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14/06 – Fernando de Portugal (virgem e márts.) e Iolanda da Polonia (Bem-aventurada)

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Fernando de Portugal (virgem e márts.)

Chamado também o “infante santo”, “o príncipe perfeito” e “o abanderado” (porta-estante), nasceu em Santarém em 29-9-1402, filho do rei de Portugal D. João I e Filipa de Lancaster que educou muito piamente. Muito austero consigo mesmo, teve um delicado senso da justiça social unido ao uma grande compaixão para com os escravos, os navegantes e os doentes, que socorria com abundantes esmolas. Conservou-se sempre casto, recusando casamentos. Foi obrigado pelos irmãos a aceitar o título de Grão-mestre da ordem monástica-militar de Avis, conferido a ele pelo papa Eugênio IV em 1434, mas recusou humildemente o cardinalato que lhe foi oferecido pelo mesmo papa. O fato mais famoso de sua vida deu-se no dia 22 de agosto de 1437. Em estado de febre, partiu juntamente com o irmão Henrique, o navegador, a frente de um exército de 7mil homens para conquistar Tânger, mas no mês de outubro foram obrigados a suspender o cerco da cidade e aceitar as condições impostas pelos mouros, entre as quais a promessa de restituição da cidade de Ceuta. Fernando e 12 homens ficaram como reféns. Fernando foi levado a Tânger para Arzila, onde ficou 7 meses.

Com a recusa das cortes portuguesas de restituir Ceuta em maio de 1438, foi transferido para Fez, onde foi reduzido à condição de escravo e como tal obrigado a trabalhar duramente. As tratativas para a sua libertação foram todas inúteis pelas exigências exorbitantes feitas pelo sultão de Fez. Debilitado pelas privações, foi acometido por violenta desinteria, devido as péssimas condições de higiene em que era obrigado a viver. Foi confortado pelos últimos sacramentos, que permitiram que lhe administrassem e morreu rapidamente no dia 15 de junho de 1443, em êxtase por visões celestes que teve. O seu corpo teve as entranhas extirpadas e foi dependurado nos muros da cidade de cabeça para baixo. Apenas o seu coração foi levado para Portugal. Anos depois permitiram que seu corpo fosse levado para Portugal e foi sepultado no mosteiro da Batalha.

iolanda-da-polonia-bem-aventuradaIolanda da Polonia (Bem-aventurada)

Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos súditos poloneses, nasceu no ano de 1235, era filha de Bela IV, rei da Hungria, que era terciário franciscano, e irmã da bem-aventurada Cunegundes. Além disso, era sobrinha de Santa Isabel da Hungria, também da Ordem Terceira. Aliás, a tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus primórdios, pois a família descendia de Santa Edwiges, Santo Estêvão e São Ladislau.

Porém é claro que Iolanda não se tornou Santa só porque vinha de toda esta tradição extremamente católica e repleta de Santos. Não basta ter o caminho da fé apontado para se entrar nele. É preciso que todo o ser o aceite e o corpo se disponha a caminhar por uma trilha de entrega total e muito árdua, como ela o fez.

Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se casara então com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, “o Casto”. Por tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar com alguém da terra e, anos depois, escolheu outro Boleslau, o Duque de Kalisz, conhecido como “o Pio”. Foi uma época de muita alegria para o povo polonês, que viu nas duas estrangeiras, pessoas profundamente bondosas, cristãs, justas e caridosas. Pena que tenha sido uma época não muito longa, pois alguns anos depois o quarteto foi desmanchado pela fatalidade.

Primeiro morreu o rei, ficando Cunegundes viúva. Logo o mesmo aconteceu com Iolanda. Ela já tinha então três filhas, das quais duas se casaram e uma terceira retirou-se para o convento das clarissas de Sandeck, onde já se encontrava Cunegundes. As duas logo seriam seguidas por Iolanda.

Muitos anos se passaram e as três damas cristãs continuavam naquele lugar, fazendo do silêncio do claustro o terreno para um fecundo período de meditação e oração. Quando morreu Cunegundes, em 1292, Iolanda deixou aquele mosteiro e foi mais para o ocidente, ao convento das clarissas de Gniezno, fundado por seu marido. Ali terminou seus dias como superiora, no dia 14 de junho de 1298.

Amada pela população, seu culto ganhou força entre os fiéis do Leste Europeu e se difundiu por todo o mundo católico, ao longo dos tempos. Seu túmulo tornou-se meta de romeiros, pelos milagres e graças atribuídos à sua intercessão. Em 1827, o Papa Urbano VIII autorizou a beatificação e marcou a festa litúrgica para o dia do seu trânsito.

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