jumento de teu inimigo caindo sob a carga, guarda-te de passar adiante: ajuda-o a descarregar.
6. Não atentarás contra o direito do pobre em sua causa.
7. Abstém-te de toda palavra mentirosa. Não matarás o inocente e o justo, porque não absolverei o culpado.
8. Não aceitarás presentes, porque os presentes cegam aqueles que vêem claro, e perdem as causas justas.
9. Não oprimirás o estrangeiro, pois conheceis o que sente o estrangeiro, vós que o fostes no Egito.
10. “Durante seis anos, semearás a terra e recolherás o produto.
11. Mas, no sétimo ano, a deixarás repousar em alqueive; os pobres de teu povo comerão o seu produto, e os animais selvagens comerão o resto. Farás o mesmo com a tua vinha e o teu olival.
12. Durante seis dias, farás o teu trabalho, mas no sétimo descansarás, para que descansem o teu boi e o teu jumento, e respirem o filho de tua escrava e o estrangeiro.
13. Observareis tudo o que vos disse: não pronunciareis o nome de outros deuses, e não se o ouvirá sair de vossa boca.
14. Três vezes por ano celebrarás uma festa em minha honra.
15. Observarás a festa dos Ázimos: durante sete dias, no mês das espigas, como o fixei, comerás pães sem fermento (foi nesse mês que saíste do Egito). Não se apresentará ninguém diante de mim com as mãos vazias.
16. Depois haverá a festa da Ceifa, das primícias do teu trabalho, do que semeaste nos campos; e a festa da Colheita, no fim do ano, quando recolheres nos campos os frutos do teu trabalho.
17. Três vezes por ano, todo indivíduo do sexo masculino se apresentará diante do Senhor Javé.
18. Quando me sacrificares uma vítima, não oferecerás o seu sangue com pão fermentado; e a gordura de minha festa não será guardada a noite toda até a manhã do dia seguinte.
19. Trarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos primeiros produtos de tua terra. Não cozerás um cabrito no leite de sua mãe.”
20. “Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei.
21. Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas, pois ele não te perdoaria tua falta, porque meu nome está nele.
22. Mas, se lhe obedeceres pontualmente, se fizeres tudo o que eu te disser, serei o inimigo dos teus inimigos, e o adversário dos teus adversários.
23. Porque meu anjo marchará adiante de ti e te conduzirá entre os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os cananeus, os heveus e os jebuseus, que exterminarei.
24. Não adorarás os seus deuses, não lhes prestarás culto, imitando as práticas (desses povos), mas derrubarás os seus deuses e farás em pedaços as suas estelas.
25. Prestarás culto ao Senhor, teu Deus, que abençoará teu pão e tua água, e te preservarei da enfermidade.
26. Não haverá em tua terra nem mulher que aborta nem mulher estéril. Completarei o número dos teus dias.
27. Enviarei diante de ti o meu terror, e semearei o pânico em todos os povos entre os quais chegares e porei todos os teus inimigos em fuga diante de ti.
28. Mandarei vespas diante de ti que expulsarão para longe de tua face os heveus, os cananeus, os hiteus.
29. Não os expulsarei em um só ano, para que a terra não se torne um deserto e se multipliquem contra ti as feras do campo.
30. Expulsá-los-ei progressivamente diante de ti até que te tenhas multiplicado bastante para ocupar o país.
31. Os limites que te fixei vão do mar Vermelho ao mar dos filisteus, e desde o deserto até o Eufrates. Porque entregarei em tuas mãos os habitantes dessa terra, e expulsá-los-ei de diante de ti.
32. Não farás aliança nem com eles nem com seus deuses.
33. Eles não residirão na tua terra, para que não te façam pecar contra mim, e para que, prestando um culto aos seus deuses, não sejas preso no laço.”

 
Capítulo 24

1. Deus disse a Moisés: “Sobe para o Senhor, com Aarão, Nadab e Abiú e setenta anciãos de Israel, e prostrai-vos à distância.
2. Só Moisés se aproximará do Senhor, e não os outros, e o povo não subirá com ele.”
3. Moisés veio referir ao povo todas as palavras do Senhor, e todas as suas leis; e o povo inteiro respondeu a uma voz: “Faremos tudo o que o Senhor disse.”
4. E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte, de manhã, edificou um altar ao pé da montanha e levantou doze estelas para as doze tribos de Israel.
5. Enviou jovens dentre os israelitas, os quais ofereceram holocaustos e sacrifícios ao Senhor e imolaram touros em sacrifícios pacíficos.
6. Moisés tomou a metade do sangue para metê-lo em bacias, e derramou a outra metade sobre o altar.
7. Tomou o livro da aliança e o leu ao povo, que respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor disse e seremos obedientes.”
8. Moisés tomou o sangue para aspergir com ele o povo: “Eis, disse ele, o sangue da aliança que o Senhor fez convosco, conforme tudo o que foi dito.”
9. Moisés subiu, com Aarão, Nadab e Abiú, e setenta anciãos de Israel.
10. Eles viram o Deus de Israel. Sob os seus pés havia como um lajeado de safiras transparentes, tão límpido como o próprio céu.
11. Sobre os eleitos dos israelitas, Deus não estendeu a mão. Viram Deus, e depois comeram e beberam.
12. O Senhor disse a Moisés: “Sobe para mim no monte. Ficarás ali para que eu te dê as tábuas de pedra, a lei e as ordenações que escrevi para sua instrução.”
13. Moisés levantou-se com Josué, seu auxiliar, e subiu o monte de Deus.
14. E disse aos anciãos: “Esperai-nos aqui até que voltemos. Tendes convosco Aarão e Hur. Se alguém tiver um litígio, dirigir-se-á a eles.”
15. Moisés subiu ao monte. A nuvem cobriu o monte
16. e a glória do Senhor repousou sobre o monte Sinai, que ficou envolvido na nuvem durante seis dias. No sétimo dia, o Senhor chamou Moisés do seio da nuvem.
17. Aos olhos dos israelitas a glória do Senhor tinha o aspecto de um fogo consumidor sobre o cume do monte.
18. Moisés penetrou na nuvem e subiu a montanha. Ficou ali quarenta dias e quarenta noites.

 
Capítulo 25

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Dize aos israelitas que me façam uma oferta. Aceitareis essa oferenda de todo homem que a fizer de bom coração.
3. Eis o que aceitareis à guisa de oferta: ouro, prata, cobre,
4. púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino, peles de cabra,
5. peles de carneiro tintas de vermelho, peles de golfinho, madeira de acácia,
6. azeite para candeeiro, aromas para o óleo de unção e para os incensos odoríferos,
7. pedras de ônix e outras pedras para os cabochões do efod e do peitoral.
8. Far-me-ão um santuário e habitarei no meio deles.
9. Construireis o tabernáculo e todo o seu mobiliário exatamente segundo o modelo que vou mostrar-vos”.
10. “Farão uma arca de madeira de acácia; seu comprimento será de dois côvados e meio, sua largura de um côvado e meio, e sua altura de um côvado e meio.
11. Tu a recobrirás de ouro puro por dentro, e farás por fora, em volta dela, uma bordadura de ouro.
12. Fundirás para a arca quatro argolas de ouro, que porás nos seus quatro pés, duas de um lado e duas de outro.
13. Farás dois varais de madeira de acácia, revestidos de ouro,
14. que passarás nas argolas fixadas dos lados da arca, para se poder transportá-la.
15. Uma vez passados os varais nas argolas, delas não serão mais removidos.
16. Porás na arca o testemunho que eu te der.
17. Farás também uma tampa de ouro puro, cujo comprimento será de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio.
18. Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro,
19. fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa.
20. Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada.
21. Colocarás a tampa sobre a arca e porás dentro da arca o testemunho que eu te der.
22. Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.”
23. “Farás uma mesa de madeira de acácia, cujo comprimento será de dois côvados, a largura de um côvado e a altura de um côvado e meio.
24. Recobri-la-ás de ouro puro e farás em volta dela uma bordadura de ouro.
25. Farás em volta dela uma orla de um palmo de largura com uma bordadura de ouro corrente ao redor.
26. Farás para essa mesa quatro argolas de ouro, que fixarás nos quatro ângulos de seus pés.
27. Essas argolas, colocadas à altura da orla, receberão os varais destinados a transportar a mesa.
28. Farás, de madeira de acácia, varais revestidos de ouro, que servirão para o transporte da mesa.
29. Farás de ouro puro os seus pratos, seus incensários, seus copos e suas taças, que servirão para as libações.
30. Porás sobre essa mesa os pães da proposição, que ficarão constantemente diante de mim.”
31. “Farás um candelabro de ouro puro; e o farás de ouro batido, com o seu pedestal e sua haste: seus cálices, seus botões e suas flores formarão uma só peça com ele.
32. Seis braços sairão dos seus lados, três de um lado e três de outro.
33. Num braço haverá três cálices em forma de flor de amendoeira, com um botão e uma flor; noutro haverá três cálices em forma de flor de amendoeira, com um botão e uma flor e assim por diante para os seis braços do candelabro.
34. No próprio candelabro haverá quatro cálices em forma de flor de amendoeira, com seus botões e suas flores:
35. um botão sob os dois primeiros braços do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes e um botão sob os dois últimos: e assim será com os seis braços que saem do candelabro.
36. Esses botões e esses braços formarão um todo com o candelabro, tudo formando uma só peça de ouro puro batido.
37. Farás sete lâmpadas, que serão colocadas em cima, de maneira a alumiar a frente do candelabro.
38. Seus espevitadores e seus cinzeiros serão de ouro puro.
39. Empregar-se-á um talento de ouro puro para confeccionar o candelabro e seus acessórios.
40. Cuida para que se execute esse trabalho segundo o modelo que te mostrei no monte.”

 
Capítulo 26

1. “Farás o tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido de púrpura violeta, púrpura escarlate e de carmesim, sobre as quais alguns querubins serão artisticamente bordados.
2. Cada cortina terá vinte e oito côvados de comprimento e quatro côvados de largura: terão todas as mesmas dimensões.
3. Cinco dessas cortinas serão juntas uma à outra, e as cinco outras igualmente.
4. Na orla da cortina que está na extremidade do primeiro grupo, porás laços de púrpura violeta; farás a mesma coisa na orla da cortina que remata o segundo grupo.
5. Farás cinqüenta laços para a primeira cortina, e cinqüenta para a extremidade da última cortina do segundo grupo, de modo que se correspondam.
6. Farás também cinqüenta colchetes de ouro, com os quais juntarás as duas cortinas, a fim de que o tabernáculo forme um todo.
7. Farás também cortinas de peles de cabra para servirem de tenda sobre o tabernáculo: farás onze dessas cortinas.
8. O comprimento de uma dessas cortinas será de trinta côvados, e sua largura de quatro côvados. As onze cortinas terão todas as mesmas dimensões.
9. Juntarás de uma parte cinco dessas cortinas, e seis de outra parte, estando a sexta dobrada na parte dianteira da tenda.
10. Porás cinqüenta laços na orla de cada uma das duas cortinas que estão na extremidade de cada grupo.
11. Farás cinqüenta colchetes de bronze que introduzirás nos laços, e ajuntarás assim a tenda de modo que ela forme uma só peça.
12. E como essas cortinas terão um excedente de comprimento, o resto que sobrar cairá sobre o lado posterior do tabernáculo.
13. E o côvado excedente dos dois lados, no comprimento das cortinas da tenda, cairá sobre cada um dos dois lados do tabernáculo para cobri-lo.
14. Farás para a tenda uma cobertura de peles de carneiro, tingidas de vermelho, e por cima uma cobertura de peles de golfinho.
15. “Farás também para o tabernáculo tábuas de madeira de acácia, que serão colocadas verticalmente.
16. O comprimento de uma tábua será de dez côvados, e a largura de um côvado e meio.
17. Cada tábua terá dois encaixes, unidos um ao outro. Assim farás com todas as tábuas do tabernáculo.
18. Farás, pois, para o tabernáculo vinte tábuas para o lado meridional, ao sul.
19. Porás sob essas vinte tábuas quarenta suportes de prata, dois sob cada tábua, para os seus dois encaixes.
20. Para o segundo lado do tabernáculo, ao norte, farás vinte tábuas,
21. com quarenta suportes de prata, à razão de dois por tábua.
22. Para o fundo do tabernáculo, ao ocidente, farás seis tábuas.
23. Para os ângulos do tabernáculo, farás duas tábuas;
24. serão emparelhadas desde a base, formando juntas uma só peça até o cimo, na primeira argola. Assim se fará com as duas tábuas colocadas nos ângulos.
25. Haverá, pois, oito tábuas, com seus suportes de prata em número de dezesseis, dois sob cada tábua.
26. Farás depois cinco travessas de madeira de acácia para as tábuas de um dos lados do tabernáculo,
27. cinco para as tábuas do segundo lado, e cinco para as tábuas que estão do lado posterior do tabernáculo, ao ocidente.
28. A travessa central passará pelo meio das tábuas, de uma extremidade à outra.
29. Recobrirás de ouro essas tábuas, e pôr-lhes-ás argolas de ouro, por onde passarão as travessas que recobrirás também de ouro.
30. Levantarás o tabernáculo segundo o modelo que te foi mostrado sobre o monte.
31. Farás um véu de púrpura violeta, de púrpura escarlate, de carmesim e de linho retorcido, sobre o qual serão artisticamente bordados querubins.
32. Suspendê-lo-ás sobre quatro colunas de madeira de acácia revestidas de ouro, com pregos de ouro, sobre quatro pedestais de prata.
33. Colocarás o véu debaixo dos colchetes, e é ali, atrás do véu, que colocarás a arca da aliança. Esse véu servirá para separar o ‘santo’ do ‘santo dos santos’.
34. É no santo dos santos que colocarás a tampa sobre a arca da aliança.
35. Porás a mesa diante do véu, e o candelabro defronte da mesa, do lado meridional do tabernáculo; colocarás a mesa do lado norte.
36. Farás para a entrada da tenda um véu de púrpura violeta, de púrpura escarlate, de carmesim e de linho retorcido, artisticamente bordado.
37. E farás, para suspender aí esse véu, cinco colunas de acácia recobertas de ouro, munidas de colchetes de ouro; e para essas colunas fundirás cinco pedestais de bronze”.

 
Capítulo 27

1. “Farás o altar de madeira de acácia. Seu comprimento será de cinco côvados, sua largura de cinco côvados (será quadrado) e sua altura será de três côvados.
2. Porás em seus quatro ângulos chifres, que farão corpo com o altar; e o cobrirás de bronze.
3. Farás para esse altar cinzeiros, pás, bacias, garfos e braseiros: todos esses utensílios serão feitos de bronze.
4. Farás no altar uma grelha de bronze em forma de gelosia, e porás nos seus quatro cantos quatro argolas de bronze.
5. Colocá-la-ás embaixo, sob o rebordo saliente do altar, de modo que essa grelha se eleve até a metade da altura do altar.
6. Farás para o altar varais de madeira de acácia, revestidos de bronze.
7. Esses varais serão introduzidos nas argolas, e estarão de um e outro lado do altar, quando for transportado.
8. O altar será oco e de tábuas, segundo o modelo que te dei sobre o monte”.
9. “Farás o átrio para o tabernáculo. Do lado meridional, ao sul do átrio, haverá cortinas de linho fino retorcido, numa extensão de cem côvados,
10. e igualmente vinte colunas sobre vinte pedestais de bronze; os pregos das colunas, bem como suas vergas, serão de prata.
11. Também para o norte haverá cortinas, numa extensão de cem côvados, bem como vinte colunas com seus pedestais de bronze, sendo de prata os pregos das colunas e suas vergas.
12. Do lado do ocidente a largura do átrio comportará cinqüenta côvados de cortinas, com dez colunas e dez pedestais.
13. Na frente, do lado oriental, a largura do átrio será de cinqüenta côvados.
14. De um lado haverá quinze côvados de cortinas, com três colunas e três pedestais,
15. e de outro lado quinze côvados de cortinas, com três colunas e três pedestais.
16. Na porta do átrio haverá uma cortina bordada, de vinte côvados, em púrpura violeta e escarlate, em carmesim e em linho fino retorcido, com quatro colunas e quatro pedestais.
17. Todas as colunas que formam o recinto do átrio serão unidas por vergas de prata; seus pregos serão de prata e seus pedestais de bronze.
18. O comprimento do átrio será de cem côvados, sua largura de cinqüenta, e sua altura de cinco côvados; a cortina será de linho fino retorcido e os pedestais de bronze.
19. Todos os utensílios destinados ao serviço do tabernáculo, todas as suas estacas, como também as do átrio, serão de bronze.
20. Ordenarás aos israelitas que tragam para o candelabro, óleo puro de olivas esmagadas, a fim de manter acesa a lâmpada continuamente.
21. Na tenda de reunião, diante do véu que oculta a arca da aliança, Aarão e seus filhos prepararão esse óleo para que ele se queime desde a tarde até pela manhã em presença do Senhor. Essa é uma lei perpétua para os israelitas e suas gerações vindouras.”

 
Capítulo 28

1. “Faze vir junto de ti, do meio dos israelitas, teu irmão Aarão com seus filhos para me servirem no ofício sacerdotal: Aarão, Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar, filhos de Aarão.
2. Farás para teu irmão Aarão vestes sagradas em sinal de dignidade e de ornato.
3. Fala aos homens inteligentes a quem enchi do espírito de sabedoria, para que confeccionem as vestes de Aarão, de sorte que ele seja consagrado ao meu sacerdórcio.
4. Eis as vestes que deverão fazer: um peitoral, um efod, um manto, uma túnica bordada, um turbante e uma cintura. Tais são as vestes que farão para teu irmão Aarão e para os seus filhos, a fim de que sejam sacerdotes a meu serviço;
5. empregarão ouro, púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino.
6. O efod será feito de ouro, de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e de linho fino retorcido, artisticamente tecidos.
7. Nas duas extremidades, haverá duas alças, que o sustentarão.
8. O cinto que se passará sobre o efod para fixá-lo será feito do mesmo trabalho e fará com ele uma só peça: ouro, púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido.
9. Tomarás duas pedras de ônix e gravarás nelas o nome dos filhos de Israel:
10. seis nomes numa pedra, seis noutra, por ordem de idade.
11. Os nomes dos filhos de Israel, que gravarás nas duas pedras, serão à maneira de selos gravados por lapidadores; e as duas pedras serão encaixadas em filigranas de ouro.
12. Colocarás essas duas pedras nas alças do efod, em memória dos filhos de Israel, cujos nomes serão levados por Aarão nos seus dois ombros, à guisa de memória diante do Senhor.
13. Farás engastes de ouro
14. e duas correntinhas de ouro puro entrelaçadas em forma de cordões, que fixarás nos engastes.
15. Farás um peitoral de julgamento artisticamente trabalhado, do mesmo tecido que o efod: ouro, púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido.
16. Será quadrado, dobrado em dois, do comprimento de um palmo e de largura de um palmo.
17. Guarnecê-lo-ás com quatro fileiras de pedrarias. Primeira fileira: um sárdio, um topázio e uma esmeralda;
18. Segunda fileira: um rubi, uma safira, um diamante;
19. terceira fileira: uma opala, uma ágata e uma ametista;
20. quarta fileira: um crisólito, um ônix e um jaspe. Serão engastadas em uma filigrana de ouro.
21. E, correspondendo aos nomes dos filhos de Israel, serão em número de doze, e em cada uma será gravado o nome de uma das doze tribos, à maneira de um sinete.
22. Farás também para o peitoral correntinhas de ouro puro, entrelaçadas em forma de cordões.
23. Farás ainda para o peitoral dois anéis de ouro, que fixarás em suas extremidades.
24. Passarás os dois cordões de ouro nos dois anéis,
25. e prenderás as suas duas pontas nos dois colchetes, metendo-os nas duas alças do efod para o lado da frente.
26. Farás ainda dois anéis de ouro que fixarás nas duas extremidades do peitoral, na sua orla interior aplicada contra o efod.
27. E enfim dois outros anéis de ouro que fixarás na parte dianteira, por baixo das duas alças do efod, à altura da junção, na cintura do efod.
28. Prender-se-ão os anéis do peitoral aos do efod por meio de uma fita de púrpura violeta, a fim de que o peitoral se fixe sobre a cintura do efod, e assim não se separe dele.
29. Desse modo, entrando no santuário, Aarão levará sobre o seu coração os nomes dos filhos de Israel gravados sobre o peitoral de julgamento, como memorial perpétuo diante do Senhor.
30. No peitoral de julgamento porás o urim e o turim, para que estejam sobre o peito de Aarão quando ele se apresentar diante do Senhor. Assim Aarão levará constantemente sobre o seu coração, diante do Senhor, o julgamento dos israelitas.
31. Farás o manto do efod inteiramente de púrpura violeta.
32. Haverá no meio uma abertura para a cabeça, e em volta uma orla tecida, que será como a abertura de um corselete, para que não se rompa.
33. Em volta de toda a orla inferior, porás romãs de púrpura violeta e escarlate, assim como carmesim, entremeadas de campainhas de ouro:
34. uma campainha de ouro, uma romã, outra campainha de ouro, outra romã em todo o contorno da orla inferior do manto.
35. Aarão será revestido desse manto quando exercer suas funções, a fim de se ouvir o som das campainhas quando entrar no santuário, diante do Senhor, e quando sair, e para que não morra.
36. Farás uma lâmina de ouro puro na qual gravarás, como num sinete, Santidade a Javé
37. Prendê-la-ás com uma fita de púrpura violeta na frente do turbante.
38. Estará na fronte de Aarão, que levará assim a carga das faltas cometidas pelos israelitas, na ocasião de algumas santas ofertas que possam apresentar: estará continuamente na sua fronte, para que os israelitas sejam aceitos pelo Senhor.
39. Farás uma túnica de linho, um turbante de linho e uma cintura de bordado.
40. Farás túnicas para os filhos de Aarão, cinturas e tiaras, em sinal de dignidade e de ornato.
41. Revestirás desses ornamentos teu irmão Aarão e seus filhos e os ungirás, os empossarás e os consagrarás, a fim de que sejam sacerdotes a meu serviço.
42. Far-lhes-ás também, para cobrir a sua nudez, calções de linho que irão dos rins até as coxas.
43. Aarão e seus filhos os levarão quando entrarem na tenda de reunião, ou quando se aproximarem do altar para fazer o serviço do santuário, sob pena de incorrerem numa falta mortal. Esta é uma lei perpétua para Aarão e sua posteridade.”

 
Capítulo 29

1. “Eis como procederás para consagrá-los como sacerdotes a meu serviço.
2. Tomarás um novilho e dois carneiros sem defeito; pães sem fermento, bolos sem fermento amassados com azeite, bolachas sem fermento untada com azeite, tudo feito de flor de farinha de trigo.
3. Pô-los-ás em uma cesta e os oferecerás ao mesmo tempo que o novilho e os dois carneiros.
4. Farás aproximarem-se Aarão e seus filhos da entrada da tenda de reunião, e os submeterás a uma ablução.
5. Tomarás, em seguida, os ornamentos e revestirás Aarão com a túnica, o manto do efod, o efod e o peitoral, e lhe porás o cinto do efod.
6. Pôr-lhe-ás o turbante na cabeça, e sobre o turbante porás o diadema da santidade.
7. Tomarás o óleo de unção e o ungirás, derramando-o sobre a cabeça.
8. Mandarás aproximarem-se seus filhos e os revestirás de túnicas.
9. Cingi-los-ás com uma cintura, a Aarão e seus filhos, aos quais imporás tiaras. O sacerdócio lhes pertencerá em virtude de uma lei perpétua. Empossarás Aarão e seus filhos.
10. Levarás o novilho diante da tenda de reunião: Aarão e seus filhos imporão suas mãos sobre a sua cabeça.
11. E imolarás em presença do Senhor o novilho, na entrada da tenda de reunião.
12. Depois tomarás do sangue do novilho, e com o dedo o porás sobre os chifres do altar e derramarás o resto ao pé do altar.
13. Tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, a membrana do fígado, os dois rins e a gordura que os envolve, e queimarás tudo sobre o altar.
14. Mas a carne de touro, seu pêlo e seus excrementos, tu os queimarás fora do acampamento: é um sacrifício pelo pecado.
15. Tomarás um dos carneiros, e Aarão e seus filhos imporão suas mãos sobre sua cabeça.
16. Degolá-lo-ás e tomarás do seu sangue para derramá-lo em volta do altar.
17. Cortarás o carneiro em pedaços, e depois de ter lavado os intestinos e as pernas, pô-los-ás sobre os pedaços e sobre a cabeça;
18. e queimarás o carneiro todo sobre o altar. É um holocausto ao Senhor, um sacrifício de agradável odor consumido em honra do Senhor.
19. Tomarás, em seguida, o segundo carneiro, e Aarão e seus filhos imporão suas mãos sobre sua cabeça.
20. Degolá-lo-ás e tomarás do seu sangue para metê-lo na extremidade da orelha direita de Aarão e na extremidade da orelha direita de seus filhos, sobre os dedos polegares de suas mãos direitas e sobre os hálux de seus pés direitos. Depois derramarás o resto do sangue em volta do altar.
21. Aspergirás Aarão e suas vestes, e igualmente seus filhos e suas vestes, com o sangue tomado do altar e com o óleo de unção. Eles serão assim consagrados, ele e suas vestes, bem como seus filhos e suas vestes.
22. Tomarás tudo o que é gordura no carneiro, a cauda, a gordura que envolve as entranhas, a membrana do fígado, os dois rins e a gordura que os envolve, e a coxa direita, porque é um carneiro de inauguração.
23. Tomarás ainda, na cesta de pães sem fermento colocada diante do Senhor, um pão, um bolo e uma bolacha.
24. Meterás tudo isso nas palmas das mãos de Aarão e de seus filhos, e os oferecerás, agitando-os, como oblação diante do Senhor.
25. Tu os retomarás, em seguida, de suas mãos e os queimarás no altar sobre o holocausto. Este é um sacrifício de agradável odor apresentado ao Senhor, um sacrifício pelo fogo ao Senhor.
26. Tomarás o peito do carneiro de inauguração de Aarão e o oferecerás, agitando-o, como oblação diante do Senhor. Esta será a tua porção.
27. Consagrarás então o peito da oferta agitada e a perna da oferta reservada, todas as partes agitadas e reservadas do carneiro de inauguração que são destinadas a Aarão e seus filhos.
28. Este será um direito perpétuo devido a Aarão e seus filhos pelos israelitas; esta é uma oferta reservada – aquela que os israelitas terão de tomar de seus sacrifícios pacíficos –, uma reserva que devem ao Senhor.
29. Os ornamentos sagrados de Aarão servirão para seus filhos depois dele, que os vestirão quando se lhes der a unção e forem empossados.
30. Aquele dentre os seus filhos que for sumo sacerdote em seu lugar, e que penetrar na tenda de reunião para o serviço do santuário, os levará durante sete dias.
31. Tomarás o carneiro de inauguração e farás cozer a sua carne em um lugar santo.
32. Aarão e seus filhos comerão a sua carne e o pão que está na cesta à entrada da tenda de reunião.
33. Comerão o que tiver sido utilizado para a expiação quando de sua tomada de posse e sua consagração. Estrangeiro algum comerá deles, porque são coisas santas.
34. Se sobrar ainda da carne da vítima de inauguração ou do pão até o dia seguinte, queimarás o resto: não será comido, porque é uma coisa santa.
35. Quanto a Aarão e seus filhos, farás como te ordenei: empregarás sete dias em sua tomada de posse.
36. Cada dia imolarás um novilho em sacrifício expiatório pelo pecado; por esse sacrifício expiatório tirarás o pecado do altar, e far-lhe-ás uma unção para consagrá-lo.
37. A expiação do altar se fará durante sete dias; e consagrarás esse altar, que se tornará coisa santíssima, e tudo o que o tocar será consagrado.”
38. “Eis o que sacrificarás sobre o altar: dois cordeiros de um ano em cada dia, perpetuamente.
39. Oferecerás um desses cordeiros pela manhã e o outro entre as duas tardes.
40. Com o primeiro cordeiro oferecerás a décima parte de um efá de flor de farinha amassada com um quarto de hin de óleo de olivas esmagadas, e como libação um quarto de hin de vinho.
41. Entre as duas tardes oferecerás o segundo cordeiro, acompanhado de uma oferta e de uma libação semelhantes às da manhã. Este é um sacrifício de agradável odor consumido pelo fogo em honra do Senhor.
42. Este holocausto será perpétuo e será oferecido, em todas as gerações futuras, à entrada da tenda de reunião, diante do Senhor, onde virei a vós, para falar contigo.
43. É nesse lugar que darei entrevista aos filhos de Israel, e ele será consagrado pela minha glória.
44. Consagrarei a tenda de reunião e o altar; consagrarei igualmente Aarão e seus filhos, para que sejam sacerdotes a meu serviço.
45. Habitarei no meio dos israelitas e serei o seu Deus.
46. Saberão então que eu, o Senhor, sou o seu Deus que os tirou do Egito para habitar entre eles, eu, o Senhor seu Deus.”

 
Capítulo 30

1. “Construirás um altar para queimares sobre ele o incenso. Fá-lo-ás de madeira de acácia;
2. seu comprimento será de um côvado, e sua largura de um côvado; será quadrado e terá dois côvados de altura. Seus cornos farão corpo com ele.
3. Cobrirás de ouro puro a sua parte superior, os seus lados ao redor e os seus cornos; e lhe farás uma bordadura de ouro em volta.
4. Farás para ele duas argolas de ouro, abaixo da bordadura, dos dois lados. Colocarás essas argolas dos dois lados para receberem os varais que servirão ao seu transporte.
5. Farás os varais de madeira de acácia e recobri-los-ás de ouro.
6. Colocarás o altar diante do véu que oculta a arca da aliança, em frente do propiciatório que se encontra sobre a arca, no lugar onde virei a ti.
7. Aarão queimará sobre o altar incenso aromático a cada manhã,
8. quando preparar as lâmpadas; queimá-lo-á também entre as duas tardes, quando acender as lâmpadas. Haverá desse modo incenso diante do Senhor perpetuamente nas gerações futuras.
9. Não oferecereis sobre esse altar nem perfume profano, nem holocausto, nem oferta, e não derramareis sobre ele libação.
10. Uma vez por ano, Aarão fará a expiação sobre os cornos do altar. Com o sangue da vítima pelo pecado, fará a expiação uma vez por ano, em todas as gerações futuras. Esse altar será uma coisa santíssima, consagrada ao Senhor.”
11. O Senhor disse a Moisés:
12. “Quando fizeres os recenseamentos dos israelitas, cada um pagará ao Senhor o resgate de sua vida, para que esse alistamento não atraia sobre ele algum flagelo.
13. Cada um daqueles que forem recenseados pagará meio siclo (segundo o valor do siclo do santuário, que é de vinte gueras), meio siclo como contribuição devida ao Senhor.
14. Todo homem recenseado de vinte anos para cima pagará a contribuição devida ao Senhor.
15. O rico não dará mais e o pobre não dará menos de meio siclo para pagar a contribuição devida ao Senhor em resgate de vossas vidas.
16. Cobrarás dos israelitas o dinheiro do resgate, e o aplicarás ao serviço da tenda de reunião; ele será um memorial diante do Senhor, de como os israelitas asseguraram o resgate de suas vidas.”
17. O Senhor disse a Moisés:
18. “Farás uma bacia de bronze para as abluções, com um pedestal de bronze; colocá-la-ás entre a tenda de reunião e o altar, e deitarás água nela.
19. Aarão e seus filhos tirarão daí a água para lavar as mãos e os pés.
20. Quando entrarem na tenda de reunião, deverão lavar-se com essa água, para que não morram. Igualmente quando se aproximarem do altar para o serviço, para oferecer um sacrifício ao Senhor.
21. Lavarão os pés e as mãos, para que não morram. Essa será para eles, Aarão e sua posteridade, uma lei perpétua, de geração em geração.”
22. O Senhor disse a Moisés:
23. “Escolhe os mais preciosos aromas: quinhentos siclos de mirra virgem, a metade, ou seja, duzentos e cinqüenta siclos de cinamomo, duzentos e cinqüenta siclos de cana odorífera,
24. quinhentos siclos de cássia (segundo o siclo do santuário), e um hin de óleo de oliva.
25. Farás com tudo isso um óleo para a sagrada unção, uma mistura odorífera composta segundo a arte do perfumista. Tal será o óleo para a sagrada unção.
26. Ungirás com ele a tenda de reunião e a arca da aliança,
27. a mesa e seus acessórios, o candelabro e seus acessórios, o altar dos perfumes,
28. o altar dos holocaustos e todos os seus utensílios, e a bacia com seu pedestal.
29. Depois que os tiveres consagrado, eles tornar-se-ão objetos santíssimos, e tudo o que os tocar será consagrado.
30. Ungirás Aarão e seus filhos, e os consagrarás, para que me sirvam como sacerdotes.
31. Dirás então aos israelitas: este óleo vos servirá para a unção santa, de geração em geração.
32. Não se derramará dele sobre o corpo de homem algum; e não fareis outro com a mesma composição: é uma coisa sagrada, e deveis considerá-la como tal.
33. Se alguém fizer uma imitação, ou ungir com ele um estrangeiro, será cortado do meio de seu povo.”
34. O Senhor disse a Moisés: “Toma aromas: resina, casca odorífera, gálbano, aromas e incenso puro em partes iguais.
35. Farás com tudo isso um perfume para a incensação, composto segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo.
36. Depois de tê-lo reduzido a pó, pô-lo-ás diante da arca da aliança na tenda de reunião, lá onde virei ter contigo. Essa será para vós uma coisa santíssima.
37. Não fareis para vosso uso outro perfume da mesma composição: considerá-lo-ás como uma coisa consagrada ao Senhor.
38. Se alguém fizer uma imitação desse perfume para respirar o seu odor, será cortado do meio de seu povo.”

 
Capítulo 31

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Eis que chamei por seu nome Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá.
3. Eu o enchi do espírito divino para lhe dar sabedoria, inteligência e habilidade para toda sorte de obras:
4. invenções, trabalho de ouro, de prata, de bronze,
5. gravuras em pedras de engastes, trabalho em madeira e para executar toda sorte de obras.
6. Associei-lhe Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã. E dou a sabedoria ao coração de todos os homens inteligentes, a fim de que executem tudo o que te ordenei;
7. a tenda de reunião, a arca da aliança, a tampa que a recobre e todos os móveis da tenda;
8. a mesa e todos os seus acessórios, o candelabro de ouro puro e todos os seus acessórios, o altar dos perfumes,
9. o altar dos holocaustos, e todos os seus utensílios, a bacia com seu pedestal;
10. as vestes litúrgicas, os ornamentos sagrados para o sacerdote Aarão, as vestes de seus filhos para as funções sacerdotais;
11. o óleo de unção e o incenso perfumado para o santuário. Eles se conformarão em tudo às ordens que te dei.”
12. O Senhor disse a Moisés:
13. “Dize aos israelitas: observareis os meus sábados, porque este é um sinal perpétuo entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifico.
14. Guardareis o sábado, pois ele vos deve ser sagrado. Aquele que o violar será morto; quem fizer naquele dia uma obra qualquer será cortado do meio do seu povo.
15. Trabalhar-se-á durante seis dias, mas o sétimo dia será um dia de repouso completo consagrado ao Senhor. Se alguém trabalhar no dia de sábado será punido de morte.
16. Os israelitas guardarão o sábado, celebrando-o de idade em idade com um pacto perpétuo.
17. Este será um sinal perpétuo entre mim e os israelitas, porque o Senhor fez o céu e a terra em seis dias e no sétimo dia ele cessou de trabalhar e descansou.”
18. Tendo o Senhor acabado de falar a Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus.

 
Capítulo 32

1. Vendo que Moisés tardava a descer da montanha, o povo agrupou-se em volta de Aarão e disse-lhe: “Vamos: faze-nos um deus que marche à nossa frente, porque esse Moisés, que nos tirou do Egito, não sabemos o que é feito dele.”
2. Aarão respondeu-lhes: “Tirai os brincos de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas, e trazei-mos.”
3. Tiraram todos os brincos de ouro que tinham nas orelhas e trouxeram-nos a Aarão,
4. o qual, tomando-os em suas mãos, pôs o ouro em um molde e fez dele um bezerro de metal fundido. Então exclamaram: “Eis, ó Israel, o teu Deus que te tirou do Egito.”
5. Aarão, vendo isso, construiu um altar diante dele e exclamou: “Amanhã haverá uma festa em honra do Senhor.”
6. No dia seguinte pela manhã, ofereceram holocaustos e sacrifícios pacíficos. O povo assentou-se para comer e beber, e depois levantaram-se para se divertir.
7. O Senhor disse a Moisés: “Vai, desce, porque se corrompeu o povo que tiraste do Egito.
8. Desviaram-se depressa do caminho que lhes prescrevi; fizeram para si um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: eis, ó Israel, o teu Deus que te tirou do Egito.
9. Vejo, continuou o Senhor, que esse povo tem a cabeça dura.
10. Deixa, pois, que se acenda minha cólera contra eles e os reduzirei a nada; mas de ti farei uma grande nação.”
11. Moisés tentou aplacar o Senhor seu Deus, dizendo-lhe: “Por que, Senhor, se inflama a vossa ira contra o vosso povo que tirastes do Egito com o vosso poder e à força de vossa mão?
12. Não é bom que digam os egípcios: com um mau desígnio os levou, para matá-los nas montanhas e suprimi-los da face da terra! Aplaque-se vosso furor, e abandonai vossa decisão de fazer mal ao vosso povo.
13. Lembrai-vos de Abraão, de Isaac e de Israel, vossos servos, aos quais jurastes por vós mesmo de tornar sua posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e de dar aos seus descendentes essa terra de que falastes, como uma herança eterna.”
14. E o Senhor se arrependeu das ameaças que tinha proferido contra o seu povo.
15. Moisés desceu da montanha segurando nas mãos as duas tábuas da lei, que estavam escritas dos dois lados, sobre uma e outra face.
16. Eram obra de Deus, e a escritura nelas gravada era a escritura de Deus.
17. Ouvindo o barulho que o povo fazia com suas aclamações, Josué disse a Moisés: “Há gritos de guerra no acampamento!”
18. “Não, respondeu Moisés, não são gritos de vitória, nem gritos de derrota: o que ouço são cantos.”
19. Aproximando-se do acampamento, viu o bezerro e as danças. Sua cólera se inflamou, arrojou de suas mãos as tábuas e quebrou-as ao pé da montanha.
20. Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o até reduzi-lo a pó, que lançou na água e a deu de beber aos israelitas.
21. Moisés disse a Aarão: “Que te fez este povo para que tenhas atraído sobre ele um tão grande pecado?”
22. Aarão respondeu: “Não se irrite o meu senhor. Tu mesmo sabes o quanto este povo é inclinado ao mal.
23. Eles disseram-me: faze-nos um deus que marche à nossa frente, porque este Moisés, que nos tirou do Egito, não sabemos o que é feito dele.
24. Eu lhes disse: Todos aqueles que têm ouro, despojem-se dele! E mo entregaram: joguei-o ao fogo e saiu esse bezerro.”
25. Moisés viu que o povo estava desenfreado, porque Aarão tinha-lhe soltado as rédeas, expondo-o assim à mofa de seus adversários.
26. Pôs-se de pé à entrada do acampamento e exclamou: “Venham a mim todos aqueles que são pelo Senhor!” Todos os filhos de Levi se ajuntaram em torno dele.
27. Ele disse-lhes: “Eis o que diz o Senhor, o Deus de Israel: cada um de vós meta a espada sobre sua coxa. Passai e repassai através do acampamento, de uma porta à outra, e cada um de vós mate o seu irmão, seu amigo, seu parente!”
28. Os filhos de Levi fizeram o que ordenou Moisés, e cerca de três mil homens morreram naquele dia entre o povo.
29. Moisés disse: “Consagrai-vos desde hoje ao Senhor, porque cada um de vós, ao preço de seu filho e de seu irmão, tendes atraído sobre vós hoje uma bênção.”
30. No dia seguinte, Moisés disse ao povo: “Cometestes um grande pecado. Mas vou subir hoje ao Senhor; talvez obtenha o perdão de vossa culpa.”
31. Moisés voltou junto do Senhor e disse: “Oh, esse povo cometeu um grande pecado: fizeram para si um deus de ouro.
32. Rogo-vos que lhes perdoeis agora esse pecado! Senão, apagai-me do livro que escrevestes.”
33. O Senhor disse a Moisés: “Aquele que pecou contra mim, este apagarei do meu livro.
34. Vai agora e conduze o povo aonde eu te disse: meu anjo marchará diante de ti. Mas, no dia de minha visita, eu punirei seu pecado.”
35. Feriu o Senhor o povo, por ter arrastado Aarão a fabricar o bezerro.

 
Capítulo 33

1. O Senhor disse a Moisés: “Vai, parte daqui com o povo que tiraste do Egito; ide para a terra que prometi a Abraão, a Isaac e a Jacó, com o juramento de dá-la à sua posteridade.
2. Enviarei um anjo adiante de ti, e expulsarei os cananeus, os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus.
3. Ide para essa terra que mana leite e mel. Mas não subirei convosco, porque sois um povo de cabeça dura; eu vos aniquilaria em caminho.”
4. Ouvindo o povo estas duras palavras, pôs-se a chorar e cada um tirou os seus enfeites.
5. Então o Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas: vós sois um povo de cabeça dura; se eu viesse um só instante no meio de vós, eu vos aniquilaria. Arrancai, pois, todos os vossos enfeites e verei o que posso fazer por vós.”
6. Os israelitas despojaram-se de seus enfeites ao partir do monte Horeb.
7. Moisés foi levantar a tenda a alguma distância fora do acampamento. (E chamou-a tenda de reunião.) Quem queria consultar o Senhor, dirigia-se à tenda de reunião, fora do acampamento.
8. Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo mundo se levantava, cada um diante da entrada de sua tenda, para segui-lo com os olhos até que entrasse na tenda.
9. E logo que ele acabava de entrar, a coluna de nuvem descia e se punha à entrada da tenda, e o Senhor se entretinha com Moisés.
10. À vista da coluna de nuvem, todo o povo, em pé à entrada de suas tendas, se prostrava no mesmo lugar.
11. O Senhor se entretinha com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo. Voltava depois Moisés ao acampamento, mas seu ajudante, o jovem Josué, filho de Nun, não se apartava do interior da tenda.
12. Moisés disse ao Senhor: “Vós dizeis-me que faça subir o povo, mas não me fazeis saber quem haveis designado para acompanhar-me. E, entretanto, dissestes-me: ‘Conheço-te pelo teu nome’ e: ‘Tens todo o meu favor.’
13. Se é verdade que tenho todo o vosso favor, dai-me a conhecer os vossos desígnios, para que eu saiba que tenho todo o vosso favor; e considerai que esta nação é o vosso povo.”
14. O Senhor respondeu: “Minha face irá contigo, e serei o teu guia.”
15. “Se vossa face não vier conosco, disse Moisés, não nos façais partir deste lugar.
16. Por onde se saberá que temos todo o vosso favor, eu e o vosso povo? Porventura, não é necessário para isso justamente que marcheis conosco? É o que nos distinguirá, eu e o vosso povo, de todas as outras nações da terra.”
17. “O que pedes, replicou o Senhor, fá-lo-ei, porque tens todo o meu favor, e te conheço pelo teu nome.”
18. Moisés disse: “Mostrai-me vossa glória.”
19. E Deus respondeu: “Vou fazer passar diante de ti todo o meu esplendor, e pronunciarei diante de ti o nome de Javé. Dou a minha graça a quem quero, e uso de misericórdia com quem me apraz.
20. Mas, ajuntou o Senhor, não poderás ver a minha face, pois o homem não me poderia ver e continuar a viver.
21. Eis um lugar perto de mim, disse o Senhor; tu estarás sobre a rocha.
22. Quando minha glória passar, te porei na fenda da rocha e te cobrirei com a mão, até que eu tenha passado.
23. Retirarei depois a mão, e me verás por detrás. Quanto à minha face, ela não pode ser vista”.

 
Capítulo 34

1. O Senhor disse a Moisés: “Talha duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras: escreverei nelas as palavras que se encontravam nas primeiras tábuas que quebraste.
2. Estejas pronto pela manhã para subir ao monte Sinai. Apresentar-te-ás diante de mim no cume do monte.
3. Ninguém subirá contigo, e ninguém se mostre em parte alguma do monte: não haja nem mesmo ovelhas ou bois pastando em seus flancos.”
4. Moisés talhou, pois, duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras e, no dia seguinte, pela manhã, subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe havia ordenado, segurando nas mãos as duas tábuas de pedra.
5. O Senhor desceu na nuvem e esteve perto dele, pronunciando o nome de Javé.
6. O Senhor passou diante dele, exclamando: “Javé, Javé, Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade,
7. que conserva sua graça até mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a rebeldia e o pecado, mas não tem por inocente o culpado, porque castiga o pecado dos pais nos filhos e nos filhos de seus filhos, até a terceira e a quarta geração”.
8. Moisés inclinou-se incontinente até a terra e prostrou-se,
9. dizendo: “Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai nossas iniqüidades e nossos pecados, e aceitai-nos como propriedade vossa”.
10. O Senhor disse: “Vou fazer uma aliança contigo. Diante de todo o teu povo farei prodígios como nunca se viu em nenhum outro país, em nenhuma outra nação, a fim de que todo o povo que te cerca veja quão terríveis são as obras do Senhor, que faço por meio de ti.
11. Sê atento ao que te vou ordenar hoje. Vou expulsar diante de ti os amorreus, os cananeus, os hiteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus.
12. Guarda-te de fazer algum pacto com os habitantes da terra em que vais entrar, para que sua presença no meio de vós não se vos torne um laço.
13. Derrubareis os seus altares, quebrareis suas estelas e cortareis suas asserás.
14. Não adorarás nenhum outro deus, porque o Senhor, que se chama o zeloso, é um Deus zeloso.
15. Guarda-te de fazer algum pacto com os habitantes do país, pois, quando se prostituírem a seus deuses e lhes oferecerem sacrifícios, poderiam convidar-te e tu comerias de seus banquetes sagrados;
16. poderia acontecer também que tomasses entre suas filhas esposas para teus filhos, e essas mulheres que se prostituem a seus deuses, poderiam arrastar a isso também os teus filhos.
17. Não farás deuses de metal fundido.
18. Guardarás a festa dos Ázimos: como te prescrevi, no tempo fixado do mês das espigas (porque foi nesse mês que saíste do Egito) só comerás, durante sete dias, pães sem fermento.
19. Todo primogênito me pertence, assim como todo macho primogênito de teus rebanhos, tanto do gado maior como do menor.
20. Resgatarás com um cordeiro o primogênito do jumento; do contrário, quebrar-lhe-ás a nuca. Resgatarás sempre o primogênito de teus filhos; e não te apresentarás diante de minha face com as mãos vazias.
21. Trabalharás durante seis dias, mas descansarás no sétimo, mesmo quando for tempo de arar e de ceifar.
22. Celebrarás a festa das semanas, no tempo das primícias da ceifa do trigo, e a festa da colheita, no fim do ano.
23. Três vezes por ano, todos vossos varões se apresentarão diante do Senhor Javé, Deus de Israel.
24. Porque expulsarei as nações diante de ti, e alargarei tuas fronteiras, e ninguém cobiçará tua terra, enquanto subires três vezes por ano para te apresentares diante do Senhor teu Deus.
25. Quando sacrificares uma vítima, não oferecerás o seu sangue com pão fermentado. O animal sacrificado para a festa de Páscoa não será conservado até o dia seguinte.
26. Trarás à casa do Senhor teu Deus as primícias dos frutos de teu solo. “Não farás cozer um cabrito no leite de sua mãe.”
27. O Senhor disse a Moisés: “Escreve estas palavras, pois são elas a base da aliança que faço contigo e com Israel”.
28. Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras.
29. Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor.
30. E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele.
31. Mas ele os chamou, e Aarão com todos os chefes da assembléia voltaram para junto dele, e ele se entreteve com eles.
32. Aproximaram-se, em seguida, todos os israelitas, a quem ele transmitiu as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai.
33. Tendo Moisés acabado de falar, pôs um véu no seu rosto.
34. Mas, entrando Moisés diante do Senhor para falar com ele, tirava o véu até sair. E, saindo, transmitia aos israelitas as ordens recebidas.
35. Estes viam irradiar a pele de seu rosto; em seguida Moisés recolocava o véu no seu rosto até a próxima entrevista com o Senhor.

 
Capítulo 35

1. Moisés convocou toda a assembléia de Israel e disse-lhes: “Eis o que o Senhor ordenou:
2. Trabalharás durante seis dias, mas o sétimo será um dia de descanso completo consagrado ao Senhor. Todo o que trabalhar nesse dia será morto.
3. Não acendereis fogo em nenhuma de vossas casas nesse dia”.
4. Moisés disse a toda a assembléia dos israelitas: “Eis o que o Senhor ordenou:
5. Separai de entre vós uma oferta para o Senhor. Todo homem de coração reto trará esta oferta ao Senhor: ouro, prata, bronze,
6. púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino, pele de cabra,
7. peles de carneiro tingidas de vermelho, peles de golfinho, madeira de acácia,
8. óleo para o candelabro, aromas para o óleo de unção e para o incenso odorífero,
9. pedras de ônix e pedras de engaste para o efod e o peitoral.
10. Venham todos aqueles dentre vós que são hábeis, e executem tudo o que o Senhor ordenou:
11. o tabernáculo, sua tenda, sua coberta, suas argolas, suas tábuas, suas travessas, suas colunas e seus pedestais;
12. a arca e seus varais; a tampa e o véu de separação;
13. a mesa com seus varais, todos os seus utensílios e os pães da proposição;
14. o candelabro e seus acessórios, suas lâmpadas e o óleo para a iluminação,
15. o altar dos perfumes e seus varais; o óleo para a unção e o perfume para as incensações; o véu para a porta de entrada do tabernáculo;
16. o altar dos holocaustos, sua grelha de bronze, seus varais e todos os seus acessórios; a bacia com seu pedestal;
17. as cortinas do átrio, suas colunas, seus pedestais e a cortina da porta do átrio;
18. as estacas do tabernáculo, as estacas do átrio com suas cordas;
19. as vestes litúrgicas para o serviço do santuário, os ornamentos sagrados do sumo sacerdote Aarão, e as vestes de seus filhos para as funções sacerdotais.”
20. Toda a assembléia dos israelitas retirou-se de diante de Moisés.
21. E então todas as pessoas de boa vontade e de coração generoso vieram trazer as suas ofertas ao Senhor, para a construção da tenda de reunião, para o seu culto e para a confecção dos ornamentos sagrados.
22. Homens e mulheres, todos aqueles que tinham o coração generoso trouxeram brincos, arrecadas, anéis, colares, jóias de ouro de toda espécie, cada um apresentando a oferta de ouro que dedicava ao Senhor.
23. Todos os que tinham em sua casa púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino, pele de cabra, peles de carneiro tintas de vermelho e peles de golfinho, os trouxeram.
24. Todos os que puderam apresentar uma contribuição em prata ou em bronze, trouxeram-na ao Senhor. Todos os que tinham em sua casa madeira de acácia útil ao serviço do culto, a trouxeram.
25. Todas as mulheres habilidosas fiaram com as suas próprias mãos e trouxeram seu trabalho: púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino.
26. Todas as mulheres habilidosas que tinham o gosto de fiar os pêlos de cabra, fizeram-no.
27. Os chefes do povo trouxeram pedras de ônix e outras pedras de engaste para o efod e o peitoral;
28. aromas e óleo para o candelabro, óleo de unção e incenso perfumado.
29. Todos os israelitas, homens ou mulheres, impelidos pelo seu coração a contribuir para alguma das obras que o Senhor tinha ordenado pela boca de Moisés, trouxeram espontaneamente suas ofertas ao Senhor.
30. Moisés disse aos israelitas: “Vede: o Senhor designou Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá;
31. encheu-o de um espírito divino para dar-lhe sabedoria, inteligência e habilidade para toda sorte de obras:
32. invenções, trabalho em ouro, em prata e em bronze,
33. gravação de pedras de engaste, trabalho em madeira, execução de toda espécie de obras.
34. Concedeu-lhe também o dom de ensinar, assim como a Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã.
35. Dotou-os de talento para executar toda sorte de obras de escultura e de arte, de bordados em estofo de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e de linho fino, e para a execução assim como o projeto de toda espécie de trabalhos.”

 
Capítulo 36

1. Beseleel, Ooliab e todos os homens prudentes que o Senhor dotou de inteligência e habilidade, para saberem executar todos os trabalhos necessários ao serviço do santuário, conformaram-se inteiramente às instruções recebidas do Senhor.
2. Moisés chamou Beseleel, Ooliab e todos os homens prudentes que o Senhor tinha dotado de inteligência, todos os que eram impelidos pelo seu coração a empreender a execução desse trabalho.
3. Levaram todas as ofertas que os israelitas haviam trazido a Moisés para a execução dos trabalhos necessários ao serviço do santuário. E, como o povo continuasse, cada manhã, a trazer espontaneamente ofertas,
4. os homens prudentes que executavam os trabalhos do santuário deixaram cada um a obra que estava fazendo, e vieram dizer a Moisés:
5. “O povo traz muito mais do que é necessário para a execução do trabalho que o Senhor ordenou”.
6. Então, por ordem de Moisés, fez-se no acampamento esta proclamação: “Que ninguém, nem homem nem mulher, traga mais ofertas para o santuário”. Assim, o povo foi proibido de trazer mais.
7. O material trazido era mais que suficiente para tudo o que havia a fazer.
8. Os mais hábeis entre os operários construíram o tabernáculo: dez cortinas de linho fino retorcido, púrpura violeta e escarlate, e carmesim com querubins artisticamente bordados.
9. O comprimento de cada cortina era de vinte e oito côvados, sua largura de quatro côvados; e tinham todas as mesmas dimensões.
10. Juntaram as cortinas cinco por cinco.
11. Laços de púrpura violeta foram colocados na orla da cortina que rematava esses dois grupos.
12. Foram postos cinqüenta laços na primeira cortina, e cinqüenta na extremidade da última cortina do segundo grupo, situadas bem em face umas das outras.
13. As cortinas foram presas urnas às outras por meio de cinqüenta colchetes de ouro, de modo que o tabernáculo formou um todo.
14. Fizeram-se, em seguida, cortinas de peles de cabra, para formar uma tenda sobre o tabernáculo; foram feitas onze dessas cortinas.
15. O comprimento de uma delas era de trinta côvados, e sua largura de quarenta côvados; e tinham todas as mesmas dimensões.
16. Cinco dessas cortinas foram juntadas de um lado, e seis de outro.
17. Cinqüenta colchetes foram colocados na orla da última cortina de um desses grupos e cinqüenta na orla da última cortina do segundo.
18. Depois fizeram cinqüenta colchetes de bronze para unir as peças, de modo que a tenda formasse um só todo.
19. Foi feita a cobertura da tenda de peles de carneiros tintas de vermelho, sobre as quais se meteu uma cobertura de peles de golfinhos.
20. As tábuas do tabernáculo foram feitas de madeira de acácia, colocadas verticalmente.
21. As tábuas tinham dez côvados de comprimento e um côvado e meio de largura.
22. Cada tábua tinha dois encaixes ligados um ao outro: assim se fez com todas as tábuas do tabernáculo.
23. Fizeram para o lado meridional do tabernáculo, ao sul, vinte tábuas.
24. Meteram sob essas vinte tábuas quarenta suportes de prata, dois sob cada tábua, para seus dois encaixes.
25. Para o segundo lado do tabernáculo, ao norte, fizeram vinte tábuas,
26. com quarenta suportes de prata, à razão de dois por tábua.
27. Para o fundo do tabernáculo, ao ocidente, fizeram seis tábuas.
28. Para os ângulos do tabernáculo, ao fundo, fizeram duas tábuas.
29. Elas eram emparelhadas desde a base, formando juntas um só todo até o alto, na primeira argola. O mesmo se fez com as duas tábuas colocadas nos ângulos.
30. Havia, pois, oito tábuas com seus suportes de prata, em número de dezesseis, dois sob cada tábua.
31. Fizeram em seguida cinco travessas de madeira de acácia para as tábuas de um dos lados do tabernáculo,
32. cinco para as tábuas do segundo lado e cinco para as que estavam do lado posterior do tabernáculo, ao ocidente.
33. A travessa central estendia-se ao longo das tábuas, de uma extremidade à outra.
34. Recobriram de ouro essas tábuas e se lhes puseram argolas de ouro, pelas quais passaram as travessas, recobertas também elas de ouro.
35. Foi feito o véu de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e linho retorcido, onde foram bordados artisticamente alguns querubins.
36. Fizeram para ele quatro colunas de madeira de acácia revestidas de ouro, com pregos de ouro, e fundiram para elas quatro pedestais de prata.
37. Para a entrada da tenda foi feito o véu de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e linho retorcido, artisticamente bordado.
38. Fizeram, para suspender esse véu, cinco colunas munidas de ganchos; recobriram de ouro seus capitéis e suas vergas; seus cinco pedestais foram feitos de bronze.

 
Capítulo 37

1. Beseleel fez a arca de madeira de acácia; seu comprimento era de dois côvados e meio, sua largura de um côvado e meio, e sua altura de um côvado e meio.
2. Cobriu-a de ouro puro por dentro e fez-lhe por fora, ao redor, uma bordadura de ouro.
3. Fundiu para ela quatro argolas de ouro e pô-las nos seus quatro pés, duas de um lado e duas de outro.
4. Fez varais de madeira de acácia, revestidos de ouro,
5. que passou nas argolas colocadas dos lados da arca, para poder transportá-la.
6. Fez uma tampa de ouro puro, cujo comprimento era de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio.
7. Fez dois querubins de ouro, feitos de ouro batido, nas duas extremidades da tampa,
8. um de um lado, outro de outro, de maneira que faziam corpo com as duas extremidades da tampa.
9. Esses querubins, com as faces voltadas um para o outro, tinham as asas estendidas para o alto, e protegiam com elas a tampa para a qual tinham as faces inclinadas.
10. Fez a mesa de madeira de acácia; seu comprimento era de dois côvados, sua largura de um côvado e sua altura de um côvado e meio.
11. Recobriu-a de ouro puro e fez ao seu redor uma bordadura de ouro.
12. Cercou-a de uma orla de um palmo de largura, com uma bordadura de ouro corrente em toda a volta.
13. Fundiu para a mesa quatro argolas de ouro, que fixou aos quatro ângulos de seus pés.
14. Essas argolas, colocadas à altura da orla, eram destinadas a receber os varais que serviriam ao transporte da mesa.
15. Fez varais de madeira de acácia revestidos de ouro, para servir ao transporte da mesa.
16. Fez de ouro puro os utensílios que deviam ser colocados sobre a mesa: os vasos, as xícaras, os copos e as taças necessárias às libações.
17. Fez o candelabro de ouro puro, de ouro batido, com seu pé e sua haste: seus cálices, seus botões e suas flores formavam um todo com ele.
18. Seis braços saam de seus lados, três de um lado e três de outro.
19. Em um braço havia três cálices em forma de flor de amendoeira, com um botão e uma flor; na segunda haste havia três cálices, em forma de flor de amendoeira, com um botão e uma flor, e assim por diante para os seis braços que saíam do candelabro.
20. No próprio candelabro havia quatro cálices em forma de flor de amendoeira, com seus botões e suas flores:
21. um botão sob os dois primeiros braços que saíam do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos; e assim era com os seis braços que saíam do candelabro.
22. Esses botões e esses braços faziam corpo com o candelabro, formando o todo uma só peça de ouro puro batido.
23. Fez sete lâmpadas de ouro puro; e fez de ouro puro as suas espevitadeiras e os seus cinzeiros.
24. Empregou um talento de ouro puro na confecção do candelabro e seus acessórios.
25. Fez o altar dos perfumes de madeira de acácia. Seu comprimento foi de um côvado, e sua largura de um côvado; era quadrado e tinha dois côvados de altura; seus cornos faziam corpo com ele.
26. Cobriu de ouro puro a sua parte superior, os seus lados ao redor e os seus cornos; e pôs uma bordadura de ouro ao redor.
27. Fez para ele duas argolas de ouro, que foram colocadas abaixo da bordadura, dos dois lados, e serviriam para receber os dois varais destinados ao seu transporte.
28. Fez varais de madeira de acácia, revestidos de ouro,
29. e fez também o óleo para a unção santa e o perfume aromático, composto segundo a arte do perfumista.

 
Capítulo 38

1. Fez o altar dos holocaustos de madeira de acácia. Seu comprimento foi de cinco côvados, sua largura de cinco côvados (era quadrado), e sua altura de três côvados.
2. Em seus quatro ângulos pôs cornos, que faziam corpo com o altar; e cobriu-o de bronze.
3. Fez todos os utensílios do altar: os cinzeiros, as pás, as bacias, os garfos e os braseiros; tudo de bronze.
4. Fez no altar uma grelha de bronze em forma de gelosia, que colocou embaixo, sob o rebordo saliente do altar, até a metade de sua altura.
5. Para os quatro cantos da grelha de bronze, fundiu quatro argolas destinadas a receber os varais.
6. Fez os varais de madeira de acácia, revestidos de bronze.
7. Introduziu-os nas argolas ao longo do altar para poder transportá-lo. E fez o altar oco, de tábuas.
8. Fez a bacia de bronze e seu pedestal de bronze, com os espelhos das mulheres que faziam o serviço à entrada da tenda de reunião.
9. Depois fez o átrio. Do lado meridional, ao sul, fez cortinas de linho retorcido, numa extensão de cem côvados,
10. bem como vinte colunas sobre vinte pedestais de bronze; os pregos das colunas e suas vergas eram de prata.
11. Do lado norte, as cortinas tinham cem côvados de extensão, e havia vinte colunas com seus pedestais de bronze; os pregos das colunas e suas vergas eram de prata.
12. Do lado do ocidente, elas tinham cinqüenta côvados, com dez colunas e seus dez pedestais.
13. Pela frente, do lado oriental, cinqüenta côvados;
14. havia de um lado quinze côvados de cortina, com três colunas e três pedestais,
15. e do outro lado, isto é, de um e outro lado da porta do átrio, quinze côvados de cortinas com três colunas e três pedestais.
16. Todas as cortinas do recinto do átrio eram de linho retorcido.
17. Os pedestais das colunas eram de bronze, os pregos das colunas e suas vergas, de prata, e seus capitéis, recobertos de prata. Todas as colunas do átrio eram ligadas entre si por vergas de prata.
18. A cortina da porta do átrio era uma obra bordada, de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e linho retorcido; seu comprimento era de vinte côvados, e tinha cinco côvados de altura, segundo a largura das cortinas do átrio.
19. Suas quatro colunas e seus quatro pedestais eram de bronze, os pregos e as vergas, de prata, e seus capitéis, revestidos de prata.
20. Todas as estacas para o tabernáculo e para o recinto do átrio eram de bronze.
21. Eis a soma dos materiais utilizados para o tabernáculo, o tabernáculo do testemunho, soma feita por ordem de Moisés e aos cuidados dos levitas, sob a direção de Itamar, filho do sacerdote Aarão.
22. Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, fez tudo o que o Senhor tinha ordenado a Moisés,
23. com a ajuda de Ooliab, filho de Aquisamec, da tribo de Dã, perito em escultura, em invenções e em bordados de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e linho fino.
24. Total do ouro utilizado para todos os trabalhos do santuário: o ouro das ofertas subiu a vinte e nove talentos e setecentos e trinta siclos (siclo do santuário).
25. A prata recolhida dos membros da assembléia que foram recenseados elevou-se a cem talentos e mil setecentos e setenta e cinco siclos (siclo do santuário).
26. Isto vinha a ser uma beca por cabeça (ou seja, meio siclo, peso do santuário), de todos os que foram recenseados, da idade de vinte anos para cima, ou seja, de seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta homens.
27. Os cem talentos de prata serviram para fundir os suportes do santuário e os da cortina, cem pedestais para os cem talentos, ou seja, um talento por pedestal.
28. Com os mil setecentos e setenta e cinco siclos, fizeram-se os pregos para as colunas, o revestimento dos capitéis e as vergas de junção.
29. O bronze das ofertas subiu a setenta talentos e dois mil e quatrocentos siclos.
30. Com ele fizeram-se os pedestais colocados à entrada da tenda de reunião, o altar de bronze com sua grelha de bronze e todos os utensílios do altar,
31. os pedestais do recinto e da porta do átrio, todas as estacas do tabernáculo e todas as estacas do recinto do átrio.

 
Capítulo 39

1. Com a púrpura violeta, a púrpura escarlate e o carmesim, fizeram-se as vestes de cerimônia para o serviço do santuário, e os ornamentos sagrados para Aarão, como o Senhor havia ordenado a Moisés.
2. Fez-se o efod de ouro, de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e linho fino retorcido.
3. Reduziu-se o ouro a lâminas, e estas foram cortadas em fios para serem entrelaçados com a púrpura violeta e escarlate, o carmesim e o linho fino, fazendo disso um artístico bordado.
4. Fizeram-se alças que o uniam, e aos quais era preso pelas duas extremidades.
5. O cinto que passava sobre o efod, para prendê-lo, formava uma só peça com ele e era do mesmo trabalho: ouro, púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
6. Fizeram-se as pedras de ônix, engastadas em filigranas de ouro, nas quais foram gravados, à maneira de sinetes, os nomes dos filhos de Israel.
7. Colocaram-se nas alças do efod essas pedras para serem um memorial dos filhos de Israel, como o Senhor o tinha ordenado a Moisés.
8. Fez-se o peitoral, obra de arte como o efod, de ouro, púrpura violeta e escarlate, carmesim e linho fino retorcido. Era quadrado e dobrado em dois;
9. seu comprimento era de um palmo e sua largura de um palmo; e era duplo.
10. Adornou-se de quatro fileiras de pedras. Primeira fila: um sárdio, um topázio e uma esmeralda;
11. segunda fileira: um rubi, uma safira, um diamante;
12. terceira fileira: uma opala, uma ágata e uma ametista;
13. quarta fileira: um crisólito, um ônix e um jaspe. Elas estavam engastadas em filigranas de ouro.
14. E, correspondendo aos nomes dos filhos de Israel, eram em número de doze, e em cada uma estava gravado o nome de uma das doze tribos, à maneira de um sinete.
15. Fizeram-se umas correntinhas de ouro puro para o peitoral, entrelaçadas em forma de cordão,
16. e também dois engastes de ouro e duas argolas de ouro que se fixaram nas duas extremidades do peitoral.
17. Foram os dois cordões de ouro passados nas duas argolas, nas extremidades do peitoral,
18. e presas as duas pontas dos dois cordões aos dois engastes, pondo-os para o lado da frente nas duas alças do efod.
19. Fizeram-se ainda duas argolas de ouro que se fixaram às duas extremidades do peitoral, na orla interior que se aplica contra o efod.
20. E enfim duas outras argolas de ouro, que se fixaram na parte dianteira, por baixo das duas alças do efod, no lugar da junção, na cintura do efod.
21. Prenderam-se as argolas às do efod por meio de uma fita de púrpura violeta, a fim de fixar o peitoral na cintura do efod, de sorte que não pudesse separar-se dele. Foi assim que o Senhor tinha ordenado a Moisés.
22. Fez-se o manto do efod, tecido inteiramente de púrpura violeta.
23. Havia no meio uma abertura para a cabeça, como a de um corselete; a beirada estava protegida por uma orla, para que não se rompesse.
24. A orla inferior do manto foi adornada com romãs de púrpura violeta e escarlate, de carmesim e linho fino retorcido.
25. Fizeram-se campainhas de ouro puro que se colocaram entre as romãs em toda a orla inferior do manto:
26. uma campainha, uma romã, outra campainha, outra romã, em toda a orla inferior do manto, para o serviço, como o Senhor o tinha ordenado a Moisés.
27. Fizeram-se túnicas de linho, tecidas, para Aarão e seus filhos;
28. o turbante de linho, e as tiaras de linho à guisa de ornato; os calções de linho fino retorcido;
29. a cintura de linho retorcido, bordada de púrpura violeta, púrpura escarlate e carmesim, como o Senhor o tinha ordenado a Moisés.
30. Foi feita a lâmina de ouro puro, o diadema sagrado, onde foi gravado, como se grava um sinete: consagrado a Javé.
31. Prendeu-se com uma fita de púrpura violeta pela frente, na parte superior do turbante, como o Senhor havia ordenado a Moisés.
32. Assim foram terminados todos os trabalhos do tabernáculo, da tenda de reunião. Os israelitas tinham executado tudo em conformidade com as ordens dadas pelo Senhor a Moisés.
33. Apresentaram o tabernáculo a Moisés: a tenda e todo o seu mobiliário, seus colchetes, suas tábuas, suas travessas, suas colunas, seus pedestais;
34. a coberta de peles de carneiro tintas de vermelho, a coberta de peles de golfinho, o véu de separação,
35. a arca da aliança com seus varais e sua tampa;
36. a mesa com todos os seus utensílios e os pães da proposição;
37. o candelabro de ouro puro, suas lâmpadas, as lâmpadas que se deviam dispor nele, todos os seus acessórios e o óleo para o candelabro;
38. o altar de ouro, o óleo de unção, o perfume aromático e a cortina da entrada da tenda;
39. o altar de bronze, sua grelha de bronze, seus varais e todos os seus utensílios; a bacia com seu pedestal; as cortinas do átrio, suas colunas, seus pedestais, a cortina da porta do átrio,
40. seus cordões e suas estacas e todos os utensílios necessários ao culto do tabernáculo para a tenda de reunião;
41. as vestes litúrgicas para o serviço do santuário, os ornamentos sagrados para o sacerdote Aarão e as vestes de seus filhos para as funções sacerdotais.
42. Os israelitas tinham executado toda essa obra conformando-se exatamente às ordens dadas pelo Senhor a Moisés.
43. Moisés examinou todo o trabalho, e averiguou que ele tinha sido executado segundo as ordens do Senhor. E Moisés os abençoou.

 
Capítulo 40

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “No primeiro dia do primeiro mês, levantarás o tabernáculo, a tenda de reunião.
3. Porás nele a arca da aliança e a ocultarás com o véu.
4. Trarás a mesa e disporás nela as coisas que devem estar sobre ela. Trarás o candelabro e porás nele suas lâmpadas.
5. Colocarás o altar de ouro para o perfume diante da arca da aliança e pendurarás o véu à entrada do tabernáculo.
6. Colocarás o altar dos holocaustos diante da entrada do tabernáculo, da tenda de reunião.
7. Colocarás a bacia entre a tenda de reunião e o altar, e porás água nela.
8. Farás o recinto do átrio e disporás a cortina à entrada do átrio.
9. Tomarás o óleo de unção e ungirás com ele o tabernáculo com tudo o que ele contém; consagrá-lo-ás com todo o seu mobiliário, para que ele se torne uma coisa santa.
10. Ungirás o altar dos holocaustos e todos os seus utensílios; em virtude de tua consagração, o altar se tornará uma coisa santíssima.
11. Ungirás a bacia com seu pedestal, e a consagrarás.
12. Farás em seguida aproximarem-se Aarão e seus filhos da entrada da tenda de reunião, onde os lavarás com água.
13. Revestirás Aarão com os ornamentos sagrados; ungi-lo-ás e o consagrarás, e ele será sacerdote a meu serviço.
14. Farás aproximarem-se seus filhos e, depois de os teres revestido de túnicas,
15. tu os ungirás como o fizeste com seu pai; e serão sacerdotes a meu serviço. Essa unção lhes conferirá o sacerdócio para sempre, de geração em geração.”
16. Moisés fez tudo o que o Senhor lhe havia mandado, e se conformou a tudo.
17. Assim, no segundo ano, no primeiro dia do primeiro mês, o tabernáculo foi erigido.
18. Moisés levantou o tabernáculo: pôs suas bases, suas tábuas, suas travessas, e assentou suas colunas.
19. Estendeu a tenda sobre o tabernáculo, e pôs a coberta da tenda por cima, como o Senhor lhe tinha ordenado.
20. Tomou o testemunho e colocou-o na arca; meteu os varais na arca, e colocou nela a tampa.
21. Introduziu a arca no tabernáculo; e, tendo pendurado o véu de separação, cobriu com ele a arca da aliança, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
22. Colocou a mesa na tenda de reunião, do lado norte do tabernáculo, diante da cortina;
23. e dispôs nela em ordem os pães diante do Senhor, como o Senhor lhe tinha ordenado.
24. Pôs o candelabro na tenda de reunião, diante da mesa, do lado sul do tabernáculo,
25. e dispôs nele as lâmpadas diante do Senhor, como o Senhor lhe tinha ordenado.
26. Colocou o altar de ouro na tenda de reunião, diante do véu,
27. e queimou nele o incenso, como o Senhor lhe tinha ordenado.
28. Colocou a cortina à entrada do tabernáculo.
29. Colocou o altar dos holocaustos à entrada do tabernáculo, da tenda de reunião, e ofereceu sobre ele o holocausto e a oblação, como o Senhor lhe tinha ordenado.
30. Colocou a bacia entre a tenda de reunião e o altar, e pôs nela a água para as abluções.
31. Moisés, Aarão e seus filhos lavaram aí as mãos e os pés.
32. Quando entravam na tenda de reunião e se aproximavam do altar, faziam suas abluções, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
33. Enfim, fez o recinto do átrio em torno do tabernáculo e do altar e colocou a cortina na porta do átrio. Assim terminou Moisés a sua tarefa.
34. Então a nuvem cobriu a tenda de reunião e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.
35. E era impossível a Moisés entrar na tenda de reunião, porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
36. Durante todo o curso de suas peregrinações, os israelitas se punham a caminho quando se elevava a nuvem que estava sobre o tabernáculo;
37. do contrário, eles não partiam até o dia em que ela se elevasse.
38. E, enquanto duraram as suas peregrinações, a nuvem do Senhor pairou sobre o tabernáculo durante o dia; e, durante a noite, havia um fogo na nuvem, que era visível a todos os israelitas.

 

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