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Levítico

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Levítico

 Capítulo 1

1. O Senhor chamou Moisés e falou-lhe da tenda de reunião:
2. “Fala, disse-lhe ele, aos israelitas. Dize-lhes: Quando um de vós fizer uma oferta ao Senhor, será dentre o gado maior ou menor que oferecereis.
3. Se a oferta for um holocausto tirado do gado maior, oferecerá um macho sem defeito; e o oferecerá à entrada da tenda de reunião para obter o favor do Senhor.
4. Porá a mão sobre a cabeça da vítima, que será aceita em seu favor para lhe servir de expiação.
5. Imolar-se-á o novilho diante do Senhor, e os sacerdotes, filhos de Aarão, oferecerão o sangue e o derramarão ao redor sobre o altar que está à entrada da tenda de reunião.
6. Tirar-se-á a pele da vítima, e esta será cortada em pedaços.
7. Os filhos do sacerdote Aarão porão fogo no altar, e empilharão a lenha sobre ele,
8. dispondo, em seguida, por cima da lenha, os pedaços, a cabeça e a gordura.
9. Lavar-se-ão com água as entranhas e as pernas, e o sacerdote queimará tudo sobre o altar. Este é um holocausto, um sacrifício consumido pelo fogo, de odor agradável ao Senhor.
10. Se a sua oferta for um holocausto tirado do gado menor, dos cordeiros ou das cabras, oferecerá um macho sem defeito.
11. Imolá-lo-ás do lado norte do altar, diante do Senhor, e os sacerdotes, filhos de Aarão, derramarão o seu sangue em redor do altar.
12. A vítima será, em seguida, cortada em pedaços, com a cabeça e a gordura, que o sacerdote disporá sobre a lenha colocada no fogo do altar.
13. As entranhas e as pernas serão lavadas com água, e, em seguida, o sacerdote oferecerá tudo isso, queimando-o no altar. Este é um holocausto, um sacrifício consumido pelo fogo, de odor agradável ao Senhor.
14. Se a sua oferta ao Senhor for um holocausto tirado dentre as aves, oferecerá rolas ou pombinhos.
15. O sacerdote meterá a ave sobre o altar, lhe destroncará a cabeça e a queimará no altar, depois de haver espremido o seu sangue contra a parede do altar.
16. Tirará o papo com as penas e os jogará perto do altar, para o oriente, no lugar onde se põem as cinzas.
17. Abrirá em seguida a ave à altura das asas, sem as desprender, e a queimará no altar, em cima da lenha que está no fogo. Este é um holocausto, um sacrifício consumido pelo fogo, de odor agradável ao Senhor.”

 
Capítulo 2

1. “Quando alguém apresentar ao Senhor uma oblação como oferta, a sua oblação será de flor de farinha; derramará sobre ela azeite, ajuntando também incenso.
2. E levá-la-á ao sacerdote, filho de Aarão, o qual tomará um punhado de flor de farinha com azeite, e todo o incenso, e a queimará no altar como um memorial. Este é um sacrifício consumido pelo fogo, de agradável odor ao Senhor.
3. O que sobrar da oblação será para Aarão e seus filhos; isto é, o que há de mais santo entre os sacrifícios feitos pelo fogo ao Senhor.
4. Quando ofereceres uma oblação de coisa cozida no forno, farás bolos de flor de farinha sem fermento, amassados com azeite, e bolachas sem fermento, untadas com azeite.
5. Se a oblação que ofereces for algo cozido na frigideira, que seja flor de farinha amassada com azeite, sem fermento.
6. Cortá-la-ás em pedaços e derramarás azeite por cima: isto é uma oblação.
7. Se a oblação que ofereces for cozida na grelha, deverá ser flor de farinha com azeite.
8. Trarás ao Senhor a oblação assim preparada, e a entregarás ao sacerdote, que a colocará no altar.
9. Ele separará da oblação o que deverá ser oferecido como memorial, e o queimará no altar. Este é um sacrifício consumido pelo fogo, de agradável odor ao Senhor.
10. O que sobrar da oblação será para Aarão e seus filhos; isto é o que há de mais santo entre os sacrifícios feitos pelo fogo ao Senhor.
11. Toda oblação que oferecerdes ao Senhor deverá ser preparada sem fermento: não queimareis nada que contenha fermento ou mel em sacrifício feito pelo fogo ao Senhor.
12. Podereis oferecê-lo ao Senhor como oferta de primícias, mas não será colocado no altar como oferta de agradável odor.
13. Salgarás todas as tuas oblações; não deixarás faltar à tua oferta o sal da aliança de teu Deus. Porás, pois, sal em todas as tuas ofertas.
14. Se fizeres ao Senhor uma oferta de primícias, oferecerás espigas tostadas ao fogo, grão tenro moído como oblação de tuas primícias.
15. Derramarás azeite por cima, ajuntando também o incenso; esta é uma oblação.
16. O sacerdote queimará como memorial uma parte do grão moído e do azeite com todo o incenso. Este é um sacrifício feito pelo fogo ao Senhor.”

 
Capítulo 3

1. “Quando alguém oferecer um sacrifício pacífico, e quiser oferecer gado, macho ou fêmea, oferecerá um que seja sem defeito ao Senhor.
2. Ele porá a mão sobre a cabeça da vítima, e a imolará à entrada da tenda de reunião; e os sacerdotes, filhos de Aarão, aspergirão com seu sangue as paredes do altar ao redor.
3. Deste sacrifício pacífico, oferecerá, à guisa de sacrifício pelo fogo ao Senhor, a gordura que envolve as entranhas e que está aderida a elas,
4. os dois rins com a gordura que os envolve na região lombar e a pele que recobre o fígado, a qual será desprendida de junto dos rins.
5. Os filhos de Aarão queimarão isso no altar, por cima do holocausto colocado sobre a lenha que está no fogo. Este é um sacrifício consumido pelo fogo, de agradável odor ao Senhor.
6. Se oferecer do gado menor ao Senhor, como sacrifício pacífico, macho ou fêmea, oferecerá um que seja sem defeito.
7. Se oferecer um cordeiro, apresentá-lo-á diante do Senhor,
8. porá a mão sobre a cabeça da vítima e a imolará diante da tenda de reunião; em seguida, os filhos de Aarão derramarão o seu sangue em toda a volta do altar.
9. Deste sacrifício pacífico oferecerá, à guisa de sacrifício pelo fogo ao Senhor, a gordura, a cauda inteira cortada rente à espinha, a gordura que envolve as entranhas e que se acha aderida a elas,
10. os dois rins com a gordura que os envolve na região lombar e a pele que recobre o fígado, a qual será desprendida de junto dos rins.
11. O sacerdote queimará isso no altar; este é o alimento de um sacrifício feito pelo fogo ao Senhor.
12. Se sua oferta for uma cabra, apresentá-la-á diante do Senhor,
13. porá a mão sobre sua cabeça e a imolará diante da tenda de reunião; e os filhos de Aarão derramarão o seu sangue sobre toda a volta do altar.
14. Desta oferta oferecerá, à guisa de sacrifício feito pelo fogo ao Senhor, a gordura que envolve as entranhas e que se acha aderida a elas,
15. os dois rins com a gordura que os recobre na região lombar, e a pele que recobre o fígado, a qual será desprendida de junto dos rins.
16. O sacerdote os queimará sobre o altar; este é o alimento de um sacrifício oferecido pelo fogo, de agradável odor. Toda a gordura pertence ao Senhor.
17. Essa é uma lei perpétua para vossos descendentes, onde quer que habiteis: não comereis gordura nem sangue.”

 
Capítulo 4

1. O Senhor disse a Moisés: “Fala aos israelitas. Dize-lhes:
2. quando um homem tiver pecado involuntariamente contra uma prescrição do Senhor, fazendo uma das coisas que e proibiu;
3. se aquele que tiver pecado for um sacerdote ungido, de maneira que o povo se torne culpado, oferecerá ao Senhor por sua transgressão um novilho sem defeito como sacrifício de expiação.
4. Levará o novilho diante do Senhor, à entrada da tenda de reunião, porá a mão sobre a cabeça do touro e o imolará diante do Senhor.
5. O sacerdote ungido tomará o sangue do touro e o levará à tenda de reunião;
6. mergulhará o seu dedo no sangue e fará sete aspersões diante do Senhor, diante do véu do santuário.
7. Em seguida, porá o sangue nos cornos do altar dos perfumes aromáticos que está diante do Senhor na tenda de reunião; e derramará o resto do sangue do touro ao pé do altar dos holocaustos que está à entrada da tenda de reunião.
8. Tirará a gordura do touro imolado pelo pecado, tanto a que envolve as entranhas como a que adere a elas,
9. os dois rins com a gordura que os envolve na região lombar, e a pele que recobre o fígado, a qual será desprendida de junto dos rins.
10. Fará como se faz com o touro do sacrifício pacífico, e queimará tudo isso no altar dos holocaustos.
11. Mas o couro do touro, sua carne, com sua cabeça, suas pernas, suas entranhas e seus excrementos, enfim, todo o touro,
12. o levará para fora do acampamento, em lugar limpo, onde se jogam as cinzas, e o queimará sobre lenha: será queimado sobre um monte de cinzas.
13. Se foi toda a assembléia de Israel quem pecou involuntariamente, por inadvertência, cometendo alguma ação proibida pelos mandamentos do Senhor, tornando-se assim culpada,
14. se o pecado cometido por ela vier a ser conhecido, a assembléia oferecerá em sacrifício de expiação um novilho, que se conduzirá diante da tenda de reunião.
15. Os anciãos da assembléia porão suas mãos sobre a cabeça do touro, o qual será imolado diante do Senhor.
16. O sacerdote ungido levará o sangue do touro à tenda de reunião:
17. mergulhará seu dedo no sangue e fará sete aspersões diante do Senhor, em frente do véu.
18. Porá o sangue nos cornos do altar que está diante do Senhor na tenda de reunião e derramará o resto do sangue ao pé do altar dos holocaustos que está à entrada da tenda de reunião.
19. Tirará toda a gordura do touro para queimá-la sobre o altar.
20. Fará desse touro o que se fez com o novilho imolado pelo pecado. É assim que o sacerdote fará a expiação por eles, e serão perdoados.
21. Levará depois o touro para fora do acampamento e o queimará como o primeiro. Este é o sacrifício pelo pecado da assembléia.
22. Se foi um chefe quem pecou, cometendo involuntariamente uma ação proibida por um mandamento do Senhor seu Deus, tornando-se assim culpado,
23. trará para sua oferta um bode sem defeito, logo que tiver tomado consciência de seu pecado.
24. Porá a mão sobre a cabeça do bode e o imolará no lugar onde se imolam os holocaustos diante do Senhor; este é um sacrifício pelo pecado.
25. O sacerdote, com o dedo, tomará o sangue da vítima oferecida pelo pecado e o porá sobre os cornos do altar dos holocaustos, e derramará o resto do sangue ao pé desse altar.
26. Queimará, em seguida, sobre o altar toda a gordura, como a dos sacrifícios pacíficos. É assim que o sacerdote fará pelo chefe a expiação de seu pecado; e ele será perdoado.
27. Se for alguém do povo quem pecou involuntariamente, cometendo uma ação proibida por um mandamento do Senhor, tornando-se assim culpado,
28. trará para sua oferta uma cabra sem defeito, pela falta cometida, logo que tiver tomado consciência de seu pecado.
29. Porá a mão sobre a cabeça da vítima oferecida pelo pecado e a imolará no lugar onde se imolam os holocaustos.
30. Em seguida, o sacerdote, com o dedo, tomará o sangue da vítima, e pô-lo-á sobre os cornos do altar dos holocaustos, derramando o resto ao pé do altar.
31. Tirará toda a gordura, como se fez no sacrifício pacífico, e a queimará no altar, como agradável odor ao Senhor. É assim que o sacerdote fará a expiação por esse homem, e ele será perdoado.
32. Se for um cordeiro que oferecer em sacrifício pelo pecado, oferecerá uma fêmea sem defeito.
33. Porá a mão sobre a cabeça da vítima oferecida pelo pecado e a imolará em sacrifício de expiação no lugar onde se imolam os holocaustos.
34. Em seguida, com o dedo, tomará o sacerdote o sangue da vítima oferecida pelo pecado, e o porá sobre os cornos do altar dos holocaustos, derramando o resto do sangue ao pé do altar.
35. Tirará toda a gordura como se tirou a do cordeiro do sacrifício pacífico, e a queimará no altar, entre os sacrifícios feitos pelo fogo ao Senhor. É assim que o sacerdote fará a expiação pelo pecado cometido por esse homem, e ele será perdoado.

 
Capítulo 5

1. “Se algum, chamado como testemunha, após ter ouvido a adjuração do juiz, peca por não declarar o que viu ou o que soube, levará o peso de sua falta.
2. Se alguém tocar, por inadvertência, uma coisa impura, como o cadáver de um animal impuro, de uma fera ou de um réptil impuro, ficará manchado e culpado.
3. Da mesma forma, se, por descuido, tocar uma imundície humana qualquer, e logo se der conta disso, será réu de culpa.
4. Se alguém, por descuido ou irreflexão, jurar fazer qualquer coisa de bem ou de mal, logo que se der conta disso, será culpado, qualquer que seja o juramento inconsiderado.
5. Aquele, pois, que for culpado de uma dessas coisas, confessará aquilo em que faltou.
6. Apresentará ao Senhor em expiação pelo pecado cometido uma fêmea de seu rebanho miúdo, uma ovelha ou uma cabra em sacrifício pelo pecado, e o sacerdote fará por ele a expiação de seu pecado.
7. Se não houver meio de se obter uma ovelha ou uma cabra, oferecerá ao Senhor em expiação pelo seu pecado duas rolas ou dois pombinhos, um em sacrifício pelo pecado e o outro em holocausto.
8. Levá-los-á ao sacerdote, que oferecerá primeiro a vítima pelo pecado, quebrando-lhe a cabeça, perto da nuca, sem desprendê-la.
9. Aspergirá a parede do altar com o sangue da vítima pelo pecado, e o resto do sangue será espremido ao pé do altar; este é um sacrifício pelo pecado.
10. Fará da outra ave um holocausto segundo os ritos. É assim que o sacerdote fará por esse homem a expiação do pecado que ele cometeu, e ele ser perdoado.
11. Se não houver meio de se encontrarem duas rolas ou dois pombinhos, trará como oferta, pelo pecado cometido, o décimo de um efá de flor de farinha em sacrifício pelo pecado. Não lhe deitará azeite nem lhe porá incenso, porque é um sacrifício pelo pecado.
12. Trará ao sacerdote, que dela tomará um punhado como memorial, e a queimará sobre o altar, entre os sacrifícios feitos pelo fogo ao Senhor; este é um sacrifício pelo pecado.
13. É assim que o sacerdote fará a expiação pelo pecado cometido por esse homem, em uma dessas coisas; e ele será perdoado. O que sobrar será do sacerdote, como na oblação.”
14. O Senhor disse a Moisés:
15. “Se alguém cometer involuntariamente uma infidelidade, retendo ofertas consagradas ao Senhor, oferecerá ao Senhor em sacrifício de reparação um carneiro sem defeito, tomado do rebanho, segundo a tua avaliação em siclos de prata, conforme o siclo do santuário; este é um sacrifício de reparação.
16. Restituirá o que tirou do santuário, com um quinto a mais, que entregará ao sacerdote. O sacerdote fará a expiação por esse homem com o carneiro oferecido em sacrifício de reparação, e ele será perdoado.
17. “Se alguém pecar, fazendo, sem saber, uma ação proibida por um mandamento do Senhor, será culpado e levará o peso de sua falta.
18. Levará ao sacerdote, em sacrifício de reparação, um carneiro sem defeito tomado do rebanho, segundo sua avaliação. O sacerdote fará por ele a expiação da falta cometida por inadvertência, sem saber; e ele ser perdoado.
19. Este é um sacrifício de reparação, porque esse homem era certamente culpado aos olhos do Senhor.”
20. O Senhor disse a Moisés:
21. “Se alguém pecar e cometer uma infidelidade para com o Senhor, negando ter recebido de seu próximo um depósito ou um penhor, recusando restituir uma coisa roubada ou arrebatada com violência,
22. ou um objeto perdido que encontrou, e jurando falso a respeito de uma das coisas com que se pode pecar,
23. se vem assim a pecar e tornar-se culpado, restituirá o objeto roubado ou arrebatado violentamente, o depósito confiado, ou toda coisa que tenha sido objeto de juramento falso.
24. Restituirá integralmente esse objeto ao seu proprietário, ajuntando um quinto do seu valor, no mesmo dia em que oferecer o sacrifício de reparação.
25. Levará ao sacerdote para o sacrifício de reparação ao Senhor um carneiro sem defeito, tomado do rebanho, segundo a tua avaliação.
26. O sacerdote fará por ele a expiação diante do Senhor, e ele será perdoado, seja qual for a falta de que se tenha tornado culpado.”

 
Capítulo 6

1. O Senhor disse a Moisés: “Eis as ordenações que darás a Aarão e a seus filhos:
2. esta é a lei do holocausto. O holocausto ficará na lareira do altar toda a noite até pela manhã, e se conservará aí aceso o fogo do altar.
3. O sacerdote, revestido da túnica de linho e com os calções de linho no corpo, tirará a cinza do fogo que houver consumido o holocausto sobre o altar e a porá ao lado.
4. Deixará suas vestes e porá outras para levar a cinza fora do acampamento, a um lugar limpo.
5. O fogo deverá ser alimentado no altar, sem jamais se apagar. O sacerdote nele acenderá lenha todas as manhãs; disporá sobre ele o holocausto e sobre ele queimará a gordura dos sacrifícios pacíficos.
6. O fogo se conservará perpetuamente aceso no altar, sem jamais se apagar.
7. Eis a lei da oblação: os filhos de Aarão a apresentarão ao Senhor diante do altar.
8. Tomarão dela um punhado de flor de farinha com o azeite e todo o incenso que está por cima, e queimarão sobre o altar como memorial, em oferta de agradável odor ao Senhor.
9. Aarão e seus filhos comerão o que sobrar da oblação. E comê-lo-ão sem fermento em um lugar santo, a saber: no átrio da tenda de reunião. Não será cozido com fermento.
10. Esta é a parte que lhes tenho dado das ofertas que me são feitas, consumidas pelo fogo. Esta é uma coisa santíssima, como o sacrifício pelo pecado e o sacrifício de reparação.
11. Todo varão entre os filhos de Aarão comerá dela. Essa é uma lei perpétua, no tocante às partes destinadas a vossos descendentes, das ofertas feitas pelo fogo ao Senhor. Todo aquele que tocar essas coisas será santo.”
12. O Senhor disse a Moisés:
13. “Eis a oferta que Aarão e seus filhos farão ao Senhor no dia em que receberem a unção: um décimo de efá de flor de farinha em oblação perpétua, metade pela manhã e metade à tarde.
14. Ela será frita na frigideira com óleo; tu a trarás quando estiver misturada, e oferecerás os pedaços fritos da oferta dividida, em agradável odor ao Senhor.
15. O filho do sacerdote que lhe suceder e receber a unção fará também essa oblação. Esta é uma lei perpétua diante do Senhor; a oblação será consumida inteiramente.
16. Toda oferta de sacerdote será consumida integralmente; não se comerá dela.”
17. O Senhor disse a Moisés: “Dize o seguinte a Aarão e seus filhos:
18. eis a lei do sacrifício pelo pecado: a vítima do sacrifício pelo pecado será imolada diante do Senhor, no lugar onde se imola a vítima do holocausto. Esta é uma coisa santíssima.
19. O sacerdote que oferecer a vítima do sacrifício pelo pecado comê-la-á em um lugar santo, a saber: no átrio da tenda de reunião.
20. Todo aquele que tocar a sua carne será santo; se se salpicar do seu sangue sobre uma veste, tu a lavarás em um lugar santo.
21. O vaso de barro em que se cozer a vítima será quebrado; mas, se o vaso for de bronze, será esfregado e lavado com água.
22. Todo varão entre os sacerdotes comerá dela; esta é uma coisa santíssima.
23. A vítima, porém, imolada pelo pecado, cujo sangue se leva à tenda de reunião para se fazer a expiação no santuário, não será de forma alguma comida, mas queimada no fogo.

 
Capítulo 7

1. “Eis a lei do sacrifício de reparação; esta é uma coisa santíssima.
2. A vítima do sacrifício de reparação será imolada no lugar onde se imola o holocausto: e derramar-se-á o seu sangue em toda a volta do altar.
3. Dela se oferecerá toda a gordura, a cauda, a gordura que envolve as entranhas,
4. os dois rins com a gordura que os recobre na região lombar e a pele que recobre o fígado, a qual será desprendida de junto dos rins.
5. O sacerdote as queimará sobre o altar, em sacrifício pelo fogo ao Senhor; este é um sacrifício de reparação.
6. Todo varão entre os sacerdotes comerá dela em um lugar santo: esta é uma coisa santíssima.
7. O sacrifício de reparação far-se-á exatamente como o sacrifício pelo pecado; será uma só lei para os dois; a vítima pertencerá ao sacerdote que tiver feito a expiação.
8. O sacerdote que oferecer o holocausto por alguém terá a pele da vítima oferecida.
9. Toda oblação cozida no forno, na caçarola ou na frigideira será do sacerdote que tiver oferecido.
10. Toda oblação amassada com óleo, ou seca, pertencerá aos filhos de Aarão que a dividirão eqüitativamente.
11. Eis a lei do sacrifício pacífico que se oferece ao Senhor:
12. Se a oferta for em ação de graças, oferecer-se-ão com a vítima de ação de graças bolos sem fermento, amassados com óleo, bolachas sem fermento untadas de óleo, e farinha frita em forma de bolos amassados com óleo.
13. Oferecer-se-ão também bolos fermentados com a oblação do sacrifício pacífico oferecido em ação de graças.
14. Apresentar-se-á um pedaço de cada uma dessas ofertas em oblação reservada para o Senhor. Ela será para o sacerdote que tiver derramado o sangue da vítima pacífica.
15. A carne da vítima de ação de graças oferecida em sacrifício pacífico será comida no dia da oblação; não se deixará nada para o dia seguinte.
16. Se a vítima for oferecida por voto ou como oferta voluntária, deverá ser comida no dia da oblação, e o que sobrar se comerá no dia seguinte.
17. O que restar ainda da carne da vítima no terceiro dia será consumido pelo fogo.
18. Se alguém comer da carne de seu sacrifício pacífico no terceiro dia, esse sacrifício não será aceito; ele não lhe será levado em conta; esta será uma coisa abominável, e quem dele tiver comido levará o peso de sua falta.
19. A carne que tiver tocado alguma coisa impura não se comerá: será queimada no fogo. Todo homem puro poderá comer da carne do sacrifício pacífico.
20. Mas aquele que a comer em estado de impureza será cortado do seu povo.
21. Quem tocar alguma coisa impura, imundície humana ou animal impuro, ou qualquer outro objeto abominável, e comer, em seguida, da carne do sacrifício pacífico pertencente ao Senhor, será cortado de seu povo.”
22. O Senhor disse a Moisés:
23. Dize isto aos israelitas: não comereis gordura de boi, de ovelha ou de cabra.
24. A gordura de um animal morto ou dilacerado por uma fera selvagem poderá servir a qualquer outro uso, mas não comereis dela.
25. Todo aquele que comer da gordura de animais oferecidos ao Senhor em sacrifícios feitos pelo fogo será cortado do seu povo.
26. Onde quer que habiteis, não comereis sangue, nem de ave, nem de animais.
27. Todo aquele que comer sangue, seja que sangue for, será cortado de seu povo.”
28. O Senhor disse a Moisés: “Dize isto aos israelitas:
29. aquele que oferecer ao Senhor uma vítima pacífica, trar-lhe-á a oferta tomada do dito sacrifício.
30. E trará em suas mãos o que deve ser oferecido pelo fogo ao Senhor: a gordura com o peito, para agitá-la como oferta diante do Senhor.
31. O sacerdote queimará a gordura no altar, e o peito será para Aarão e seus filhos.
32. Dareis também ao sacerdote a coxa direita como oferta tomada dos vossos sacrifícios pacíficos.
33. Aquele dentre os filhos de Aarão que oferecer o sangue e a gordura dos sacrifícios pacíficos, esse terá como sua porção a coxa direita.
34. Eu tomei, com efeito, dos sacrifícios pacíficos dos israelitas, o peito que se deve agitar diante de mim e a coxa que se deve pôr à parte, e os dou ao sacerdote Aarão e seus filhos, como direito perpétuo que têm sobre os israelitas.
35. Esta é a parte que tocará a Aarão e seus filhos, dentre os sacrifícios pelo fogo ao Senhor, a partir do dia em que forem apresentados como sacerdotes a serviço do Senhor.
36. Foi o que o Senhor ordenou aos israelitas que dessem aos sacerdotes desde o dia de sua unção. É o direito perpétuo que têm para todos os seus descendentes.”
37. Tal é a lei do holocausto, da oblação, do sacrifício pelo pecado, do sacrifício de reparação e de empossamento e do sacrifício pacífico.
38. O Senhor deu-a a Moisés no monte Sinai, no dia em que prescreveu aos israelitas apresentarem suas ofertas ao Senhor no deserto do Sinai.

 
Capítulo 8

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Toma a Aarão e seus filhos, as vestes, o óleo para a unção, o touro do sacrifício pelo pecado, os dois carneiros e a cesta de pães ázimos,
3. e convoca toda a assembléia à entrada da tenda de reunião”.
4. Moisés fez o que lhe ordenou o Senhor, e a assembléia se reuniu à entrada da tenda de reunião.
5. Moisés disse então: “Eis o que o Senhor ordenou que se fizesse”.
6. Fez aproximarem-se Aarão e seus filhos e os lavou com água.
7. Vestiu Aarão com a túnica, a cintura e o manto; pôs sobre ele o efod, e cingiu-o com a cintura do efod, atando-o.
8. Pôs-lhe em seguida o peitoral, ao qual fixou o urim e o tumim.
9. Cobriu-lhe a cabeça com a tiara, diante da qual colocou a lâmina de ouro, o santo diadema, como o Senhor lhe tinha ordenado.
10. Tomou, além disso, o óleo da unção, ungiu com ele o tabernáculo e tudo o que continha, e os consagrou.
11. Aspergiu sete vezes o altar e ungiu-o com todos os seus utensílios, assim como a bacia e seu pedestal, para consagrá-los.
12. Derramou o óleo da unção na cabeça de Aarão para consagrá-lo.
13. Depois mandou que se aproximassem os filhos de Aarão, e os revestiu de túnicas e de cinturas, pondo-lhes também mitras nas cabeças, como o Senhor lhe tinha ordenado.
14. Então mandou vir o touro do sacrifício pelo pecado, e Aarão e seus filhos puseram as mãos sobre a sua cabeça.
15. Moisés o imolou, tomou o sangue e, com o dedo, o pôs sobre os cornos do altar, purificando o altar; derramou o resto ao pé do altar e o consagrou, fazendo sobre ele a expiação.
16. Tomou, em seguida, toda a gordura que envolve as entranhas, a pele que recobre o fígado e os dois rins com sua gordura, e os queimou no altar.
17. Mas queimou fora do acampamento o touro, seu couro, sua carne e seus excrementos, como o Senhor lhe tinha ordenado.
18. Mandou vir o carneiro do holocausto, sobre cuja cabeça Aarão e seus filhos impuseram as mãos.
19. Foi imolado, e Moisés derramou seu sangue em todo o redor do altar.
20. Foi, em seguida, cortado em pedaços, e Moisés queimou a cabeça aos pedaços a gordura.
21. Lavaram com água as entranhas e as patas, e Moisés queimou o carneiro todo sobre o altar: era um holocausto de agradável odor, um sacrifício consumido pelo fogo ao Senhor, como o Senhor o tinha ordenado a Moisés.
22. Mandou que se aproximasse o outro carneiro, o carneiro de empossamento, sobre cuja cabeça Aarão e seus filhos impuseram as mãos.
23. Moisés o imolou, tomou seu sangue e o pôs na ponta da orelha direita de Aarão e nos polegares de sua mão direita e do seu pé direito.
24. E mandou então que se aproximassem os filhos de Aarão: pôs-lhes o sangue na ponta da orelha direita, no polegar da mão direita e no hálux do pé direito; e derramou o resto do sangue em todo o redor do altar.
25. Depois tomou a gordura, a cauda, toda a gordura que envolve as entranhas, a pele que recobre o fígado, os dois rins com sua gordura e a coxa direita.
26. Tomou também da cesta de pães ázimos, colocada diante do Senhor, um bolo amassado sem fermento, um bolo amassado com óleo e uma bolacha, e os pôs sobre a gordura e a coxa direita.
27. Meteu tudo isso nas mãos de Aarão e de seus filhos para agitá-los como oferta diante do Senhor.
28. Tomou-os em seguida Moisés nas suas próprias mãos e os queimou sobre o altar, por cima do holocausto; este foi o sacrifício de empossamento, de agradável odor, consumado pelo fogo ao Senhor.
29. Tomou também o peito do carneiro de empossamento e o agitou como oferta diante do Senhor a sua porção, como o Senhor lhe tinha ordenado.
30. Tomou, finalmente, o óleo de unção e o sangue que estava sobre o altar e aspergiu sobre Aarão e suas vestes, seus filhos e suas vestes, e consagrou assim Aarão e seus filhos com suas vestes.
31. Depois Moisés disse-lhes: “Cozei a carne à entrada da tenda de reunião; ali a comereis com o pão que está na cesta de empossamento, como vos ordenei quando disse: Aarão e seus filhos a comerão.
32. O que sobrar da carne e do pão, queimá-lo-eis no fogo.
33. Não saireis da entrada da tenda de reunião durante sete dias, até se cumprirem os dias de vosso empossamento, o qual durará sete dias.
34. O que se fez hoje, prescreveu o Senhor que se faça novamente, em expiação por vós.
35. Ficareis, pois, sete dias à entrada da tenda de reunião, dia e noite, e observareis as ordens do Senhor, para que não morrais. Esta é a ordem que recebi”.
36. Aarão e seus filhos fizeram tudo o que o Senhor lhes tinha ordenado por Moisés.

 
Capítulo 9

1. No oitavo dia, Moisés chamou Aarão e seus filhos com os anciãos de Israel.
2. E disse a Aarão: “Toma um bezerro, em sacrifício pelo pecado, e também um carneiro para o holocausto, ambos sem defeito, e oferece-os ao Senhor.
3. Dirás aos israelitas: tomai um bode, em sacrifício pelo pecado, um bezerro e um cordeiro de um ano, sem defeito, para o holocausto,
4. um touro e um carneiro para o sacrifício pacífico; vós os imolareis ao Senhor com uma oblação amassada com óleo, porque o Senhor vos aparecerá hoje.”
5. Eles trouxeram diante da tenda de reunião o que Moisés havia ordenado. Toda a assembléia se aproximou e ficou de pé diante do Senhor.
6. Moisés disse então: “Eis o que ordena o Senhor: fazei-o, e a glória do Senhor vos aparecerá”.
7. E disse a Aarão: “Aproxima-te do altar; oferece teu sacrifício pelo pecado, e teu holocausto, e faze a expiação por ti e pelo povo. Apresenta também a oferta do povo, e faze a expiação por ele como o Senhor o ordenou”.
8. Aarão aproximou-se do altar e imolou o bezerro do sacrifício pelo pecado.
9. Seus filhos apresentaram-lhe o sangue, no qual ele mergulhou o dedo e o pôs nos cornos do altar, derramando o resto ao pé do altar.
10. Queimou sobre o altar a gordura, os rins, a pele que recobre o fígado da vítima pelo pecado, como o Senhor o tinha ordenado a Moisés;
11. mas queimou fora do acampamento a carne e o couro.
12. Imolou, em seguida, o holocausto. Seus filhos apresentaram-lhe o sangue, que ele derramou sobre o altar ao redor.
13. Apresentaram-lhe o holocausto cortado em pedaços, com a cabeça, e ele os queimou no altar.
14. Lavou as entranhas e as pernas, e as pernas, e as queimou no altar por cima do holocausto.
15. Apresentou também a oferta do povo, e, tomando o bode do sacrifício pelo pecado do povo, degolou-o e o ofereceu em expiação como a primeira vítima.
16. Ofereceu o holocausto e fez o sacrifício segundo o rito.
17. Apresentou a oblação, e dela tomou um punhado que queimou no altar, além do holocausto da manhã.
18. Imolou o touro e o carneiro em sacrifício pacífico pelo povo.
19. Os filhos de Aarão apresentaram-lhe o sangue, que ele derramou sobre o altar ao redor, assim como as partes gordas do touro e do carneiro, a cauda, a gordura que envolve as entranhas, os rins e a pele que recobre o fígado.
20. Puseram as gorduras sobre os peito, e Aarão queimou as gorduras no altar.
21. Agitou, em seguida, como oferta diante do Senhor, os peitos e a coxa direita, como o tinha prescrito Moisés.
22. Aarão levantou então as mãos para o povo, e o abençoou. Desceu após ter oferecido o sacrifício pelo pecado, o holocausto e o sacrifício pacífico.
23. Moisés e Aarão entraram na tenda de reunião e, saindo, abençoaram o povo. E a glória do Senhor apareceu a todo o povo.
24. Saiu um fogo de diante do Senhor que devorou no altar o holocausto e as gorduras. Vendo isso, todo o povo soltou gritos de júbilo e prostrou-se com a face por terra.

 
Capítulo 10

1. Os filhos de Aarão, Nadab e Abiú, tomaram cada um o seu turíbulo, puseram neles fogo e incenso e ofereceram ao Senhor um fogo estranho, que não lhes tinha sido ordenado.
2. Saiu, então, um fogo de diante do Senhor que os devorou, e morreram diante do Senhor.
3. Moisés disse a Aarão: “Era isso o que o Senhor tinha anunciado quando disse: serei santificado naqueles que se aproximam de mim, e serei glorificado em presença de todo o povo”. Aarão calou-se.
4. Moisés chamou Misael e Elisafon, filhos de Oziel, tio de Aarão, e disse-lhes: “Vinde e levai vossos irmãos para longe do santuário, fora do acampamento”.
5. Eles vieram e levaram-nos com suas túnicas para fora do acampamento, como Moisés lhes dissera.
6. Moisés disse a Aarão, a Eleazar e a Itamar: “Não descubrais as cabeças, nem rasgueis as vossas vestes; não suceda que morrais e que se levante a ira do Senhor contra toda a assembléia. Vossos irmãos e toda a casa de Israel chorem por causa do incêndio que o Senhor acendeu;
7. vós, porém, não deixareis a entrada da tenda de reunião, para que não morrais, porque o óleo de unção do Senhor está sobre vós”. E obedeceram à palavra de Moisés.
8. O Senhor disse a Aarão:
9. “Não beberás vinho nem cerveja, tu e teus filhos, quando entrardes na tenda de reunião, para que não morrais. Esta é uma lei perpétua para vossos descendentes,
10. a fim de que estejais sempre em condições de discernir o que é santo do que é profano, o puro do impuro,
11. e de ensinar aos israelitas todas as leis que o Senhor lhes deu por Moisés.”
12. Moisés disse a Aarão, e Eleazar e a Itamar, os dois filhos sobreviventes de Aarão: “Tomai a oblação que resta dos sacrifícios pelo fogo ao Senhor e comei-a sem fermento junto do altar, porque esta é uma coisa santíssima.
13. Vós a comereis em um lugar santo, porquanto essa parte dos sacrifícios feitos pelo fogo ao Senhor é tua e de teus filhos, como me foi prescrito.
14. Comereis, também, em lugar limpo, tu, teus filhos e tuas filhas, o peito que foi agitado e a coxa que foi separada. Isto é o que vos toca a ti e a teus filhos como parte dos sacrifícios pacíficos dos israelitas.
15. Além das gorduras que deverão ser queimadas, trarão a coxa e o peito separados para agitá-los adiante do Senhor. Assim deve ser para ti e teus filhos em virtude de uma lei perpétua, assim como prescreveu o Senhor”.
16. Moisés se informou acerca do bode imolado pelo pecado, mas eis que ele tinha sido já queimado. Irou-se, então, contra Eleazar e Itamar, os últimos filhos de Aarão:
17. “Por que, disse ele, não comestes no lugar santo o sacrifício pelo pecado? Pois essa é uma coisa santíssima que o Senhor vos deu, a fim de que leveis a iniqüidade da assembléia e façais a expiação por ela diante dele.
18. Já que o sangue da vítima não foi trazido para dentro do tabernáculo, vós devíeis tê-la comido em um lugar santo como ordenei.”
19. Aarão disse-lhe: “Eles ofereceram hoje seu sacrifício pelo pecado e seu holocausto ao Senhor; mas, depois do que me aconteceu, se eu tivesse comido hoje a vítima pelo pecado, teria isso agradado ao Senhor?”
20. Moisés, ouvindo essas palavras, deu-se por satisfeito.

 
Capítulo 11

1. O senhor disse a Moisés e a Aarão: “Dize aos israelitas o seguinte:
2. entre todos os animais da terra, eis o que podereis comer:
3. podereis comer todo animal que tem a unha fendida e o casco dividido, e que rumina.
4. Mas não comereis aqueles que só ruminam ou só têm a unha fendida. A estes, tê-los-eis por impuros: tal como o camelo, que rumina mas não tem o casco fendido.
5. E como o coelho igualmente, que rumina mas não tem a unha fendida; tê-los-eis por impuros.
6. E como a lebre também, que rumina, mas não tem a unha fendida; tê-la-eis por impura,
7. E enfim, como o porco, que tem a unha fendida e o pé dividido, mas não rumina; tê-lo-eis por impuro.
8. Não comereis da sua carne e não tocareis nos seus cadáveres: vós os tereis por impuros.
9. Entre os animais que vivem na água, eis que podereis comer: podereis comer tudo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, no mar e nos rios.
10. Mas tereis em abominação todos os que não têm barbatanas nem escama, nos mares e nos rios, entre todos os animais que vivem nas águas e entre todos os seres vivos que nelas se encontram.
11. A estes, tê-los-eis em abominação: não comereis de sua carne e tereis em abominação os seus cadáveres.
12. Todos os que nas águas não têm barbatanas nem escamas, tê-los-eis em abominação.
13. “Entre as aves, eis as que tereis abominação e de cuja carne não comereis, porque é uma abominação:
14-19 a águia, o falcão e o abutre, o milhafre e toda variedade de falcões, toda espécie de corvo, a avestruz, a andorinha, a gaivota e toda espécie de gavião, o mocho, a coruja e o íbis, o cisne, o pelicano, o alcatraz e a cegonha, toda variedade de garça, a poupa e o morcego.
20. Todo volátil que anda sobre quatro pés vos será uma abominação.
21. Todavia, entre os insetos voláteis que andam sobre quatro pés podereis comer aqueles que, além de seus quatro pés, têm pernas para saltar em cima da terra.
22. Eis, pois, os que podereis comer: toda espécie de gafanhotos, assim como as variedades de solam, de hargol e de hagab.
23. Qualquer outro volátil que tenha quatro pés vos será uma abominação.
24. Tornar-vos-eis imundos se os tocardes: se alguém tocar os seus cadáveres será impuro até a tarde,
25. e aquele que levar os seus cadáveres lavará suas vestes e será impuro até a tarde.
26. Tereis por impuro todo animal que tenha a unha fendida, mas que não tem o pé dividido e não rumina; se alguém o tocar será imundo.
27. Tereis também por impuros todos os quadrúpedes que andam nas plantas dos pés; se alguém tocar seus cadáveres será impuro até a tarde;
28. e aquele que levar os seus cadáveres lavará suas vestes e será impuro até a tarde. Tereis esses animais por impuros.
29. Entre os animais que se movem em cima da terra, eis os que tereis por impuro: a toupeira, o rato e toda variedade de lagartos,
30. o musaranho, a rã, a tartaruga, a lagartixa e o camaleão.
31. Tais são os répteis que tereis por impuros, quem os tocar mortos será impuro até a tarde.
32. Todo objeto o qual caírem os seus cadáveres será impuro: vasos de madeira, vestes, peles, sacos e qualquer outro utensílio. Por-se-á esse objeto na água e ele será imundo até a tarde; depois disso será puro.
33. Se cair uma parte desses cadáveres num vaso de terra, tudo o que se encontrar nele será impuro, e quebrareis esse vaso.
34. Todo alimento preparado com água (desse vaso) será impuro; toda bebida, seja qual for o recipiente que a contenha, será impura.
35. Todo objeto sobre o qual cair alguma coisa dos seus cadáveres será impuro; o forno e o fogão serão destruídos: serão impuros, e vós os tereis como tais.
36. Contudo, as fontes e as cisternas em que há depósito de água ficarão puras, mas aquele que tocar os cadáveres será impuro.
37. Se cair alguma coisa dos seus cadáveres sobre uma semente qualquer, esta ficará pura.
38. Mas se se derramar água sobre a semente e alguma coisa dos seus cadáveres cair sobre ela, tê-la-eis por impura.
39. Se morrer algum animal que vos é lícito comer, aquele que tocar o seu cadáver será impuro até a tarde.
40. Quem comer de sua carne lavará suas vestes e será impuro até a tarde; e aquele que levar esse cadáver lavará suas vestes e ficará impuro até a tarde.
41. Todo animal que se arrasta sobre a terra vos será uma coisa abominável: não se comerá dele.
42. Não comereis animal algum que se arrasta sobre a terra, tanto aqueles que se arrastam sobre o ventre como aqueles que andam sobre quatro ou mais pés: tê-los-eis em abominação.
43. Não vos torneis abomináveis, comendo um desses répteis, e não vos façais impuros por eles, porque vos tornaríeis imundos.
44. Pois eu sou o Senhor, vosso Deus. Vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo. Não vos contaminareis com esses animais que se arrastam sobre a terra,
45. porque eu sou o Senhor que vos tirou da terra do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque eu sou santo.
46. Tal é a lei relativa aos quadrúpedes, às aves, a todos os seres vivos que se movem na águas e a todos aqueles que se arrastam sobre a terra.
47. Essa lei vos fará discernir o que é puro do que é impuro, o animal que pode ser comido do que não pode.”

 
Capítulo 12

1. O Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas o seguinte:
2. quando uma mulher der à luz um menino será impura durante sete dias, como nos dias de sua menstruação.
3. No oitavo dia far-se-á a circuncisão do menino.
4. Ela ficará ainda trinta e três dias no sangue de sua purificação; não tocará coisa alguma santa, e não irá ao santuário até que se acabem os dias de sua purificação.
5. Se ela der á luz uma menina, será impura durante duas semanas, como nos dias de sua menstruação, e ficará sessenta e seis dias no sangue de sua purificação.
6. Cumpridos esses dias, por um filho ou por uma filha, apresentará ao sacerdote, à entrada da tenda de reunião, um cordeiro de um ano em holocausto, e um pombinho ou uma rola em sacrifícios pelo pecado.
7. O sacerdote os oferecerá ao Senhor, e fará a expiação por ela, que será purificada do fluxo de seu sangue. Tal é a lei relativa à mulher que dá à luz um menino ou uma menina.
8. Se as suas posses não lhe permitirem trazer um cordeiro, tomará duas rolas ou dois pombinhos, uma para o holocausto e outro para o sacrifício pelo pecado. O sacerdote fará por ela a expiação, e será purificada”.

 
Capítulo 13

1. O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2. “Quando um homem tiver um tumor, uma inflamação ou uma mancha branca na pele de seu corpo, e esta se tornar em sua pele uma chaga de lepra, ele será levado a Aarão, o sacerdote, ou a um dos seus filhos sacerdotes.
3. O sacerdote examinará o mal que houver na pele do corpo: se o cabelo se tornou branco naquele lugar, e a chaga parecer mais funda que a pele, será uma chaga de lepra. O sacerdote verificará o fato e declarará impuro o homem.
4. Se houver na pele de seu corpo uma mancha branca que não parecer mais funda que a pele sã, e o cabelo não se tiver tornado branco, o sacerdote isolará o doente durante sete dias.
5. No sétimo dia examinará: se a chaga parecer não ter progredido e não se tiver estendido pela pele, isolá-lo-á uma segunda vez durante sete dias.
6. No sétimo dia o sacerdote o examinará novamente: se a parte afetada perdeu a sua cor e não se tiver estendido por sobre a pele, declará-lo-á puro; é dartro. O homem lavará suas vestes e será puro.
7. Mas se o dartro se tiver estendido por sobre a pele, depois de se ter mostrado ao sacerdote para ser declarado puro, se lhe mostrará uma segunda vez.
8. Se o sacerdote verificar a extensão do dartro por sobre a pele, declará-lo-á impuro: é lepra.
9. “ Quando um homem for atingido pela lepra, será conduzido ao sacerdote, que o examinará.
10. Se houver na sua pele um tumor branco, e este tiver branqueado o cabelo, e aparecer a carne viva no tumor,
11. é lepra inveterada na pele de seu corpo; o sacerdote o declarará impuro; não o encerrará, porque é imundo.
12. Se a chaga se estendeu por toda a pele do doente, da cabeça aos pés, o sacerdote que o examinar, verificando, segundo o que viu,
13. que a lepra cobre toda a pele, o declarará puro. Como se tornou completamente branco, é puro.
14. Mas no dia em que se perceber nele a carne viva, será impuro;
15. o sacerdote, vendo a carne viva, declará-lo-á impuro; a carne viva é impura; é a lepra.
16. Se a carne viva mudar e ficar de novo branca, o homem irá ao sacerdote, que o examinará;
17. se a chaga se tornou verdadeiramente branca, o sacerdote declará-lo-á puro: e ele o é.
18. Quando um homem tiver tido na pele de seu corpo uma úlcera que foi curada,
19. e no lugar da úlcera aparecer um tumor branco ou uma mancha de um branco-avermelhado, esse homem se apresentará ao sacerdote para ser examinado.
20. Se a mancha parecer mais funda que a pele, e o cabelo se tiver tornado branco, o sacerdote declará-lo-á impuro: é uma chaga de lepra que nasceu na úlcera.
21. Mas, se o sacerdote verificar que não há cabelo branco na mancha, e ela não parecer mais funda que a pele, e se tiver tornado de uma cor pálida, isolará esse homem durante sete dias.
22. Se a mancha se estender por sobre a pele, o sacerdote declarará o homem impuro: é uma chaga de lepra.
23. Mas, se a mancha ficou no seu lugar sem se estender, é a cicatriz da úlcera; o sacerdote declará-lo-á puro.
24. Quando um homem tiver na pele uma queimadura de fogo, e a cicatriz dessa queimadura apresentar uma mancha branca ou de um branco-avermelhado, o sacerdote o examinará.
25. Se o cabelo se tornou branco na mancha, e esta parecer mais funda que a pele, é a lepra que nasceu na queimadura; o sacerdote declará-lo-á impuro: é uma chaga de lepra.
26. Se o sacerdote verificar que não há cabelo branco na mancha, e que ela não parece mais funda que a pele, e se tiver tornado de uma cor pálida, isolará esse homem durante sete dias.
27. Depois disso o examinará. Se a mancha tiver se estendido por sobre a pele, o sacerdote declará-lo-á impuro; é uma chaga de lepra.
28. Mas, se a mancha ficou no mesmo lugar sem se estender por sobre a pele, e se tiver tornado de uma cor pálida, é o tumor da queimadura. O sacerdote declará-lo-á puro, pois é a cicatriz da queimadura.
29. Quando um homem ou uma mulher tiver uma chaga na cabeça ou no queixo, o sacerdote o examinará.
30. Se ela parecer mais funda que a pele, e nela houver os cabelos finos e amarelados, o sacerdote declarará impuro o enfermo: esta é a tinha, a lepra da cabeça ou do queixo
31. Se o sacerdote averiguar que a chaga da tinha não parece mais funda que a pele, e nela não houver cabelos negros, o sacerdote isolará durante sete dias aquele que tem a chaga da tinha.
32. No sétimo dia o examinará. Se a tinha não se espalhou, nela não houver cabelo amarelado algum, e a chaga não parecer mais funda do que a pele,
33. o enfermo cortará a barba, exceto no lugar da chaga, e o sacerdote o isolará de novo durante sete dias.
34. No sétimo dia o examinará. Se a tinha não se espalhou por sobre a pele, e a chaga não parecer mais funda que a pele, o sacerdote declará-lo-á puro; ele levará suas vestes e será puro.
35. Se, entretanto, depois que o tiver declarado puro, a tinha se estender por sobre a pele, o sacerdote o examinará.
36. Se a tinha se tiver espalhado na pele, o sacerdote não procurará o cabelo amarelo, porque o homem é impuro
37. Se a tinha lhe parece estacionária, e nela houver crescido cabelos negros, ele sarou; o homem está puro e o sacerdote declará-lo-á como tal.
38. Quando o homem ou mulher tiver na pele manchas brancas, o sacerdote o examinará.
39. Se essas manchas na pele são de um branco pálido, é uma mancha branca superficial: ele é puro.
40. Quando um homem perder os seus cabelos, ele será simplesmente calvo, mas será puro.
41. Se lhe caírem os cabelos da fronte, ele terá a fronte calva, mas será puro.
42. Mas se na parte calva, posterior ou dianteira, se encontrar uma chaga de um branco-avermelhado, é a lepra que se declarou na parte calva posterior ou dianteira.
43. O sacerdote o examinará. Se o tumor da chaga for de um branco-avermelhado na parte calva posterior ou dianteira, tendo o aspecto da lepra da pele do corpo, esse homem é leproso,
44. é impuro; a sua lepra está na cabeça.
45. Todo homem atingido pela lepra terá suas vestes rasgadas e a cabeça descoberta. Cobrirá a barba e clamará: Impuro! Impuro!
46. Enquanto durar o seu mal, ele será impuro. É impuro; habitará só, e a sua habitação será fora do acampamento.”
47. “Quando a lepra aparecer numa veste de lã ou de linho,
48. num tecido de tela ou de trama, quer seja de lã quer de linho, numa pele ou num objeto qualquer de pele,
49. se a mancha na veste, na pele, no tecido de tela ou de trama ou no objeto de pele, for esverdeada ou avermelhada, é uma lepra: será mostrada ao sacerdote.
50. O sacerdote examinará a mancha e isolará durante sete dias o objeto atingido pelo mal.
51. No sétimo dia examinará a chaga. Se ela se tiver espalhado pela veste, pelo tecido de tela ou de trama, pela pele ou pelo objeto de pele, seja qual for, é uma lepra roedora; o objeto é impuro.
52. Queimará a veste, o tecido de tela ou de trama de linho ou de lã, o objeto de pele, seja qual for, em que se encontre a mancha, porque é uma lepra roedora; o objeto será queimado no fogo.
53. Mas se o sacerdote verificar que mancha não se espalhou pela veste, pelo tecido de tela ou de trama, ou pelo objeto de pele,
54. mandará lavar o objeto afetado e o isolará uma segunda vez durante sete dias.
55. Em seguida examinará a mancha, depois que ela tiver sido lavada. Se não mudou de aspecto nem se espalhou, o objeto é impuro. Tu o queimarás no fogo: a mancha roeu o objeto de um lado a outro.
56. Mas se o sacerdote verificar que a mancha lavada tomou uma cor pálida, arrancá-la-á da veste, da pele ou do tecido de tela ou de trama.
57. Se ela voltar novamente à veste, ao tecido de tela ou de trama ou ao objeto de pele, é uma erupção de lepra. Tu queimarás no fogo o objeto atingido pela mancha.
58. Mas a veste, o tecido de tela ou de trama, o objeto de pele, seja o que for, que tiveres lavado e do qual a mancha tiver desaparecido, será lavado uma segunda vez e será puro.
59. Tal é a lei relativa à mancha de lepra que atacar as vestes de lã ou de linho, os tecidos de tela ou de trama, ou qualquer objeto de pele; é segundo ela que se declararão esses objetos puros ou impuros.”

 
Capítulo 14

1. O senhor disse a Moisés:
2. “Eis a lei relativa ao leproso, para o dia de sua purificação.
3. Será conduzido ao sacerdote, que sairá do acampamento para examiná-lo. Se a chaga da lepra estiver sã,
4. o sacerdote ordenará que se tomem, para o que se vai purificar, duas aves vivas e puras, pau de cedro, carmesim e hissopo.
5. O sacerdote imolará um dos pássaros sobre um vaso de terra cheio de água de nascente.
6. Tomará em seguida o pássaro vivo, o pau de cedro, o carmesim e o hissopo e os mergulhará, com o pássaro vivo, no sangue do pássaro imolado sobre a água de nascente.
7. Aspergirá sete vezes aquele que se há de purificar da lepra, e o declarará puro, soltando no campo o pássaro vivo.
8. Aquele que se há de purificar lavará suas vestes, cortará todo o cabelo de sua barba, banhar-se-á, e será puro. Poderá, em seguida, reintegrar-se no acampamento, mas ficará sete dias fora de sua tenda.
9. No sétimo dia todos os cabelos da cabeça, a barba e as sobrancelhas, enfim, todo o cabelo; lavará suas vestes, banhará o corpo na água, e será puro.
10. No oitavo dia tomará dois cordeiros sem defeito, uma ovelha de um ano sem defeito, três décimos de efá de flor de farinha amassada com óleo, em oblação, e uma pequena medida de óleo.
11. O sacerdote que fez a purificação apresentará o homem que há de ser purificado e todas essas coisas ao Senhor, à entrada da tenda de reunião.
12. Tomará, em seguida, um dos cordeiros e o oferecerá em sacrifício de reparação com a medida de óleo, e os agitará como oferta diante do Senhor.
13. Degolará o cordeiro no lugar onde se imolam as vítimas pelo pecado e o holocausto, no lugar santo, porque a vítima do sacrifício de reparação, assim como a do sacrifício pelo pecado, pertencem ao sacerdote: esta é uma coisa santíssima.
14. O sacerdote tomará do sangue do sacrifício de reparação, e pô-lo-á na ponta da orelha direita do homem que se há de purificar, bem como no polegar de sua mão direita e no hálux de seu pé direito.
15. O sacerdote tomará a medida de óleo e derramará um pouco na sua mão esquerda;
16. em seguida, molhando o dedo de sua mão direita no óleo que está na mão esquerda, fará sete vezes com o dedo uma aspersão de óleo diante do Senhor.
17. Do óleo que sobrar na mão esquerda, o sacerdote porá na ponta da orelha direita do homem que se purifica, bem como no polegar de sua mão direita e no hálux de seu pé direito, no mesmo lugar onde pôs o sangue da vítima de reparação.
18. O que lhe restar ainda de óleo na mão, derramá-lo-á sobre a cabeça do homem que se purifica, e fará por ele a expiação diante do Senhor.
19. Oferecerá em seguida, o sacrifício pelo pecado e fará a expiação por aquele que se purifica de sua impureza.
20. Enfim, depois de ter degolado a vítima do holocausto, o sacerdote a oferecerá sobre o altar com a oblação, e fará a expiação por esse homem, que será puro.
21. Ser for pobre, e suas posses não lhe permitirem trazer tanto, tomará um só cordeiro em sacrifício de reparação, como oferta agitada, para fazer a expiação em seu favor: tomará um décimo de efá de flor de farinha amassada com óleo em oblação, e uma medida de óleo.
22. Tomará também, de acordo com suas posses, duas rolas ou dois pombinhos, um em sacrifício pelo pecado e outro para o holocausto.
23. No oitavo dia os trará pela sua purificação ao sacerdote, à entrada da tenda de reunião, diante do Senhor.
24. O sacerdote tomará o cordeiro do sacrifício de reparação, e a medida de óleo, e os agitará diante do Senhor.
25. Imolará o cordeiro do sacrifício de reparação, e tomará do sangue do sacrifício para pô-lo na ponta da orelha direita daquele que se purifica, bem como no polegar de sua mão direita e no hálux de seu pé direito.
26. Derramará então óleo na palma de sua mão esquerda.
27. com o dedo da direita, fará sete vezes a aspersão do óleo que está em sua mão esquerda diante do Senhor.
28. Porá o óleo que está na ponta da orelha direita do homem que se purifica, e no polegar de sua mão direita e no hálux de seu pé direito, no mesmo lugar onde pôs o sangue da vítima de reparação.
29. O óleo que sobrar em sua mão derramá-lo-á sobre a cabeça daquele que se purifica, a fim de fazer a expiação em seu favor diante do Senhor.
30. Oferecerá uma das rolas ou um dos pombinhos, conforme suas posses lhe permitirem, um em sacrifício pelo pecado
31. e outro em holocausto com a oblação. É assim que o sacerdote fará a expiação diante do Senhor pelo homem que se purifica.
32. Esta é a lei relativa à purificação daquele que tem uma chaga de lepra, e cujas posses são limitadas.”
33. O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
34. “Quando estiverdes na terra de Canaã, que eu vos darei em possessão, se eu ferir de lepra uma casa da terra de vossa possessão,
35. o dono da casa irá e informará ao sacerdote, dizendo: parece-me que há como que uma mancha de lepra na minha casa.
36. O sacerdote, antes de entrar para examinar a mancha, mandará que tirem para fora tudo o que há na casa, a fim de que não contamine nada do que houver nela. E só então entrará para visitar a casa.
37. Examinará a mancha, e se a mancha que está nas paredes da casa estiver em cavidades esverdeadas ou avermelhadas, parecendo profundas na parede,
38. o sacerdote sairá da casa e, tendo passado a soleira da porta, fecha-lá-á por sete dias.
39. E, voltando no sétimo dia, se notar que a mancha se estendeu pelas paredes,
40. mandará arrancar as pedras atingidas pela mancha e jogá-las fora da cidade em um lugar impuro.
41. Mandará raspar todo o interior da casa, e a poeira que houverem raspado será jogada fora da cidade em um lugar impuro.
42. Novas pedras serão colocadas no lugar das primeiras e com nova argamassa será rebocada a casa.
43. Se a mancha aparecer de novo na casa, depois que tiverem sido arrancadas as pedras, raspadas e rebocadas as paredes, o sacerdote voltará.
44. Se ele verificar que a mancha cresceu, é uma lepra maligna, e a casa é impura.
45. Derrubar-se-ão a casa, as pedras, a madeira e toda a argamassa, que se levarão para fora da cidade a um lugar impuro.
46. Quem tiver entrado na casa durante o tempo em que ela deveria estar fechada, será impuro até a tarde,
47. e o que nela tiver dormindo lavará suas vestes. Também aquele que nela tiver comido lavará suas vestes.
48. Mas, se o sacerdote, ao voltar, verificar que a mancha não se estendeu depois que a casa foi rebocada, declarará a casa pura, porque o mal está curado.
49. Para purificar a casa, tomará duas aves, pau de cedro, carmesim e hissopo:
50. imolará uma das aves sobre um vaso de terra contendo água de nascente.
51. Tomará o pau de cedro, o hissopo, o carmesim e a ave viva e os molhará no sangue do pássaro imolado e na água de nascente, e aspergirá a casa sete vezes.
52. Purificará a casa com o sangue do pássaro, a água de nascente, o pássaro vivo, o pau de cedro, o hissopo e o carmesim.
53. Depois soltará o pássaro vivo fora da cidade, no campo. É assim que ele fará a expiação pela casa; e ela será pura.”
54. Tal é a lei relativa a toda espécie de lepra e de tinha,
55. assim como à lepra das vestes e das casas,
56. aos tumores, aos dartros e às manchas.
57. Ela indica quando uma coisa é impura e quando é pura. Tal é a lei sobre a lepra.

 
Capítulo 15

1. O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2. “Dizei aos israelitas o seguinte:
3. todo homem que tem gonorréia será por isso mesmo impuro. A impureza está no fluxo; quer sua carne deixe correr o fluxo quer o retenha, há impureza.
4. Qualquer cama que se deitar aquele que tem gonorréia, bem como qualquer em cadeira que ele se sentar, será impura.
5. Quem tocar sua cama lavará suas vestes, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
6. Quem se assentar na cadeira onde esteve um homem atacado de gonorréia lavará suas vestes, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
7. Aquele que tocar o seu corpo lavará suas vestes, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
8. Se um homem que tiver gonorréia cuspir sobre um homem puro, este lavará suas vestes, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
9. Qualquer sela que tiver montado aquele que tem gonorréia será impura.
10. Todo aquele que tocar em alguma coisa que tenha estado debaixo dele, ficará impuro até a tarde; quem transportar alguma dessas coisas lavará suas vestes, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
11. Aquele que for tocado pelo homem que tiver gonorréia, antes de ter este lavado as mãos em água, lavará suas veste, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
12. Todo recipiente de terra tocado por esse homem será quebrado, e todo vaso de madeira será lavado com água.
13. Quando se tiver purificado aquele que tem gonorréia, contará sete dias para sua purificação; lavará suas vestes, banhar-se-á em água corrente e será puro.
14. No oitavo dia tomará duas rolas ou dois pombinhos e se apresentará diante do Senhor à entrada da tenda de reunião. Dá-los-á ao sacerdote,
15. que os oferecerá, um em sacrifício pelo pecado e outro em holocausto, e fará a expiação ao Senhor em seu favor, por causa de seu fluxo.
16. O homem que tiver um derramamento seminal lavará em água todo o seu corpo, mas ficará até a tarde.
17. Toda veste e toda pele sobre as quais cair o sêmen serão lavadas com água, e ficarão impuras até a tarde.
18. Se uma mulher dormiu com esse homem, ela se lavará na mesma água que ele, e serão impuros até a tarde.”
19. “Quando uma mulher tiver seu fluxo de sangue, ficará impura durante sete dias: qualquer um que a tocar será impuro até a tarde.
20. Todo móvel que ela se deitar durante sua impureza será impuro, e igualmente aquele em que ela se assentar.
21. Quem tocar sua cama lavará suas vestes, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
22. Aquele que tocar em um móvel onde ela se tiver assentado lavará suas vestes, banhar-se-á em água, e ficará impuro até a tarde.
23. Aquele que tocar num objeto encontrado na sua cama ou no móvel onde ela se assentou será impuro até a tarde.
24. Se alguém dormir com ela, e for tocado por sua impureza, será impuro durante sete dias, e toda cama na qual se deitar será impura.
25. Quando uma mulher tiver um fluxo de sangue durante vários dias, fora do tempo normal, ou se o fluxo se prolongar além do tempo de sua impureza, ela será impura durante todo o tempo desse fluxo, como se estivesse no tempo de sua impureza.
26. Toda cama em que ela se deitar durante todo o tempo de seu fluxo, ser-lhe-á como a cama em que dorme durante sua impureza; todo móvel em que ela se sentar será impuro como durante sua impureza.
27. Qualquer um que os tocar será impuro; lavará suas vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até a tarde.
28. Quando ela estiver curada de seu fluxo, contará sete dias, e depois será pura.
29. No oitavo dia tomará duas rolas ou dois pombinhos e os trará ao sacerdote à entrada da tenda de reunião.
30. O sacerdote oferecerá um deles em sacrifício pelo pecado, o outro em holocausto, e fará em seu favor a expiação diante do Senhor, por causa do fluxo de sua impureza.
31. É assim que ajudareis os israelitas a se purificarem de suas imundícies, para que não morram por ter contaminado o meu tabernáculo que está no meio deles.”
32. Esta é a lei relativa ao homem que tem gonorréia ou que é manchado por um fluxo seminal,
33. e relativa à mulher no tempo de sua menstruação, ou toda pessoa, seja homem ou mulher, atingida por um fluxo, e relativa ao homem que dormir com uma mulher impura.

 
Capítulo 16

1. O Senhor falou a Moisés, depois da morte dos dois filhos de Aarão, que foram mortos por se terem aproximado do Senhor.
2. O Senhor disse-lhe: “Recomenda a teu irmão Aarão que nunca entre no santuário, além do véu, diante do propiciatório que recobre a arca, para que não morra, porque apareço na nuvem por cima do propiciatório.
3. Eis como Aarão entrará no santuário: tomará um novilho para o sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto.
4. Revestir-se-á da túnica sagrada de linho, levará sobre o corpo um calção de linho, cingir-se-á dum cinto de linho e porá na cabeça um turbante de linho. Estas são as vestes sagradas, que ele só vestirá depois de se ter lavado.
5. Receberá da assembléia dos israelitas dois bodes destinados ao sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto.
6. Aarão oferecerá por si mesmo o touro em sacrifício pelo pecado, e fará a expiação por si mesmo e pela sua casa.
7. Tomará os dois bodes e os colocará diante do Senhor, à entrada da tenda de reunião.
8. Deitará sortes os dois bodes, uma para o Senhor, e outra para Azazel.
9. Oferecerá o bode sobre o qual caiu a sorte para o Senhor e oferecê-lo-á em sacrifício pelo pecado.
10. Quanto ao bode sobre o qual caiu a sorte para Azazel, será apresentado vivo ao Senhor, para que se faça a expiação sobre ele, a fim de enviá-lo a Azazel, no deserto.
11. Aarão oferecerá o touro pelo seu pecado, e fará a expiação por si mesmo e pela sua casa. Degolará o touro destinado ao sacrifício pelo pecado e,
12. tomando o turíbulo, que ele terá enchido de brasas do altar diante do Senhor, bem como dois punhados de perfume aromático em pó, entrará com tudo para dentro do véu.
13. Porá o incenso no fogo diante do Senhor, para que a nuvem do perfume cubra o propiciatório da arca, e Aarão não morra.
14. Tomará o sangue do touro e o aspergirá com dedo sobre o propiciatório, pela frente, e depois aspergirá com o dedo sete vezes de fronte do propiciatório.
15. Imolará, enfim, o bode do sacrifício pelo pecado do povo, e levará seu sangue para outro lado do véu. Fará com esse sangue como fez com o sangue do touro, aspergindo o propiciatório e a frente do propiciatório.
16. É assim que fará a expiação pelo santuário, por causa das impurezas dos israelitas e de suas transgressões, e de todos os seus pecados. Da mesma forma fará pela tenda de reunião, que está com eles no meio de suas imundícies.
17. Ninguém esteja na tenda de reunião quando Aarão entrar para fazer a expiação no santuário até que saia. Fará assim a expiação por si mesmo, pela sua família e por toda a assembléia de Israel.
18. Quando tiver sado, irá para o altar que está diante do Senhor e fará a expiação por esse altar: tomará o sangue do touro e do bode e o porá nos cornos do altar em toda a volta.
19. Aspergirá com o dedo sete vezes o altar, para purificá-lo e santificá-lo por causa das imundícies dos israelitas.
20. Havendo terminado a expiação do santuário, da tenda de reunião e do altar, Aarão trará o bode vivo.
21. Imporá as duas mãos sobre a sua cabeça, e confessará sobre ele todas as iniqüidades dos israelitas, todas as suas desobediências, todos os seus pecados. Pô-los-á sobre a cabeça do bode e o enviará ao deserto pelas mãos de um homem encarregado disso.
22. O bode levará, pois, sobre si, todas as iniqüidades deles para uma terra selvagem. Quando o bode tiver sido mandado para o deserto,
23. Aarão voltará para a tenda de reunião, tirará as vestes de linho que ele pôs à sua entrada no santuário, e as deporá ali.
24. Lavará o seu corpo no lugar santo, retomará depois suas vestes e sairá para imolar o seu holocausto e o povo, fazendo a expiação por ele e pelo povo.
25. Queimará no altar a gordura do sacrifício pelo pecado.
26. O homem que tiver conduzido o bode a Azazel no deserto, lavará suas vestes e banhar-se-á. Depois disso poderá voltar ao acampamento.
27. “Serão levados para fora do acampamento o touro e o bode oferecidos em sacrifício pelo pecado, cujo sangue terá sido levado ao santuário para aí fazer-se a expiação; queimar-se-ão no fogo o seu couro, a sua carne e os seus excrementos.
28. Aquele que os tiver queimado lavará as suas vestes, banhar-se-á e depois disso poderá voltar ao acampamento.
29. Esta será para vós uma lei perpétua: no sétimo mês, no décimo dia do mês, jejuareis e não fareis trabalho algum, tanto o nativo como o estrangeiro que habita nomeio de vós,
30. porque nesse dia se fará a expiação por vós, para que vos purifiqueis e sejais livres de todos os vossos pecados diante do Senhor.
31. Será um sábado, um dia de descanso para vós, durante o qual jejuareis. Esta é uma instituição perpétua.
32. A expiação será feita pelo sacerdote que foi ungido e empossado para exercer o sacerdócio em lugar de seu pai. Revestirá as vestes de linho, as vestes sagradas,
33. e fará a expiação pelo santuário sagrado, pela tenda de reunião, pelo altar, pelos sacerdotes e por toda a assembléia.
34. Esta será para vs uma instituição perpétua: uma vez por ano far-se-á a expiação de todos os pecados dos israelitas.” Aarão fez como o Senhor o tinha ordenado a Moisés.

 
Capítulo 17

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Dize a Aarão, a seus filhos e a todos os israelitas o seguinte: eis as ordens do Senhor:
3. Todo israelita que imolar um boi, uma ovelha ou uma cabra, no acampamento ou fora dele,
4. sem apresentá-lo à entrada da tenda de reunião para oferecê-lo ao Senhor diante do seu tabernáculo, será réu do sangue oferecido. Esse homem derramou sangue, e será cortado do meio de seu povo.
5. Por isso os israelitas, em lugar de ofereceram os seus sacrifícios no campo, apresentarão as vítimas ao sacerdote, diante do Senhor, à entrada da tenda de reunião, e as oferecerão ao Senhor em sacrifício pacífico.
6. O sacerdote derramará o seu sangue sobre o altar do Senhor, à entrada da tenda de reunião, e queimará a gordura em odor agradável ao Senhor.
7. Nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos sátiros, com os quais se prostituem. Esta será para eles uma lei perpétua de geração em geração.
8. Dir-lhes-ás: todo israelita ou todo estrangeiro que habita no meio deles, e que oferecer um holocausto ou outro sacrifício,
9. sem levar a vítima à entrada da tenda de reunião para sacrificá-la ao Senhor, será cortado do meio de seu povo.
10. A todo israelita ou a todo estrangeiro, que habita no meio deles, e que comer qualquer espécie de sangue, voltarei minha face contra ele, e exterminá-lo-ei do meio de seu povo.
11. Pois a alma da carne está no sangue, e dei-vos esse sangue para o altar, a fim de que ele sirva de expiação por vossas almas, porque é pela alma que o sangue expia.
12. Eis por que eu disse aos israelitas: ninguém dentre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que habita no meio de vós.
13. Se um israelita ou um estrangeiro que habita no meio deles capturar na caça um animal ou pássaro que se possa comer, derramará o seu sangue, e o cobrirá com terra,
14. porque a alma de toda carne é o seu sangue, que é sua alma. Eis por que eu disse aos israelitas: não comereis sangue de animal algum, porque a alma de toda carne é o seu sangue; quem o comer será elimitado.
15. Toda pessoa, natural ou estrangeira, que comer um animal morto ou dilacerado, lavará suas vestes, banhar-se-á em água e ficará impura até a tarde; e depois será pura.
16. Mas, se não lavar as vestes e o corpo, levará sobre si a sua iniqüidade.”

 
Capítulo 18

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Dize aos israelitas o seguinte: eu sou o Senhor, vosso Deus.
3. Não procedereis conforme os costumes do Egito onde habitastes, ou de Canaã aonde vos conduzi: não seguireis seus costumes.
4. Praticareis meus preceitos e observareis minhas leis, e a elas obedecereis. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
5. Observareis meus preceitos e minhas leis: o homem que o observar viverá por eles. Eu sou o Senhor.
6. Nenhum de vós se achegará àquela que lhe é próxima por sangue, para descobrir sua nudez. Eu sou o Senhor.
7. Não descobrirás a nudez de teu pai, nem a de tua mãe. Ela é tua mãe: não descobrirás a sua nudez.
8. Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai: é a nudez de teu pai.
9. Nem a de tua irmã, filha de teu pai ou de tua mãe, nascida na casa ou fora dela.
10. Não descobrirás a nudez da filha de teu filho ou da filha de tua filha, porque é tua nudez.
11. Nem a da filha da mulher de teu pai, nascida de teu pai: é tua irmã.
12. Não descobrirás a nudez da irmã de teu pai: ela é da mesma carne que teu pai.
13. Nem a da irmã de tua mãe; porque ela é da mesma carne que tua mãe.
14. Não descobrirás a nudez do irmão de teu pai, aproximando-te de sua mulher: é tua tia.
15. Não descobrirás a nudez de tua nora: é a mulher de teu filho. Não descobrirás, pois, a sua nudez.
16. Nem a da mulher de teu irmão: é a nudez de teu irmão.
17. Não descobrirás a nudez de uma mulher e de sua filha, e não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para descobrir a sua nudez: elas são tuas próximas parentas, e isso seria um crime.
18. Não tomarás a irmã de tua mulher, de modo que lhe seja um rival, descobrindo a sua nudez com a de tua mulher durante a sua vida.
19. Não te achegarás a uma mulher durante a sua menstruação para descobrir a sua nudez.
20. Não terás comércio com a mulher de teu próximo: contaminar-te-ias com ela.
21. Não darás nenhum de teus filhos para ser sacrificado a Moloc; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor.
22. Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação.
23. Não terás comércio com um animal, para te contaminares com ele. Uma mulher não se prostituirá a um animal: isso é uma abominação.
24. Não vos contamineis com nenhuma dessas coisas, porque é assim que se contaminaram as nações que vou expulsar diante de vós.
25. A terra está contaminada; punirei suas iniqüidades e a terra vomitará seus habitantes.
26. Vós, porém, observareis minhas leis e minhas ordens, e não cometereis nenhuma dessas abominações, tanto o aborígine como o estrangeiro que habita no meio de vós,
27. porque todas essas abominações cometeram os habitantes da terra que vos precederam, e a terra está contaminada.
28. Desse modo a terra não vos vomitará por havê-la contaminado, como vomitou os povos que a habitaram antes de vós.
29. Todos aqueles, com efeito, que cometerem qualquer dessas abominações, serão cortados do meio de seu povo.
30. Guardareis, pois, os meus mandamentos, e não seguireis nenhum dos costumes abomináveis que se praticavam antes de vós, e não vos contaminareis por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.”

 
Capítulo 19

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Dirás a toda a assembléia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
3. Cada um de vós respeite a sua mãe e o seu pai, e guarde os meus sábados. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
4. Não vos volteis para os ídolos, e não façais para vós deuses de metal fundido. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
5. Quando oferecerdes ao Senhor um sacrifício pacífico, oferecê-lo-eis de maneira que seja aceito.
6. Comer-se-á a vítima no mesmo dia ou no dia seguinte; o que sobrar no terceiro dia será queimado no fogo.
7. Se se comer dela no terceiro dia, será uma abominação: o sacrifício não será aceito.
8. Quem o comer levará sua iniqüidade, porque terá profanado o que é consagrado ao Senhor: esse será cortado do seu povo.
9. Quando fizerdes a ceifa em vossa terra, não cortareis as espigas até os limites de vosso campo, e não recolhereis o que resta a respigar de vossas colheitas.
10. Não respigareis tampouco a vossa vinha, nem colhereis os grãos caídos no campo; deixá-los-eis para o pobre e o estrangeiro. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
11. Não furtareis, não usareis de embustes nem de mentiras uns para com os outros.
12. Não jurareis falso em meu nome, porque profanaríeis o nome de vosso Deus. Eu sou o Senhor.
13. Não oprimirás o teu próximo, e não o despojarás. O salário do teu operário não ficará contigo até o dia seguinte.
14. Não amaldiçoarás um surdo; não porás algo como tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor.
15. Não sereis injustos em vossos juízos: não favorecerás o pobre nem terás complacência com o grande; mas segundo a justiça julgarás o teu próximo.
16. Não semearás a difamação no meio de teu povo, nem te apresentarás como testemunha contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor.
17. Não odiarás o teu irmão no teu coração. Repreenderás o teu próximo para que não incorras em pecado por sua causa.
18. Não te vingarás; não guardarás rancor contra os filhos de teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.
19. Guardareis os meus mandamentos. Não juntarás animais de espécies diferentes. Não semearás no teu campo grãos de espécies diferentes. Não usarás roupas tecidas de duas espécies de fios.
20. Se um homem se deitar com uma mulher escrava desposada com outro, mas não resgatada nem posta em liberdade, serão ambos castigados, mas não morrerão, porque ela não era livre.
21. Em expiação o homem oferecerá ao Senhor à entrada da tenda de reunião, um carneiro como sacrifício de reparação.
22. O sacerdote fará por ele a expiação diante do Senhor com o carneiro do sacrifício de reparação pelo pecado cometido; e o seu pecado lhe será perdoado.
23. Quando entrardes na terra e tiverdes plantado toda sorte de árvores frutíferas considerareis os seus primeiros frutos como incircuncisos; eles o serão durante três anos, e não se comerá deles.
24. No quarto ano todos os seus frutos serão consagrados ao Senhor com ações de graças.
25. No quinto ano comereis de seus frutos para que a árvore continue a produzi-los. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
26. Não comereis nada que contenha sangue. Não praticareis a adivinhação nem a magia.
27. Não cortareis o cabelo em redondo, nem rapareis a barba pelos lados.
28. Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor.
29. Não prostituas tua filha, para que a terra não se entregue à prostituição e não se encha de crimes.
30. Observareis meus sábados e respeitareis meu santuário. Eu sou o Senhor.
31. Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
32. Levanta-te diante dos cabelos brancos; honra a pessoa do velho, e teme a teu Deus. Eu sou o Senhor.
33. Se um estrangeiro vier habitar convosco na vossa terra, não o oprimireis,
34. mas esteja ele entre vós como um compatriota, e tu o amarás como a ti mesmo, porque fostes já estrangeiros no Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
35. Não cometereis injustiça nos juízos, nem na vara, nem no peso, nem na medida.
36. Tereis balanças justas, pesos justos, um efá justo e um hin justo. Eu sou o Senhor, vosso Deus que vos tirei do Egito.
37. Observareis todas as minhas leis e meus mandamentos, e os praticareis. Eu sou o Senhor”.

 
Capítulo 20

1. O Senhor disse a Moisés: “Dirás aos israelitas:
2. todo israelita ou estrangeiro que habita em Israel e que sacrificar um de seus filhos a Moloc, será punido de morte. O povo da terra o apedrejará.
3. Eu voltarei o meu rosto contra ele e o cortarei do meio de seu povo, porque manchou o meu santuário e profanou o meu santo nome, dando um de seus filhos a Moloc.
4. Se o povo da terra não se importar por esse homem ter dado um de seus filhos a Moloc, e se não o matar,
5. eu voltarei meu rosto contra ele e contra a sua família, e o cortarei do meio de seu povo com todos aqueles que se prostituem como ele, prestando culto a Moloc.
6. Se alguém se dirigir aos espíritas ou aos adivinhos para fornicar com eles, voltarei meu rosto contra esse homem e o cortarei do meio de seu povo.
7. Santificai-vos, e sede santos, porque eu sou o Senhor, vosso Deus.
8. Observai minhas leis e praticai-as. Eu sou o Senhor que vos santifico.
9. Quem amaldiçoar o pai ou a mãe será punido de morte. Amaldiçoou o seu pai ou a sua mãe: levará a sua culpa.
10. Se um homem cometer adultério com uma mulher casada, com a mulher de seu próximo, o homem e a mulher adúltera serão punidos de morte.
11. Se um homem dormir com a mulher de seu pai, descobrindo assim a nudez de seu pai, serão ambos punidos de morte; levarão a sua culpa.
12. Se um homem dormir com a sua nora, serão ambos punidos de morte; isso é uma ignomínia, e eles levarão a sua culpa.
13. Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão uma coisa abominável. Serão punidos de morte e levarão a sua culpa.
14. Se um homem tomar por mulheres a filha e a mãe, cometerá um crime. Serão queimados no fogo, ele e elas, para que não haja tal crime no meio de vós.
15. Se um homem tiver comércio com um animal, será punido de morte, e matareis também o animal.
16. Se uma mulher se aproximar de um animal para se prostituir com ele, será morta juntamente com o animal. Serão mortos, e levarão a sua iniqüidade.
17. Se um homem tomar a sua irmã, filha de seu pai ou de sua mãe, e vir a sua nudez, e ela vir a sua, isso é uma coisa infame. Serão exterminados sob os olhos de seus compatriotas: descobriu a nudez de sua irmã; levará a sua iniqüidade.
18. Se um homem dormir com uma mulher durante o tempo de sua menstruação e vir a sua nudez, descobrindo o seu fluxo e descobrindo-o ela mesma, serão ambos cortados do meio de seu povo.
19. Não descobrirás a nudez da irmã de tua mãe, nem da irmã de teu pai, porque descobrirás a sua carne; levarão sua iniqüidade.
20. Se um homem se deitar com sua tia, ele descobrirá a nudez de seu tio; levarão a sua iniqüidade, e morrerão sem filhos.
21. Se um homem tomar a mulher de seu irmão, será uma impureza; ofenderá a honra de seu irmão: não terão filhos.
22. Observareis todas as minhas leis e meus mandamentos e os praticareis, a fim de que não vos vomite a terra aonde vos conduzo para aí habitar.
23. Não seguireis os costumes da nação que eu expulsar de diante de vós, porque fizeram todas essas coisas e eu as abominei.
24. Eu vos disse: possuireis essa terra, a qual vos darei em possessão, terra que mana leite e mel. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos separei dos outros povos.
25. Fareis a distinção entre animais puros e impuros, entre as aves puras e impuras, e não vos torneis abomináveis por causa de animais, de aves ou de animais que se arrastam sobre a terra, como vos ensinei a distinguir como impuros.
26. Sereis para mim santos, porque eu, o Senhor, sou santo; e vos separei dos outros povos para que sejais meus.
27. Qualquer homem ou mulher que evocar os espíritos ou fizer adivinhações, será morto. Serão apedrejados, e levarão sua culpa”.

 
Capítulo 21

1. O Senhor disse a Moisés: “Dize aos sacerdotes, filhos de Aarão, o seguinte: ninguém será considerado como impuro no meio de seu povo por causa de um morto,
2. exceto quando se trate de seu parente próximo, sua mãe, seu pai, seu filho, sua filha, seu irmão,
3. sua irmã virgem que não se casou e vive junto dele. Por ela poderá contaminar-se.
4. Ele, sendo chefe no meio de seu povo, não se tornará impuro, para não se profanar.
5. Os sacerdotes não rasparão a cabeça, nem os lados de sua barba, e não farão incisões em sua carne.
6. Serão santos para o seu Deus e não profanarão o seu nome, porque oferecem ao Senhor os sacrifícios consumidos pelo fogo, o pão de seu Deus. Serão santos.
7. Não desposarão uma mulher prostituta ou desonrada, nem uma mulher repudiada por seu marido, porque são santos para o seu Deus.
8. Terás, pois, o sacerdote por santo, porque ele oferece o pão de teu Deus: ele será santo para ti, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo.
9. Se a filha de um sacerdote se desonrar pela prostituição, desonrará seu pai; e será queimada no fogo.
10. O sumo sacerdote, superior a seus irmãos, sobre cuja cabeça se derramou o óleo de unção, e que foi estabelecido para revestir as vestes sagradas, não descobrirá a sua cabeça, e não rasgará as suas vestes.
11. Não se aproximará de morto algum; e não se contaminará por seu pai, nem por sua mãe.
12. Não sairá do santuário de seu Deus, e não o profanará, porque o óleo da unção de seu Deus está sobre ele como um diadema. Eu sou o Senhor.
13. Tomará por mulher uma virgem.
14. Não desposará nem viúva, nem mulher repudiada, nem mulher prostituta ou desonrada, mas desposará uma virgem do meio de seu povo.
15. Não desonrará sua linhagem no meio de seu povo: pois sou eu, o Senhor, que o santifico.”
16. O Senhor disse a Moisés:
17. “Dize a Aarão o seguinte: homem algum de tua linhagem, por todas as gerações, que tiver um defeito corporal, oferecerá o pão de seu Deus.
18. Desse modo, serão excluídos todos aqueles que tiverem uma deformidade: cegos, coxos, mutilados, pessoas de membros desproporcionados,
19. ou tendo uma fratura no pé ou na mão,
20. corcundas ou anões, os que tiverem uma mancha no olho, ou a sarna, um dartro, ou os testículos quebrados.
21. Homem algum da linhagem de Aarão, o sacerdote, que for deformado, oferecerá os sacrifícios consumidos pelo fogo. Sendo vítima de uma deformidade, não poderá apresentar-se para oferecer o pão de seu Deus.
22. Mas poderá comer o pão de seu Deus, proveniente das ofertas santíssimas e das ofertas santas.
23. Não se aproximará, porém, do véu nem do altar, porque é deformado. Não profanará meus santuários, porque eu sou o Senhor que os santifico”.
24. Tais foram as palavras de Moisés a Aarão e a seus filhos, bem como a todos os israelitas.

 
Capítulo 22

1. O Senhor disse a Moisés: “Dize a Aarão e a seus filhos
2. que respeitem as coisas santas que os israelitas me consagram e não profanem o meu santo nome. Eu sou o Senhor.” Dir-lhes-á:
3. Todo homem de vossa linhagem e de vossa descendência, que se aproximar das coisas santas consagradas ao Senhor pelos israelitas, com uma imundície, será cortado de diante de mim. Eu sou o Senhor.
4. Todo homem da descendência de Aarão, atacado de lepra ou de gonorréia, não comerá coisa santa até a sua purificação. O mesmo será para aquele que tiver tocado uma pessoa contaminada por um cadáver, para aquele que tiver um fluxo seminal,
5. ou para aquele que tiver tocado quer seja um réptil com que se tenha contaminado, quer seja um homem afetado de uma impureza qualquer.
6. Quem tocar essas coisas será impuro até a tarde, e não comerá coisas santas. Lavará seu corpo com água e, depois do pôr-do-sol, ficará puro.
7. Somente então poderá ele comer as coisas santas, porque são seu alimento.
8. Não comerá um animal morto por si, ou dilacerado, para não ser contaminado por ele. Eu sou o Senhor.
9. Observarão minhas leis, para que não caiam em pecado e não morram por ter profanado as coisas santas. Eu sou o Senhor que as santifica.
10. Nenhum estrangeiro comerá as coisas santas. Tampouco comerão delas o hóspede e o servo de um sacerdote.
11. Mas o escravo adquirido a preço de dinheiro poderá comer, bem como aquele que for nascido na casa: comerão desse alimento.
12. Se uma filha de sacerdote for casada com um estrangeiro, ela não comerá os alimentos tomados dentre as coisas santas.
13. Mas se, estando viúva ou repudiada, ela volta sem filhos à casa paterna como no tempo de sua juventude, poderá comer o alimento de seu pai. Nenhum estrangeiro, porém, o comerá.
14. Se alguém comer por inadvertência uma coisa consagrada, pagará o seu valor ao sacerdote, e mais um quinto.
15. Os sacerdotes não permitirão aos profanos comer as santas oferendas que os israelitas tiverem destinado em homenagem ao Senhor,
16. para não se exporem a levar o peso da falta cometida, deixando que assim se coma as coisas santas. Porque eu sou o Senhor que as santifica”.
17. O Senhor disse a Moisés:
18. “Dize Aarão, a seus filhos e a todos os israelitas o seguinte: qualquer israelita ou estrangeiro em Israel que apresentar sua oferta em holocausto ao Senhor, seja em razão de um voto, seja como oferta espontânea,
19. deverá, para ser aceito, apresentar um macho sem defeito, tomado entre o gado, as ovelhas ou as cabras.
20. Não oferecereis vítima alguma defeituosa, porque não seria aceita.
21. Quando alguém oferecer ao Senhor um sacrifício pacífico, tomado do rebanho maior ou do menor, seja em cumprimento de um voto seja como oferta espontânea, a vítima, para ser aceita, deverá ser sem defeito.
22. Não oferecereis ao Senhor animal algum cego, estropiado, mutilado, atacado de úlcera, de sarna ou de dartro; não fareis dele um holocausto ao Senhor sobre o altar.
23. Poderás sacrificar como oferta espontânea um boi ou um cordeiro com um membro comprido ou curto demais; mas essa vítima não será aceita para o cumprimento de um voto.
24. Não oferecereis em vossa terra ao Senhor um animal cujos testículos tenham sido machucados, esmagados, arrancados ou cortados.
25. Não aceitareis nenhuma dessas vítimas das mãos de um estrangeiro, para oferecê-la em alimento a vosso Deus; elas não seriam aceitas em vosso favor, pois são mutiladas e defeituosas”.
26. O Senhor disse a Moisés:
27. “Um bezerro, um cordeiro ou um cabrito ficará sete dias com sua mãe após seu nascimento. A partir do oitavo dia, e nos dias seguintes, será aceito para ser oferecido em sacrifício pelo fogo ao Senhor.
28. Quer se trate de gado maior ou menor, não imolareis no mesmo dia o animal com sua cria.
29. Quando oferecerdes ao Senhor um sacrifício de ação de graças, oferecei-o de maneira que seja aceito.
30. Será comido no mesmo dia e não deixareis nada dele para o dia seguinte. Eu sou o Senhor.
31. Observareis os meus preceitos e os poreis em prática. Eu sou o Senhor.
32. Não profaneis o meu santo nome, e serei santificado no meio dos israelitas. Eu sou o Senhor que vos santifica,
33. e que vos tirei do Egito para ser vosso Deus. Eu sou o Senhor”.

 
Capítulo 23

1. O Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas o seguinte:
2. eis as festas do Senhor que anunciareis como devendo ser santas assembléias: estas são as minhas solenidades.
3. Trabalhareis seis dias, mas no sétimo dia, sábado, dia de repouso, haverá uma santa assembléia. Nele não fareis trabalho algum. É o repouso consagrado ao Senhor, em todos os lugares em que habitardes.”
4. “Eis as festas do Senhor, santas assembléias que anunciareis no devido tempo.
5. No primeiro mês, no décimo quarto dia do mês, entre as duas tardes, será a Páscoa do Senhor.
6. E no décimo quinto dia desse mês, realizar-se-á a festa dos Pães sem Fermento em honra do Senhor: comereis pães sem fermento durante sete dias.
7. Tereis no primeiro dia uma santa assembléia, e não fareis nenhum trabalho servil.
8. Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo. No sétimo dia haverá uma santa assembléia; e não fareis trabalho algum servil”.
9. O Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas o seguinte:
10. quando tiverdes entrado na terra que vos hei de dar, e fizerdes a ceifa, trareis ao sacerdote um molho de espigas como primícias de vossa ceifa.
11. O sacerdote agitará esse molho de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: fará isso no dia seguinte ao sábado.
12. No mesmo dia em que o molho for agitado, oferecereis ao Senhor em holocausto um cordeiro de um ano, sem defeito,
13. ajuntando a ele uma oferta de dois décimos de flor de farinha amassada com óleo, como sacrifício pelo fogo de agradável odor ao Senhor, e mais uma libação de vinho, constando de um quarto de hin.
14. Não comereis nem pão, nem grão torrado, nem espigas frescas até o dia em que levardes a oferta ao vosso Deus. Esta é uma lei perpétua para vossos descendentes, em todos os lugares em que habitardes.”
15. “A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o molho para ser agitado, contareis sete semanas completas.
16. Contareis cinqüenta dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova oferta.
17. Trareis de vossa casa dois pães feitos de dois décimos de flor de farinha, cozidos com fermento, para agitá-los como oferta; são as primícias do Senhor.
18. Oferecereis com o pão em holocausto ao Senhor sete cordeiros de um ano, sem defeito, um novilho e dois carneiros, acompanhados da oferta e da libação: este será um sacrifício de agradável odor ao Senhor.
19. Oferecereis também um bode pelo pecado e, como sacrifício pacífico, dois cordeiros de um ano.
20. O sacerdote os agitará com o pão das primícias, como ofertas agitadas diante do Senhor, com os dois cordeiros: serão consagrados ao Senhor, e serão propriedade do sacerdote.
21. Nesse mesmo dia anunciareis a festa e convocareis uma santa assembléia: não fareis trabalho algum servil. Esta é uma lei perpétua para vossos descendentes, em qualquer lugar onde habitardes.
22. Quando fizeres a ceifa em tua terra, não ceifarás até o extremo limite de teu campo e não recolherás a espiga de tua ceifa: deixá-la-eis para o pobre e o estrangeiro. Eu sou o Senhor, vosso Deus”.
23. O Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas o seguinte:
24. no sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá para vós um dia de repouso, solenidade que publicareis ao som da trombeta, uma santa assembléia.
25. Não fareis trabalho algum servil, e oferecereis ao Senhor sacrifícios consumidos pelo fogo”.
26. O Senhor disse a Moisés:
27. “No décimo dia do sétimo mês será o dia das Expiações. Tereis uma santa assembléia: humilhareis vossas, almas e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo.
28. Não fareis trabalho algum naquele dia, porque é um dia de expiação em que deve ser feita a expiação por vós diante do Senhor, vosso Deus.
29. Todo aquele que se não humilhar nesse dia será cortado do meio de seu povo.
30. E todo o que fizer nesse dia um trabalho qualquer, eu o suprimirei do meio de seu povo.
31. Não fareis, pois, trabalho algum; esta é uma lei perpétua para vossos descendentes, em todos os lugares em que habitardes.
32. Será para vós um sábado, um dia de repouso, e humilhareis vossas almas. No nono dia do mês, à tarde observareis um sábado, de uma tarde à tarde seguinte.
33. O Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas o seguinte:
34. no décimo quinto dia do sétimo mês, celebrar-se-á a festa dos Tabernáculos durante sete dias, em honra do Senhor.
35. No primeiro dia haverá uma santa assembléia: não fareis nenhum trabalho servil.
36. Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. No oitavo dia tereis uma santa assembléia e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. Será uma assembléia solene: não fareis trabalho algum servil.
37. Estas são as solenidades do Senhor que anunciareis para haver santas assembléias, para oferecer ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo, holocaustos, oblações, vítimas e libações, cada coisa em seu dia,
38. sem falar dos sábados do Senhor, de vossos dons, vossos votos e de todas as ofertas espontâneas que fizerdes ao Senhor.
39. No décimo quinto dia do sétimo mês, quando tiverdes colhido os produtos da terra, celebrareis uma festa ao Senhor durante sete dias. O primeiro dia será um dia de repouso, bem como o oitavo.
40. No primeiro dia tomareis frutos de árvores formosas, folhas de palmeiras, ramos de árvores frondosas e de salgueiros da torrente; e alegrar-vos-eis durante sete dias diante do Senhor, vosso Deus.
41. Cada ano celebrareis esta festa durante sete dias em honra do Senhor. Esta é uma lei perpétua para vossos descendentes. Celebrá-la-eis no sétimo mês.
42. Habitareis em barracas de ramos durante sete dias: todo homem da geração de Israel habitará em barracas de ramos,
43. para que saibam os vossos descendentes que eu fiz habitar os israelitas em barracas de ramos, quando os tirei do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.”
44. Foi assim que Moisés falou aos israelitas, prescrevendo-lhes as festas do Senhor.

 
Capítulo 24

1. O Senhor disse a Moisés:
2. “Ordena aos israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter, continuamente, acesas as lâmpadas do candelabro.
3. Aarão prepará-las-á fora do véu do testemunho, na tenda de reunião, a fim de que elas queimem continuamente, da tarde à manhã, diante do Senhor.
4. Disporá as lâmpadas no candelabro de ouro puro, para que queimem continuamente diante do Senhor.
5. Tomarás também flor de farinha e farás com ela doze bolos cozidos, cada um dos quais com dois décimos de efá.
6. Dispô-los-ás em duas pilhas de seis na mesa de ouro puro diante do Senhor.
7. Sobre cada pilha porás incenso puro, que será um memorial oferecido pelo fogo ao Senhor.
8. Colocar-se-ão esses pães diante do Senhor a cada sábado, continuamente, da parte dos israelitas: esta é uma aliança perpétua.
9. Esses pães serão propriedade de Aarão e de seus filhos, que os comerão no lugar santo; isso será para eles uma coisa santíssima entre as ofertas feitas pelo fogo ao Senhor. É uma lei perpétua.”
10. O filho de uma mulher israelita, tendo por pai um egípcio, veio entre os israelitas. E, discutindo no acampamento com um deles,
11o filho da mulher israelita blasfemou contra o santo nome e o amaldiçoou. Sua mãe chamava-se Salumite, filha de Dabri, da tribo de Dã.
12. Puseram-no em prisão até que Moisés tomasse uma decisão, segundo a ordem do Senhor.”
13. Então o Senhor disse a Moisés:
14. “Faze sair do acampamento o blasfemo, e todos aqueles que o ouviram ponham a mão sobre a sua cabeça, e toda a assembléia o apedreje.
15. Dirás aos israelitas: todo aquele que amaldiçoar o seu Deus levará o seu pecado.
16. Quem blasfemar o nome do Senhor será punido de morte: toda a assembléia o apedrejará. Quer seja ele estrangeiro ou natural, se blasfemar contra o santo nome, será punido de morte.”
17. “Todo aquele que ferir mortalmente um homem será morto.
18. Quem tiver ferido de morte um animal doméstico, dará outro em seu lugar: vida por vida.
19. Se um homem ferir o seu próximo, assim como fez, assim se lhe fará a ele:
20. fratura por fratura, olho por olho e dente por dente; ser-lhe-á feito o mesmo que ele fez ao seu próximo;
21. Quem matar um animal, restituirá outro, mas o que matar um homem será punido de morte.
22. Só haverá uma lei entre vós tanto para o estrangeiro como para o natural: porque eu sou o Senhor vosso Deus”.
23. Moisés transmitiu essas normas aos israelitas. Tiraram do acampamento o blasfemo e o apedrejaram, conforme a ordem que o Senhor tinha dado a Moisés.

 
Capítulo 25

1. O Senhor disse a Moisés no monte Sinai: “Dize aos israelitas o seguinte:
2. quando tiverdes entrado na terra que vos hei de dar, a terra repousará: este será um sábado em honra do Senhor.
3. Durante seis anos semearás a tua terra, durante seis anos podarás a tua vinha e recolherás os seus frutos.
4. Mas o sétimo ano será um sábado, um repouso para a terra, um sábado em honra do Senhor: não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha;
5. não colherás o que nascer dos grãos caídos de tua ceifa, nem as uvas de tua vinha não podada, porque é um ano de repouso para a terra.
6. Mas o que a terra der espontaneamente durante o seu sábado, vos servirá de alimento, a ti, ao teu servo e à tua serva, ao teu operário ou ao estrangeiro que mora contigo;
7. tudo o que nascer servirá de alimento também ao teu rebanho e aos animais que estão em tua terra.
8. Contarás sete anos sabáticos, sete vezes sete anos, cuja duração fará um período de quarenta e nove anos.
9. Tocarás então a trombeta no décimo dia do sétimo mês: tocareis a trombeta no dia das Expiações em toda a vossa terra.
10. Santificareis o qüinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos os seus habitantes. Será o vosso jubileu. Voltareis cada um para as suas terras e para a sua família.
11. O qüinquagésimo ano será para vós um jubileu: não semeareis, não ceifareis o que a terra produzir espontaneamente, e não vindimareis a vinha não podada,
12. pois é o jubileu que vos será sagrado. Comereis o produto de vossos campos.
13. Nesse ano jubilar, voltareis cada um à sua possessão.
14. Se venderdes ou comprardes alguma coisa de vosso próximo, ninguém dentre vós cause dano ao seu irmão.
15. Comprarás ao teu próximo segundo o número de anos decorridos desde o jubileu, e ele te venderá segundo o número de anos de colheita.
16. Aumentarás o preço em razão dos anos que restarem, e o abaixarás à medida que os anos diminuírem, porque é o número de colheitas que ele te vende.
17. Ninguém prejudique o seu próximo. Teme o teu Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
18. Obedecereis às minhas leis; guardareis os meus preceitos e os cumprireis, a fim de habitardes em segurança na terra.
19. A terra vos dará os seus frutos, comereis até vos saciardes e vivereis em segurança.
20. Se disserdes: que comeremos nós no sétimo ano, se não semearmos, nem recolhermos os nossos frutos?
21. Eu vos darei a minha bênção no sexto ano, e a terra produzirá uma colheita para três anos.
22. Semeareis no oitavo ano, e comereis da antiga colheita até o ano novo: comereis da antiga colheita até que venha a nova.”
23. “A terra não se venderá para sempre, porque a terra é minha, e vós estais em minha casa como estrangeiros ou hóspedes.
24. Portanto, em todo o território de vossa propriedade, concedereis o direito de resgatar a terra.
25. Se teu irmão se tornar pobre e vender uma parte de seu bem, seu parente mais próximo que tiver o direito de resgate se apresentará e resgatará o que o seu irmão vendeu.
26. Se um homem não tiver ninguém que tenha o direito de resgate, mas procurar ele mesmo os meios de fazer o seu resgate,
27. contará os anos desde que fez a venda, restituirá o excedente ao comprador, e se reintegrará na sua propriedade.
28. Se não encontrar, porém, meios de indenizar, a terra vendida ficará nas mãos do comprador até o ano jubilar; sairá do poder deste no ano do jubileu, e voltará à posse do seu antigo dono.
29. Se um homem vender uma casa de habitação situada dentro de uma cidade murada, terá o direito de resgatá-la até o fim do ano que se segue à venda: seu direito de resgate será de um ano completo.
30. Se a casa situada na cidade murada não for resgatada antes do fim do ano completo, ela pertencerá sempre ao comprador e aos seus descendentes: não sairá de suas mãos no jubileu.
31. Entretanto, as casas das povoações que não têm muros serão consideradas como fazendo parte do fundo de terras; poderão ser resgatadas e serão livres no ano do jubileu.
32. Quanto às cidades dos levitas e às casas que possuem, terão eles um direito de resgate perpétuo.
33. Quem comprar dos levitas uma casa, sairá no jubileu da casa vendida e da cidade em que a possua, porque as casas das cidades dos levitas são sua propriedade no meio dos israelitas.
34. Os campos dos arrabaldes das cidades dos levitas não serão vendidos, porque são sua propriedade perpétua.”
35. “Se teu irmão se tornar pobre junto de ti, e as suas mãos se enfraquecerem, sustentá-lo-ás, mesmo que se trate de um estrangeiro ou de um hóspede, a fim de que ele viva contigo.
36. Não receberás dele juros nem ganho; mas temerás o teu Deus, para que o teu irmão viva contigo.
37. Não lhe emprestarás com juros o teu dinheiro, e não lhe darás os teus víveres por amor ao lucro.
38. Eu sou o Senhor vosso Deus que vos tirei do Egito, para vos dar a terra de Canaã e para ser o vosso Deus.
39. Se teu irmão se tornar pobre junto de ti e se se vender a ti, não exigirás dele um serviço de escravo.
40. Estará em tua casa como um operário, e como um hóspede estará a teu serviço até o ano jubilar.
41. E sairá então de tua casa, ele e seus filhos com ele; voltará para a sua família e para a herança de seus pais.
42. Porque são meus servos que tirei do Egito, não devem ser vendidos como se vende um escravo.
43. Não dominarás sobre ele com rigor, mas temerás o teu Deus.
44. Vossos escravos, homens ou mulheres, tomá-los-eis dentre as nações que vos cercam; delas comprareis os vossos escravos, homens ou mulheres.
45. Podereis também comprá-los dentre os filhos dos estrangeiros que habitam no meio de vós, das suas famílias que moram convosco dentre os filhos que eles tiverem gerado em vossa terra: e serão vossa propriedade.
46. Deixá-los-eis por herança a vossos filhos depois de vós, para que os possuam plenamente como escravos perpétuos. Mas, quanto a vossos irmãos, os israelitas, não dominareis com rigor uns sobre os outros.
47. Se se tornar rico o estrangeiro, estabelecido no meio de ti, e teu irmão, seu vizinho, se tornar pobre e se vender a esse estrangeiro que vive no meio de ti,
48. haverá para aquele que se vende um direito de resgate: um de seus irmãos poderá resgatá-lo.
49. Seu tio, o filho de seu tio, ou um de seus próximos parentes poderá também resgatá-lo. Ou então ele mesmo se resgatará, se conseguir os meios de fazê-lo.
50. Com aquele que o tiver comprado, fará a conta desde o ano em que se vendeu a ele até o ano jubilar, e o preço de venda se estimará segundo o número dos anos, avaliando seus dias de trabalho como os de um operário.
51. Se houver ainda muitos anos, pagará o seu resgate em razão desses anos, segundo o preço pelo qual foi comprado;
52. e se faltarem poucos anos até o ano jubilar, fará a conta disso, e pagará o seu resgate em proporção ao número desses anos.
53. Ele estará em sua casa como um operário que trabalha ano por ano, e o comprador não o tratará com rudeza à tua vista.
54. Se ele não for resgatado de nenhuma dessas maneiras, sairá livre no ano jubilar, ele e seus filhos,
55. porque os filhos de Israel são meus servos; são meus servos que tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.”

 
Capítulo 26

1. “Não fareis ídolos. Não levantareis estátuas nem estelas, e não poreis em vossa terra pedra alguma adornada de figuras, para vos prostrardes diante dela, porque eu sou o Senhor, vosso Deus.
2. Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o Senhor.
3. Se seguirdes minhas leis e guardardes os meus preceitos e os praticardes, eu vos darei as chuvas nos seus tempos.
4. A terra dará o seu produto e as árvores da terra se carregarão de frutos.
5. A debulha do trigo prolongar-se-á até a vindima, e a vindima até a sementeira; comereis o vosso pão à saciedade, e habitareis em segurança na vossa terra.
6. Darei paz à vossa terra, e vosso sono não será perturbado. Afastarei da terra os animais nocivos, e a espada não passará pela vossa terra.
7. Quando perseguirdes os vossos inimigos, cairão sob vossa espada.
8. Cinco dentre vós perseguirão um cento, e cem dos vossos perseguirão dez mil, e os vossos inimigos cairão sob vossa espada.
9. Eu me voltarei para vós, e vos farei crescer; multiplicar-vos-ei e ratificarei a minha aliança convosco.
10. Comereis as colheitas antigas, bem conservadas, e lançareis fora as velhas, para dar lugar às novas.
11. Porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos rejeitará.
12. Andarei entre vós: serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo.
13. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito para livrar-vos da escravidão. Quebrei as cadeias de vosso jugo, e vos fiz andar com a cabeça erguida.
14. Mas se não me escutardes e não guardardes os meus mandamentos,
15. se desprezardes os meus preceitos e vossa alma aborrecer as minhas leis, de sorte que não pratiqueis todos os meus mandamentos e violeis minha aliança, eis como vos hei de tratar:
16. enviarei terríveis flagelos sobre vós: a tísica e a febre que empanarão vosso olhar e vos farão desfalecer. Debalde semeareis a vossa semente, porque vossos inimigos a comerão.
17. Voltarei minha face contra vós e sereis vencidos pelos vossos inimigos: eles vos dominarão, e fugireis sem que ninguém vos persiga.
18. Se nem ainda assim me ouvirdes, castigar-vos-ei sete vezes mais pelos vossos pecados.
19. Quebrarei o orgulho de vosso poder, tornarei o vosso céu como ferro e a vossa terra como bronze.
20. Inutilmente se gastará a vossa força, pois vossa terra não dará os seus produtos, e as árvores da terra não produzirão os seus frutos.
21. Se me puserdes obstáculos e não quiserdes ouvir-me, ferir-vos-ei sete vezes mais, conforme os vossos pecados.
22. Mandarei contra vós as feras do campo, que devorarão vossos filhos, matarão vossos animais e vos reduzirão a um pequeno número, de modo que os vossos caminhos se tornarão desertos.
23. Se apesar desses castigos não vos quiserdes corrigir, e vos obstinardes em resistir-me,
24. eu vos resistirei por minha vez e vos ferirei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados.
25. Farei cair sobre vós a espada para vingar a minha aliança. Se vos ajuntardes em vossas cidades, lançarei a peste no meio de vós e sereis entregues nas mãos de vossos inimigos.
26. Tirar-vos-ei o pão, vosso sustentáculo, de tal sorte que dez mulheres o cozerão em um só forno e vo-lo entregarão por peso; comereis e não ficareis saciados.
27. Se, apesar disso, não me ouvirdes, e me resistirdes ainda,
28. marcharei contra vós em meu furor e vos castigarei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados.
29. Comereis a carne de vossos filhos e de vossas filhas.
30. Destruirei vossos lugares altos e quebrarei vossas estelas solares; amontoarei vossos cadáveres sobre os de vossos ídolos, e minha alma vos abominará.
31. Reduzirei a deserto as vossas cidades, devastarei vossos santuários e não aspirarei mais o suave odor de vossos perfumes.
32. Desolarei vossa terra e vossos inimigos ficarão estupefatos com ela quando a habitarem.
33. Eu vos dispersarei entre as nações, e desembainharei a espada atrás de vós; vossa terra será devastada e vossas cidades se tornarão desertas.
34. Então gozará a terra os seus sábados enquanto durar a sua solidão, quando estiverdes na terra de vossos inimigos; então a terra gozará os seus sábados e repousará.
35. Nos dias em que for devastada, ela terá o repouso que não gozou nos sábados do tempo em que a habitáveis.
36. Naqueles dentre vós que sobreviverem, porei tal espanto em seus corações na terra de seus inimigos, que o ruído de uma folha agitada pelo vento os porá em fuga: fugirão como se foge diante da espada e cairão sem que ninguém os persiga.
37. Sem que ninguém os persiga, tropeçarão uns sobre os outros, como diante da espada. Não podereis resistir aos vossos inimigos.
38. Perecereis entre as nações e a terra inimiga vos consumirá.
39. Os que sobreviverem consumir-se-ão por causa de suas iniqüidades na terra de seus inimigos, e serão também consumidos por causa das iniqüidades de seus pais, que levarão sobre si.
40. Eles confessarão, então, as suas iniqüidades e as de seus pais, as transgressões cometidas contra mim, porque me resistiram;
41. e, por isso, eu também lhes resisti e os levei para a terra de seus inimigos. Se, então, humilharem o seu coração incircunciso e sofrerem a pena de sua iniqüidade,
42. eu me lembrarei de minha aliança com Jacó, de minha aliança com Isaac e com Abraão, e lembrar-me-ei dessa terra.
43. E, depois que eles a tiverem deixado, esta terra gozará os seus sábados enquanto for devastada longe deles; eles sofrerão a pena de suas iniqüidades, porque desprezaram os meus mandamentos e a sua alma feriu as minhas leis.
44. Apesar de tudo isso, quando estiverem na terra de seus inimigos, não os rejeitarei, nem os abominarei a ponto de exterminá-los e de romper minha aliança com eles; porque eu sou o Senhor, seu Deus.
45. Lembrar-me-ei de minha aliança com seus pais, quando os tirei do Egito à vista das nações, para ser o seu Deus. Eu sou o Senhor.”
46. Tais são as ordenações, os mandamentos e as leis que o Senhor estabeleceu entre ele e os israelitas, por intermédio de Moisés, no monte Sinai.

 
Capítulo 27

1. O Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas o seguinte:
2. se alguém fizer um voto, as pessoas serão do Senhor segundo a tua avaliação.
3. Se se tratar de um homem de vinte a sessenta anos, o valor será de cinqüenta siclos de prata, segundo o siclo do santuário;
4. se for uma mulher, o valor será de trinta siclos.
5. Para a idade de cinco a vinte anos, o valor será de vinte siclos para o menino, e dez siclos para a menina.
6. De um mês até cinco anos, o valor será de cinco siclos de prata para um menino, e três para uma menina.
7. Aos sessenta anos, e daí para cima, a estimação será de quinze siclos para um homem e dez siclos para uma mulher.
8. Se aquele que tiver feito o voto for demasiado pobre e não puder pagar o valor que avaliaste, apresentar-se-á ao sacerdote, que fixará o valor segundo as posses daquele que fez o voto.
9. Se se tratar de animais que se podem oferecer ao Senhor, todo animal que assim se tiver dado ao Senhor será coisa santa.
10. Não poderá ser trocado nem substituído, bom por mau, ou mau por bom. Mas, se se trocar um animal por outro, eles serão coisa santa, tanto um como o outro.
11. Se se tratar de um animal impuro que não se pode oferecer ao Senhor, será apresentado ao sacerdote:
12. ele o avaliará, conforme for bom ou mau, e sua estimação determinará o preço.
13. Se se quiser resgatá-lo, ajuntará uma quinta parte ao que tiver sido avaliado.
14. Se alguém consagrar ao Senhor a sua casa fazendo dela coisa santa, o sacerdote a avaliará segundo for boa ou má, e ela será vendida pelo preço dessa avaliação.
15. Mas, se aquele que consagrou a sua casa quiser resgatá-la, ajuntará um quinto ao preço da avaliação, e ela lhe pertencerá de novo.
16. Se alguém consagrar ao Senhor uma parte da terra que lhe pertence, tu a avaliarás segundo a quantidade de grãos que se pode semear nela, à razão de cinqüenta siclos de prata por homer de cevada.
17. Se consagrar o seu campo, a partir do ano do jubileu, far-se-á segundo a tua avaliação:
18. mas, se o tiver feito depois do jubileu, o sacerdote estimará o seu preço segundo o número de anos que restam até o jubileu, e haverá uma redução sobre o preço da avaliação.
19. Se aquele que consagrou o seu campo quiser resgatá-lo, ajuntará um quinto ao preço fixado, e possui-lo-á.
20. Se não o resgatar e o vender a outro, esse campo não poderá mais ser resgatado.
21. Quando o campo ficar livre no jubileu, será consagrado ao Senhor como um campo votado ao interdito, e tornar-se-á propriedade do sacerdote.
22. Se alguém consagrar ao Senhor um campo que comprou, o qual não faça parte de seu patrimônio,
23. o sacerdote fixará o seu preço de acordo com a tua avaliação até o ano do jubileu, e esse homem pagará o preço fixado no mesmo dia; é uma coisa consagrada ao Senhor.
24. No ano jubilar, o campo voltará ao vendedor, como patrimônio que lhe pertence.
25. Todas as avaliações se farão em siclos do santuário. O siclo vale vinte gueras.
26. Entretanto, ninguém poderá consagrar os primogênitos de seu gado, pois pertencem já ao Senhor pelo seu título de primogênito: seja um boi, seja uma ovelha, são propriedade do Senhor.
27. Se se tratar de um animal impuro, será resgatado pelo preço que fixares, ajuntando-se mais uma quinta parte; se não for resgatado, será vendido segundo a tua avaliação.
28. Se um homem consagrar ao Senhor por interdito alguma coisa que lhe pertence, seja qual for esse objeto – uma pessoa, um animal ou um campo de seu patrimônio – ela não poderá ser vendida, nem resgatada: tudo o que é votado por interdito é coisa consagrada ao Senhor.
29. Nenhuma pessoa votada ao interdito poderá ser resgatada: ela será morta.
30. Todos os dízimos da terra, tomados das sementes do solo ou dos frutos das árvores são propriedade do Senhor: é uma coisa consagrada ao Senhor.
31. Se alguém quiser resgatar alguma coisa de seus dízimos, ajuntará uma quinta parte.
32. Todos os dízimos do gado maior e menor, os dízimos do que passa sob o cajado do pastor, o décimo (animal) será consagrado ao Senhor.
33. Não se fará escolha entre bom e mau e não se fará substituição. Se alguém o fizer, tanto o animal substituído como o que substituiu serão coisa consagrada: não poderão ser resgatados.”
34. Tais são as ordenações que o Senhor deu a Moisés para os israelitas no monte Sinai.

 

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