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Temas católicos, Liturgia diária, Salmos, Santos do dia.

Joel

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 Joel
Capítulo 1

1. Oráculo do Senhor dirigido a Joel, filho de Fatuel.
2. Ouvi isto, anciãos, estai atentos, vós todos habitantes da terra! Aconteceu uma coisa semelhante em vossos dias, ou nos dias de vossos pais?
3. Narrai-o a vossos filhos, vossos filhos a seus filhos, e estes à geração seguinte!
4. O que a lagarta deixou, o gafanhoto devorou; o que deixou o gafanhoto, o roedor devorou; e o que ficou do roedor, o devastador comeu.
5. Despertai, ó ébrios, e chorai; bebedores de vinho, lamentai-vos, porque o suco da vinha foi tirado da vossa boca!
6. Minha terra foi invadida por um povo forte e inumerável; seus dentes são dentes de leão, e tem mandíbulas de leoa.
7. Devastou o meu vinhedo, destruiu minha figueira, descascou-a completamente, lançou-a por terra e seus ramos tornaram-se brancos.
8. Clama como uma virgem cingida de saco para chorar o prometido de sua juventude.
9. Já não há oferta nem libação no templo do Senhor. Os sacerdotes, servos do Senhor, estão de luto.
10. Os campos estão devastados, o solo enlutado. O trigo foi destruído, o mosto perdido, o óleo estragado.
11. Os lavradores estão desamparados, os vinhateiros lamentam-se por causa do trigo e da cevada, porque a colheita foi destruída.
12. A vinha secou, a figueira murchou; a romãzeira, a palmeira, a macieira, todas as árvores definham; a alegria, envergonhada, foi para longe dos homens.
13. Revesti-vos de sacos, sacerdotes, e batei no peito! Lamentai-vos, ministros do altar! Vinde, passai a noite vestidos de saco, servos de meu Deus!
14. Publicai o jejum, convocai a assembléia, reuni os anciãos e toda a população no templo do Senhor, vosso Deus,
15. e clamai ao Senhor: Ai, que dia! O dia do Senhor, com efeito, está próximo, e vem como um furacão desencadeado pelo Todo-poderoso.
16. Acaso não foi sob os nossos olhos que desapareceu todo o mantimento e se desvaneceram do templo de nosso Deus a alegria e o regozijo?
17. As sementes secaram sob os torrões, os celeiros estão vazios, os armazéns, arruinados, porque falta o trigo.
18. Como geme o rebanho, e como anda errante o gado por falta de pastagens! Até mesmo os rebanhos de ovelhas padecem.
19. Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo;
20. os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto.

 
Capítulo 2

1. Tocai a trombeta em Sião, dai alarme no meu monte santo! Estremeçam todos os habitantes da terra, eis que se aproxima o dia do Senhor,
2. dia de trevas e de escuridão, dia nublado e coberto de nuvens. Tal como a luz da aurora, derrama-se sobre os montes um povo imenso e vigoroso, como nunca houve semelhante desde o princípio, nem depois haverá outro até as épocas mais longínquas.
3. Diante dele um fogo devorador; atrás, uma chama abrasadora. Diante dele a terra é um paraíso; atrás, é um deserto desolador; nada lhe escapa.
4. Têm a aparência de uma tropa de cavalos, e como cavalos se precipitam:
5. dir-se-ia o estrondo de carros saltando sobre os cumes dos montes, ou o crepitar da chama que devora a palha, ou um formidável exército disposto em ordem de batalha.
6. Diante deles tremem os povos, os rostos empalidecem;
7. como valentes eles se precipitam (para o assalto), e escalam as muralhas como guerreiros. Segue cada um o seu caminho, sem confundir suas fileiras.
8. Não empurram uns aos outros, marcham cada um em seu pelotão. Abrem caminho por entre as armas, sem romper suas fileiras.
9. Espalham-se pela cidade, correm por cima dos muros, invadem as casas, entrando pelas janelas como ladrões.
10. Diante deles treme a terra, os céus vacilam, o sol e a lua se obscurecem, as estrelas perdem o seu brilho.
11. À frente do seu exército, o Senhor faz ouvir a sua voz, pois seu batalhão é imenso e poderoso para executar sua palavra. Sim, o dia do Senhor é grandioso e temível! Quem o poderá suportar?
12. Por isso, agora ainda – oráculo do Senhor -, voltai a mim de todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos de luto.
13. Rasgai vossos corações e não vossas vestes; voltai ao Senhor vosso Deus, porque ele é bom e compassivo, longânime e indulgente, pronto a arrepender-se do castigo que inflige.
14. Quem sabe se ele mudará de parecer e voltará atrás, deixando após si uma bênção, ofertas e libações para o Senhor, vosso Deus?
15. Tocai a trombeta em Sião: publicai o jejum, convocai a assembléia, reuni o povo;
16. santificai a assembléia, agrupai os anciãos, congregai as crianças e os meninos de peito; saia o recém-casado de seus aposentos, e a esposa de sua câmara nupcial.
17. Chorem os sacerdotes, servos do Senhor, entre o pórtico e o altar, e digam: Tende piedade de vosso povo, Senhor, não entregueis à ignomínia vossa herança, para que não se torne ela o escárnio dos pagãos! Por que diriam eles: onde está o seu Deus?
18. O Senhor afeiçoou-se à sua terra, teve compaixão de seu povo;
19. o Senhor respondeu ao seu povo: Vou mandar-vos trigo, vinho e óleo, e deles sereis fartos, e não vos farei mais objeto de opróbrio diante dos pagãos.
20. Afastarei de vós aquele que vem do norte, e lançá-lo-ei para uma terra árida e deserta, sua vanguarda para o mar oriental, e sua retaguarda para o mar ocidental. Exalar-se-á um mau cheiro dali, um cheiro de podridão (porque ele fez grandes coisas!)
21. Não temas, terra, estremece de alegria e de júbilo, porque o Senhor fez grandes coisas.
22. Não temais, animais dos campos, porque as pastagens do deserto reverdecerão, as árvores darão seu fruto, a figueira e a vinha produzirão abundantemente.
23. Alegrai-vos, filhos de Sião, e rejubilai no Senhor, vosso Deus, porque ele vos dá as chuvas do outono no tempo oportuno, e faz cair chuvas copiosas sobre vós, as chuvas do outono e da primavera, como dantes.
24. As eiras se encherão de trigo, os lagares transbordarão de vinho e de óleo novo.
25. Restituir-vos-ei as colheitas devoradas pelo gafanhoto, pelo roedor, pelo devastador e pela lagarta, (esse) meu poderoso exército que mandei contra vós.
26. Comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor, vosso Deus, que fez maravilhas em vosso favor; e jamais meu povo será confundido.
27. Sabereis então que estou no meio de Israel, que sou o Senhor, vosso Deus, e que não há outro. E jamais meu povo será confundido.

 
Capítulo 3

1. Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões.
2. Naqueles dias, derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas.
3. Farei aparecer prodígios no céu e na terra, sangue, fogo e turbilhões de fumo.
4. O sol converter-se-á em trevas e a lua, em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor.
5. Mas todo o que invocar o nome do Senhor será poupado, porque, sobre o monte Sião e em Jerusalém, haverá um resto, como o Senhor disse, e entre os sobreviventes estarão os que o Senhor tiver chamado.

 
Capítulo 4

1. Porquanto eis que, naqueles dias, no tempo em que eu realizar a restauração de Judá e de Jerusalém,
2. reunirei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá. Ali entrarei com elas em juízo acerca de Israel, meu povo e minha herança, o qual dispersaram pelas nações pagãs, depois de dividir minha terra.
3. Rifaram o meu povo; davam um menino para pagar uma cortesã, e vendiam uma jovem em troca de vinho para beberem!
4. E vós, que quereis de mim, Tiro e Sidon? E vós, distritos da Filistéia? Quereis, por acaso, tirar vingança de mim? Mas se é uma provocação, farei cair imediatamente sobre vossa cabeça a vossa provocação,
5. porque roubastes minha prata e meu ouro, levastes para os vossos templos minhas jóias mais preciosas;
6. vendestes aos jônios os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém, que foram assim deportados para longe de sua pátria.
7. Eis que vou reconduzi-los do lugar em que vós os vendestes, e farei recair sobre vossas cabeças vossos próprios atos.
8. Venderei vossos filhos e vossas filhas aos judeus, e estes os venderão aos sabeus, povo longínquo; é o Senhor quem o declara.
9. Proclamai isto entre as nações: Declarai a guerra! Chamai os valentes! Aproximem-se, subam todos os guerreiros!
10. Os vossos arados, transformai-os em espadas,e as vossas foices, em lanças! Mesmo o enfermo diga: Eu sou guerreiro!
11. Depressa, nações! Vinde todas: reuni-vos de toda parte! Ó Senhor, fazei descer ali os vossos valentes!
12. De pé, nações! Subi ao vale de Josafá, porque é ali que vou sentar-me para julgar todos os povos ao redor!
13. Metei a foice, a messe está madura; vinde pisar, o lagar está cheio; as cubas transbordam – porque é imensa a maldade dos povos!
14. Que multidão, que multidão no vale do julgamento, porque chegou o dia do Senhor (no vale do julgamento)!
15. O sol e a lua se obscurecem, as estrelas empalidecem.
16. O Senhor rugirá de Sião, trovejará de Jerusalém; os céus e a terra serão abalados. Mas o Senhor será um refúgio para o seu povo, uma fortaleza para os israelitas.
17. Sabereis então que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habita em Sião, minha montanha santa. Jerusalém será um lugar sagrado onde os estrangeiros não tornarão mais a passar.
18. Naquele dia, as montanhas destilarão vinho, o leite manará das colinas; todas as torrentes de Judá jorrarão; uma fonte sairá do templo do Senhor para irrigar o vale das Acácias.
19. O Egito será todo assolado, Edom será um deserto devastado, por causa das violências cometidas contra os judeus, e por causa do sangue inocente derramado em seu solo;
20. mas Judá será habitado perpetuamente, e Jerusalém, de idade em idade.
21. Vingarei o seu sangue, que eu não tinha ainda vingado, e o Senhor habitará em Sião.
 

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